Dirty Computer é o terceiro álbum de estúdio da cantoraamericanaJanelle Monáe.[4] Foi lançado em 27 de abril de 2018, através das gravadoras Wondaland Arts Society, Bad Boy Records e Atlantic Records.[5] O álbum é o sucessor de The ArchAndroid (2010) e The Electric Lady (2013) e o primeiro a não seguir a narrativa metrópole de seu pseudônimo Cindi Mayweather. O álbum conceitual contou com três singles, "Make Me Feel", "Django Jane" e "Pynk", além de "I Like That" como um single promocional e um filme em narrativa com duração de 46 minutos.[6] O álbum foi muito bem recebido pela crítica e se tornou um dos melhores álbuns de 2018, recebeu duas indicações na 61.ª cerimônia anual do Grammy Awards incluindo Álbum do Ano e Melhor Videoclipe com seu single "Pynk", em parceria com a artista canadenseGrimes.
Promoção
Em 16 de fevereiro de 2018, Monáe revelou seu terceiro álbum de estúdio e um filme em narrativa, intitulado Dirty Computer, através de um teaser no YouTube.[7][8] O teaser foi transmitido em todo o país em cinemas específicos antes do lançamento de Black Panther. Monáe realizou uma série de sessões de audição do álbum em Los Angeles e Nova Iorque.[8][9]
Lançado em 27 de abril de 2018,[10] contou com o lançamento simultâneo de um filme em narrativa com duração de 46 minutos. O lançamento segue o personagem androide de Janelle, Jane 57821, enquanto tenta se libertar das restrições de "uma sociedade totalitária [que] faz com que Jane sujeite-se às crenças homofóbicas... No filme, o personagem de Monáe tenta afirmar sua individualidade, o que a torna inimiga de um regime desalmado – uma tensão comum na ficção científica distópica." A atriz Tessa Thompson e o ator Jayson Aaron atuam como Zen e Ché, respectivamente, pessoas com as quais Jane foge das garras da sociedade repressiva. Tim Grierson, da revista Rolling Stone, descreveu que, no filme, "Monáe brinca com as convenções e os totens da ficção científica distópica para falar sua verdade e promover uma mudança cultural em direção a uma sociedade mais inclusiva e amorosa – não importa qual governo fictício ou real esteja tentando esmagar esse espírito. Monáe fala com uma linguagem do presente, mas para ela, o futuro é agora."[6]
Dirty Computer obteve recepção crítica positiva, ressaltando a qualidade contextual e musical do álbum. O portal Metacritic, com base em 33 avaliações, concedeu ao álbum uma nota 87 de 100, indicando "aclamação universal".[11] No AnyDecentMusic?, portal que avalia numa escala de 10, agregou ao álbum uma nota de 8.5 baseada em 18 avaliações.[12]
Para o AllMusic, o jornalista Andy Kellman disse: "Enquanto este é facilmente o álbum mais carregado de Monáe em termos de artistas convidados, com Brian Wilson, Stevie Wonder e Grimes entre os contribuintes, não há duvidas de que é um produto da Wondaland. Isso demonstra que a resistência artística e a música pop não são sequencialmente excludentes."[1] Neil McCormick, do The Daily Telegraph, chamou o álbum de "destemida e insensivelmente direta... [O álbum] estabelece-se como um candidato a Álbum do Ano em diversas formas. O som estratificado de Monáe é tão contemporâneo quanto os pioneiros digitais Kendrick Lamar e Kanye West, mas tem uma qualidade orgânica antiquada originária de uma musicalidade ao vivo. Dirty Computer soa como um funk pop sci-fi por uma Pantera Negra feminina."[2] Roisin O'Connor, do The Independent, afirma que "[Dirty Computer] é um álbum que vai sair não somente como um marco de uma obra de arte, mas uma celebração perfeita de excentricidade, poder feminino e autoestima." Danette Chavez, do portal The A.V. Club, descreveu que, em Dirty Computer, "a antiga "Electric Lady" perde o metal e os circuitos eletrônicos, mas mantém seu poder e arte, cimentando seu status ao lado de Prince no salão de ícones extremamente talentosos, genderfluid que se amam e promovem a negritude."[13]
Numa avaliação mista do álbum, Alex Petridis, do jornal The Guardian, sugeriu: "Você ocasionalmente se pergunta se um desejo compreensível de cruzar comercialmente pode não estar na raiz dos momentos menos inspirados do álbum: há algo comum e avesso ao risco devido à influência R&B de "Crazy, Classic, Life" e "I Got the Juice"... É difícil não pensar se o fracasso de Janelle em conectar-se com populações de massa posa ser parte de seu desejo de trabalhar e repassar conceitos e, ao invés de se aliviar, sugere uma certa indiferença. [Janelle] é indescritível como sempre e seu mistério permanece intacto. Sem perder a equilíbrio, sua posição nas margens do pop também pode permanecer intacta da mesma maneira."[15] Zachary Hoskins, da Slant Magazine, afirma: "Apesar das músicas serem constantemente aventureiras, não há exposição ao risco conforme os álbuns anteriores. Embora o coração de Janelle esteja no lugar certo, suas letras ocasionalmente faltam com a endemia do pop politizado, porém, mais diretas e menos ambiciosas do que o trabalho anterior. No entanto, é o trabalho com satisfação mais imediata da artista."[18]