O número de bistrôs, na França, aumentou significativamente durante a Segunda Guerra Mundial, quando muitas mulheres, para complementar sua renda ou mesmo para sustentar suas famílias, passaram a abrir suas casas para vender refeições ao público.[carece de fontes?] Depois da Guerra, o número desses estabelecimentos declinou drasticamente no país — de aproximadamente 400 000, em 1945, para cerca de 40 000, em 2021.[1]
Etimologia
"Bistrô" é um aportuguesamento do francês bistro ou bistrot, termo introduzido na língua francesa no final do século XIX e possivelmente originário do pictavobistraud, que originalmente se referia a um criado doméstico; depois, a um ajudante de comerciante de vinhos e, finalmente, ao próprio vendedor de vinhos. Já no início do século XX, a palavra passou a designar "o proprietário de um estabelecimento onde se serve vinho" e, por metonímia, o próprio estabelecimento.[2]
Segundo uma etimologia popular, o termo seria proveniente do russo быстро, transl.býstro, que significa 'depressa', palavra pronunciada nas cantinas pelos cossacos sedentos que ocuparam Paris após a Batalha de Paris (1814).[3][4] Porém, segundo o linguista e lexicógrafoAlain Rey, tal hipótese "deve ser descartada por razões cronológicas". De fato, o primeiro registro da palavra, na língua francesa, ocorre no ano de 1884, em Souvenirs de la Roquette, do abade Georges Moreau,[5] sendo portanto muito posterior à ocupação de Paris pelas tropas russas.
Hoje o termo é amplamente usado, também fora da França, no sentido de pequeno restaurante de inspiração francesa.[6]
Características
Nesse tipo de estabelecimento, a convivência e as relações pessoais têm tanta importância quanto a qualidade do serviço. Tradicionalmente, o bistrô tem uma dimensão familiar. Não costuma ter cardápio, mas um prato do dia, preparado na casa, a cada dia.[1] Eventualmente, o próprio chef conversa com o cliente e, sabendo das suas preferências, adapta a refeição ao seu gosto.