Artes marciais (do latimars: "técnica", do romano: "deus Marte" - "A técnica de Marte") ou Wushu (chinês tradicional: 武術: "arte da guerra"), são práticas físicas e mentais, derivadas de técnicas de guerra,[1] divididas em diferentes graus, com o objetivo de desenvolvimento de seus praticantes para que possam defender-se atacando,[2] ou submeter o adversário mediante diversas técnicas, e também expressar um ideal.[1] A expressão Wushu designa todas as artes guerreiras, militares ou marciais.[3] Técnicas de autodefesa e combate passaram por aperfeiçoamento gradual e foram transmitidas às gerações posteriores.[2]
Na cultura ocidental, o Kung-Fu ficou conhecido como a “arte da guerra”, originando uma confusão com o Wushu, pois na cultura oriental são dois conceitos diferentes: o Kung-Fu faz parte do Wushu. Portanto, é apenas um dos estilos marciais e ensina, entre outras coisas, a importância do esforço individual.[3]
O termo "arte marcial" ou "arte da guerra" tem origem ocidental,[1] quando na crença da Roma antiga, acreditava-se que o deusgrego-romano da guerra Marte/Ares ensinou as técnicas de luta e combate aos seres humanos, a palavra em português "marcial", deriva da palavra em latim martialis, que deriva do nome de Marte, o deus romano da guerra.[2][5] Na Roma eram artes militares ensinadas aos homens, de acordo com a legião que atuava no exército do império romano, para o confronto direto ou corpo a corpo.[2][5]
Atualmente, o termo artes marciais é usado para todos os sistemas de combate de origem oriental e ocidental,[5] com ou sem o uso das tradicionais armas de artes marciais. Mas apesar da mitologia este conceito não surgiu na Grécia ou na Roma, as raízes foram encontradas na Mesopotâmia, quando os povos arianos (da Ásia Central) conquistaram o Mundo Clássico (da Irlanda à Índia, do Egito à Rússia).[2] A técnica guerreira ariana mesclou-se ao ioga hindu (respiração, visualização e, concentração).[2]
O objetivo primário das artes marciais é "defender-se atacando".[2] No Oriente, existem outros termos mais adequados para a definição destas artes, como por exemplo: na China é chamado de wu shu, que significa em português "a arte de dominar a guerra" ou "parar a guerra";[2] No Japão e chamado de Bujutsu, que significa "técnica marcial".
Por outro lado, as modalidades que têm uma origem mais marcial, como o krav magá, têm como objetivo a defesa pessoal em situações de risco, durante combate corpo a corpo sem regras, muitas vezes com enfoque na formação do caráter do ser humano. Onde no Japão, estas são chamadas de Bu-Dô, que significa "Caminho educacional através das lutas".
A necessidade abriu espaço para a profissionalização da proteção pessoal. Embora a versão mais conhecida da arte marcial, principalmente a história oriental, tenha, como foco principal, Bodhidharma, mongeIndiano que, em viagem à China, orientou os monges chineses na prática da ioga e rudimentos da arte marcial indiana, o que resultou posteriormente na criação de um estilo próprio pelos monges de shaolin, é sabido, historicamente, através da tradição oral e escavações arqueológicas, que o kung fu já existia na China há mais de 5 000 anos. Da China, estes conhecimentos se expandiram por quase toda a Ásia.
Kata (型 ou 形,forma?) é um conjunto de movimentos que simula o ataque e a defesa de uma situação real em uma luta imaginária, está presente em diversas artes marciais japonesas.[7] Podem ser realizados individualmente ou em conjunto.
Cada movimento tem sua interpretação, devendo ser respeitado seu tempo e aplicação. O objetivo do kata é ajudar no desenvolvimento das aptidões psicológicas e físicas necessárias para o verdadeiro combate, controla o espaço entre si e seu adversário. Os kata, quando foram desenvolvidos, tiverem como modelo principal os movimentos que certos mestres tiveram que usar em situações reais de perigos contra dois ou mais adversários.
Sistemas de classificação das artes
Oriente
No Oriente a arte marcial é integrada a um sistema de filosofia, com desenvolvimento físico e espiritual, contribuindo na formação do caráter, criando uma consciência sobre a proteção e o uso na defesa de quem não tem o mesmo preparo.
As artes de luta japonesas se dividem em três grupos:
Bugei: sistema é simplório, representam as técnicas de guerrear com o aprendizado voltado ao uso de equipamentos bélicos tradicionais, como: arco e flecha, os diferentes tipos de espadas, lança, alabardas, machados, correntes, característicos da época e região;
Budō: é a evolução do bujutsu, juntamente com o bugei. Contudo, o budô foi dividido em duas linhas de evolução: a linha esportiva competitiva e a linha de estudo da técnica marcial, sem o propósito de guerra, evolução característica da arte marcial e outras desde a antiguidade. Ex: caratê, quempô, judô, aiquidô, quendô, quiudô, etc.
O pancrácio (pankration), uma arte greco-romano que originou diversos sistemas de combates com mãos, e armas de vários tamanhos, na Europa:[5][8] Abrazzare; Boxe; Catch-as-catch-can; Kampfringen; Glíma; Gouren, e; Savate.