Foi professor de filosofia em colégios e na Escola de Arte Dramática - EAD, onde ministrou cursos de teatro brasileiro, estética e história do teatro, desde a fundação da escola até 1963.
Fundou o Grupo Universitário de Teatro - GUT, ligado à USP, dirigindo A Farsa de Inês Pereira e do Escudeiro, de Gil Vicente, em 1943. Nesse ano, passa alguns meses nos Estados Unidos, a convite do Departamento de Estado. Ao retornar, inicia sua colaboração com a revista Clima, importante órgão de reflexão sobre os novos tempos, assinando a coluna sobre teatro, de 1941 a 1944. Com o GUT - que tinha Cacilda Becker entre seus integrantes - percorreu diversas cidades do Estado de São Paulo. Sua última direção com o grupo é O Baile dos Ladrões, de Jean Anouilh, primeira peça apresentada pelo recém fundado Teatro Brasileiro de Comédia - TBC, em 1948.[1]
De 1946 a 1968, atuou como crítico teatral do jornal O Estado de S. Paulo, onde edita, a partir de 1956, o famoso Suplemento Literário do jornal. Uma seleção de críticas para o matutino está reunida em três volumes: Apresentação do Teatro Brasileiro Moderno, 1956; Teatro em Progresso, 1964, e Exercício Findo, lançado em 1987.
Em 1966, entra para o Departamento de Letras da USP, onde se encarrega de formar turmas e realiza suas mais expressivas pesquisas: João Caetano, em 1972, e, a seguir, João Caetano e a Arte do Ator, em 1984. Teatro: 1930-1980, escrito em 1984, constitui-se em sutilíssimo e arguto ensaio, síntese da evolução dramática contemporânea. Republicado e ampliado como O Teatro Brasileiro Moderno, forma, ao lado de Teatro de Anchieta a Alencar (1993), e O Drama Romântico Brasileiro (1996), o tríptico de referência sobre o lugar do teatro na cultura do Brasil. Completa esse painel uma nova e definitiva interpretação da cena nacional, sob o título de História Concisa do Teatro Brasileiro - 1570-1908, de 1999. Além desses títulos, Décio está presente na obra coletiva A Personagem de Ficção, de 1968.
Décio Almeida Prado presidiu a Comissão Estadual de Teatro de São Paulo, em 1962, 1967, 1976 e 1977, e a Associação Paulista de Críticos Teatrais - APCT, em 1955, 1958, 1961, 1962, 1966 e 1970.
Nos seus últimos anos de vida, reuniu escritos dispersos, organizando os volumes Peças, Pessoas, Personagens, de 1993; e Seres, Coisas, Lugares, de 1997.
Prêmios e homenagens
1956 - Prêmio Palmes Académiques do governo da França;