Historicamente, a economia sueca sempre experimentou avanços consideráveis quando foi capaz de aumentar suas exportações. Durante 72 anos (1830-1902), o país adotou o free banking (sistema bancário livre), quando a bancos particulares, como o Stockholms Enskilda Bank, era dada permissão para emitir moeda privada.[18] No século XIX, uma elevação da demanda europeia e o acesso a infra-estrutura barata dentro do país possibilitaram o nascimento da indústria na Suécia. Abertura econômica, liberdade de imprensa e desregulamentação tiveram papel importante.
A Suécia manteve-se neutra durante as duas Grandes Guerras Mundiais na primeira metade do século XX. O país se beneficiou, no pós-II Guerra, de uma combinação de demanda intensa por seus produtos e da devastação do parque industrial de outras nações do Oeste europeu, suas principais concorrentes. A desvalorização da moeda nacional, a Coroa sueca, também surtiu efeito sobre a balança comercial. As principais fontes de divisas para a Suécia nesse período foram as indústrias florestal, de mineração, veículos automotores, borracha e aço.
Durante os anos 60 a Suécia enfrentou aumento de concorrência por mercados devido à reconstrução de outros países europeus e à emergência do Japão. A produção industrial de certos setores, como o têxtil, sofreu abalos, e demissões ocorreram.
Nos anos 70 a crise do petróleo afetou muito a economia sueca, que dependia excessivamente da estabilidade internacional. A intervenção governamental não foi capaz de sustentar o crescimento sueco, e certos setores do parque industrial, como o metalúrgico, sofreram mais que outros.
A década de 80 foi proveitosa para a Suécia, que manteve baixíssima taxa de desemprego no período. Porém, altas e crescentes taxas de inflação ocorreram, e o governo passou por dificuldades no âmbito fiscal. A Suécia não pôde impedir uma crise econômica na primeira metade da década de 1990, cujas características foram desaceleração econômica e desemprego em alta. A Suecia já tem uma certa "parceria" com o Brasil há mais de 100 anos,e ao pelo que tudo indica, tende a continuar e aumentar.
Havia cerca de 1 000 000 de empresas na Suécia em 2019.
De acordo com o volume de negócios e o número de pessoas empregadas, entre as maiores empresas do país estavam as seguintes:
[19]
Os Avanços tecnológicos e uma força de trabalho educada resultaram em um aumento substancial de produtividade na Suécia. O eixo principal da economia sueca deslocou-se da agricultura e indústria para o setor de serviços, com destaque para telecomunicações e a tecnologia da informação (TI). Isto permitiu ao país uma redução da vulnerabilidade econômica em face das flutuações dos preços de commodities.
Comércio exterior
Em 2020, o país foi o 33º maior exportador do mundo (US $ 160,5 bilhões, 0,9% do total mundial).[20][21] Já nas importações, em 2019, foi o 30º maior importador do mundo: US $ 158,7 bilhões.[22]
A pesca na Suécia é uma atividade económica menor, embora tenha importância local e nacional.[29]
Setor secundário
Indústria
O Banco Mundial lista os principais países produtores a cada ano, com base no valor total da produção. Pela lista de 2019, a Suécia tinha a 28ª indústria mais valiosa do mundo (US $ 69,2 bilhões).[30]
Em 2019, a Suécia era o 30ª maior produtor de veículos do mundo (279 mil) e o 30ª maior produtor de aço (4,7 milhões de toneladas).[31][32][33] O país também era o 8º maior produtor mundial de papel em 2019.[34]
A mineração tem um pequeno mas importante papel na economia da Suécia. A tecnologia atual implica uma mão de obra reduzida aliada a uma produção maior do que nunca.[35]
Em 2019, o país era o 10º maior produtor mundial de minério de ferro;[36] 10º maior produtor mundial de chumbo,[37] e o 11º maior produtor mundial de zinco.[38]
Energia
Nas energias não-renováveis, em 2020, o país não produzia petróleo.[39] Em 2019, o país consumia 283 mil barris/dia (43º maior consumidor do mundo).[40][41] O país foi o 26º maior importador de petróleo do mundo em 2013 (352,3 mil barris/dia).[39] Em 2020, o país não produzia gás natural.[42] Em 2010 a Suécia era a 50ª maior importadora de gás do mundo (1,6 bilhões de m3 ao ano).[43] O país também não produz carvão.[44] Em 2019, a Suécia tinha 7 usinas atômicas em seu território, com uma potência instalada de 7,7 GW.[45]
Nas energias renováveis, em 2020, a Suécia era o 11º maior produtor de energia eólica do mundo, com 9,6 GW de potência instalada, e o 35º maior produtor de energia solar do mundo, com 1,4 GW de potência instalada.[46]
Setor terciário
Turismo
Em 2017, a Suécia foi o 43º país mais visitado do mundo, com 7,0 milhões de turistas internacionais. As receitas do turismo, neste ano, foram de US $ 14,9 bilhões.[47]
Qualidade de vida
A Suécia dispõe hoje de um extensivo programa de bem-estar social. Além disso, serviços públicos como saúde e educação estão entre os mais elogiados do planeta. Os gastos do governo com serviços sociais foram, em 2001, de 24.180 dólares americanos per capita, ou 28,9% do PIB. A sociedade sueca é a mais igualitária do mundo. Seu coeficiente de Gini foi de 0,23 em 2005 joice.
