Em audiência pública da Comissão Mista da Medida Provisória (CMMPV) nº 850 de 2018 do Senado Federal, que cria Agência Brasileira de Museus. Foto:Edilson Rodrigues/Agência Senado
Em 1991, defendeu o mestrado em ciências pela UFRJ e em 1994 um mestrado em filosofia. Defendeu o doutorado em 1996 pela Universidade Columbia, em conjunto com o Museu Americano de História Natural, com a tese Description of New Material of Tapejaridae and Anhangueridae (Pterosauria, Pterodactyloidea) and Discussion on Pterosaur Phylogeny. Tornou-se professor do Museu Nacional em 1997 onde foi chefe do Departamento de Geologia e Paleontologia (DGP/MN), coordenador do Programa de Pós-Graduação em Zoologia (PPGZoo/MN), membro da Congregação como representante eleito de professores Assistentes, Adjuntos e Associados.[1][3] Atualmente é professor titular e diretor da instituição, eleito para o quadriênio de 2018/2021.[4]
Em 1999 ajudou a organizar a exposição No Tempo dos Dinossauros, ainda hoje tida como referência para a paleontologia nacional. Também em 2006 organizou a montagem do primeiro esqueleto de dinossauros em grande escalano Brasil, o do saurópodeMaxakalisaurus topai, pelo qual recebeu o reconhecimento do Congresso Brasileiro. Desde 2004 escreve mensalmente na coluna Caçadores de Fósseis ("Fossil Hunters"), do site da Ciência Hoje On Line, um projeto da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.[1][2][3][6]
Além do estudo de fósseis, Kellner executou importante trabalho teórico sobre pterossauros, incluindo estudos cladísticos sobre sua filogenia. Sobre este tópico é o fundador de uma escola brasileira distinta sobre o estudo de pterossauros, com seu próprio modelo filogenético favorecido, terminologia e nomenclatura do clado. Modelos rivalizantes e escolhas de nomenclatura tem sido fornecidas pelo influente pesquisador britânico de pterossauros David Unwin.[3] Recebeu a grã-cruz da classe de comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico (um dos principais prêmios científicos do Brasil), em 2010.[3][5] Devido a seu intenso apoio a valorização das áreas fossilíferas e a formação de novos pesquisadores, Alexander foi homenageado com um gênero de camarão fóssil, o Kellnerius jamacaruensis[7] e uma espécie de pterossauro anhanguerídeo, o Maaradactylus kellneri,[8] ambos oriundos da Bacia Sedimentar do Araripe.
Museu Nacional
Eleito para a direção do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, Alexander assumiu a instituição em um grave momento, com falta de recursos, problemas estruturais e falta de verbas para manutenção. O museu pegou fogo na noite de 2 de setembro de 2018, destruindo quase todo o seu acervo em poucas horas.[9] Segundo ele, não apenas o Museu Nacional, mas todo o patrimônio da UFRJ corre risco se não forem feitos novos investimentos.[9]
Lista de espécies identificadas
As conquistas científicas de Kellner incluem a descrição de mais de trinta espécies, entre as quais o Santanaraptor (1996, 1999) que mostra o melhor tecido mole (vasos sanguíneos e fibras musculares) já relatado em qualquer dinossauro e o Thalassodromeus (2002, um estudo feito com Diógenes de Almeida Campos), que permitiu o estabelecimento de uma nova hipótese sobre o uso da crista da cabeça na regulação de temperatura corporal dos pterossauros.
Uma lista completa de novas espécies descritas e nomeadas por Kellner, às vezes em cooperação com outros pesquisadores, inclui: