Em 1969 Maurício Gomes foi citado em texto de Jairo Ferreira pronunciando a seguinte frase: "Espero que A Vida Provisória seja recebido – e entendido – como uma dupla manifestação que envolve o ‘eu’ e o ‘nós’. O que há de pessoal no filme é marcadamente coletivo. E o que há de coletivo é extremamente pessoal."[3]
O filme foi gravado em 1968 e as longas conversas entre Estevão (Paulo José) e Paola (Dina Sfat) no apartamento dela apontam para a ebulição que ocorria no mundo.[3] A Vida Provisória foi exibido no Festival de Brasília com cortes feitos pela censura.[5] No Brasil, no dia 21 de junho, aconteceu a Sexta-feira sangrenta , o estopim para que a Passeata dos Cem Mil acontecesse cinco dias depois. Em Dezembro de 1968 foi instituído o Ato Institucional n° 5 (AI-5).[6]
Sinopse
Um jornalista mineiro (Paulo José), radicado no Rio de Janeiro, segue para Brasília para cobrir pronunciamento sob a entrega do controle de jazidas de Minas Gerais a empresas estrangeiras. Aproveitando a viagem deverá levar a um político documentos que lhe foram entregues por general Passos (Mário Lago) e que apontam a corrupção política na negociação das jazidas.[3] Do Rio a Belo Horizonte, recorda dois amores: Paola (Dina Sfat) e Lívia (Joana Fomm). Em Brasília não consegue fazer chegar os documentos a seu destino, sendo oprimido por forças do governo.[7]