O neorromânico (pré-AO 1990: neo-românico) ou revivalismo românico é um estilo arquitetónico revivalista que surgiu no século XIX e existiu até às primeiras décadas do século XX. Baseia-se na reinterpretação do estilo românico, vigente entre os séculos XI e XIII durante a Idade Média europeia.
O estilo neorromânico espalhou-se por toda a Europa, de onde passou às Américas. Foi particularmente utilizado em edifícios religiosos, mas seu uso em edifícios civis também foi comum. Na Alemanha chegou a ter o status de estilo nacionalista por excelência, sendo muito empregado ao longo da segunda metade do século XIX. Nos Estados Unidos foi um dos estilos preferidos para edifícios públicos como prefeituras e campi universitários.
Como em outros revivalismos arquitetónicos, o neorromânico muitas vezes se resumiu à decoração geral dos edifícios, sem influenciar as plantas arquitetónicas. Também foi frequente a mistura entre o neorromânico e o neogótico - os dois estilos medievais por excelência - num mesmo edifício. Devido a semelhanças estilísticas, também foi comum a mistura com o estilo bizantino, como na Basílica de Sacré Cœur em Paris, França.
O neorromânico foi também o estilo empregado no restauro de edifícios medievais por toda a Europa. Um exemplo é a fachada da Catedral de Speyer, na Alemanha, reconstruída em estilo neorromânico em meados do século XIX. Em Portugal, foram "re-romanizados" muitos castelos e igrejas na primeira metade do século XX.
São características do estilo neorromânico: edificações de tijolos ou pedra monocromática, abundância de arcos plenos sobre os vãos (portas e janelas) e também com fins decorativos, torres poligonais nas laterais das fachadas com telhados de formas diversas.[1]