A abadia foi fundada por Bernardo de Claraval em 1119 no vale de Egrevies, e sua construção iniciou-se em 1130.[1] A igreja, um dos pontos altos do complexo, foi erigida entre 1139 e 1147 e consagrada pelo Papa Gregório VII.[1][3] Sua construção foi financiada por Ebrard, bispo de Norwich, que jaz sepultado na abadia.[1] A arquitetura da igreja reflete a severidade e simplicidade dos cistercienses: planta em cruz latina de três naves com transepto, sem torres.[3][1] Os capitéis são simples, sem decoração, para não distrair os monges.[3]
O claustro e a sala do capítulo datam também do século XII e seguem o estilo belo e despojado da igreja.[1][4] O claustro românico da abadia é muito importante, considerando que os das abadias de Cister e Pontigny foram destruídos.[5] Além destes, ainda restam da Idade Média a sala dos monges, que foi ocupada pelo scriptorium da abadia,[4] o dormitório dos monges (com uma cobertura de madeira arqueada do século XV) e a forja, datada de finais do século XII, que constitui um dos estabelecimentos metalúrgicos mais antigos da Europa.[4][1]
Ao longo dos séculos, a Abadia de Fontenay sofreu algumas perdas, como o refeitório, demolido quase totalmente em 1745.[6] Também ganhou alguns acrescentos, como a nova Casa dos Abades, construída no século XVIII.[4] Como consequência da Revolução Francesa, em 1791 a Abadia foi vendida a um fabricante de papel, mas em 1852 foi finalmente classificada como monumento histórico.[6] Entre 1906 e 1911, a Abadia foi restaurada por Edouard Aynard, banqueiro de Lyon.[6] Em 1981, a UNESCO classificou o monumento como Patrimônio Mundial.
Referências
↑ abcdefgEvaluation des Organisations consultatives - UNESCO, 1981 [1]