Política macroeconômica
Desde a crise no período 1991-93 até hoje, o governo sueco superou um período de instabilidade, caracterizado por dívidas, inflação e deficits fiscais. Atualmente a Suécia tem superavit fiscal de cerca de 1% do PIB e inflação sob controle. Medidas como tetos de gastos para o Orçamento, independência do Banco Central e reforma previdenciária redundaram em alívio para as contas públicas. A manutenção da excelência no setor público exige altas taxas. A Suécia tem um imposto de renda altíssimo, além de impostos indiretos. O crescimento médio do PIB da Suécia está no topo da escala de crescimento médio na União Europeia, onde a Suécia perde apenas para a Inglaterra. O crescimento real da economia sueca foi de 3% em 2004 e de 2,7% em 2005. O crescimento do seu PIB está estimado em 3,6% em 2006 e 3,1% em 2007. Os motores principais dessa expansão são uma alta capacidade de utilização da indústria e o crescimento das exportações, inclusive das exportações de serviços. A dívida pública era de 47,7% do PIB em 2004 e está em queda. O desemprego mantém-se relativamente baixo, a 5,9%.
A Suécia e a União Europeia
A Suécia é país-membro da União Europeia. No entanto, a maioria - 55,9% - da população votou pela rejeição ao Euro num referendo em setembro de 2003. Assim, a moeda do país continua sendo a Coroa sueca.
Principais desafios
Embora ocupe uma situação privilegiada no cenário internacional, a Suécia tem obstáculos a enfrentar para continuar em crescimento e manter o bem-estar da população.
Envelhecimento da população
A população da Suécia está em processo contínuo e profundo de envelhecimento. Os gastos do governo com saúde e previdência, que já são altos, tendem a aumentar. Uma elevação de taxas, opção teórica para solucionar o problema, é considerada inoportuna, pois a Suécia já possui uma das maiores cargas tributárias do mundo.
Política fiscal
Apesar das reformas na década de 1990, a política fiscal sueca ainda não é considerada ideal. O governo tem ampla participação na economia, e serviços públicos exigirão mais recursos para os idosos no futuro. Contenção de gastos, privatizações, aumento da produtividade e da eficiência governamental são algumas das possibilidades para a superação deste problema quando se pensa em superação via política ortodoxa, mas dado que a Suécia é um país que se empenha em manter o Welfare state e a proteção dos trabalhadores que foi historicamente conquistada, a melhor solução é a prática do diálogo frequente entre Estado e população para que todos os setores saiam ganhando e o conjunto social continue sendo prioridade e exemplo para os demais países que pensam em construir uma nação auto-suficiente.
Mercado de trabalho
O mercado de trabalho sueco enfrenta problemas por falta de oferta de mão de obra, dado o envelhecimento da sua população. Diante deste fato programas governamentais de apoio e incentivo aos estudantes imigrantes têm se tornado uma opção para manter a estabilidade social e a garantia do crescimento.
↑Taylor e Francis Online - The Provision of Liquidity in the Swedish Note Banking System, 1878–1901. Autor: Per Hortlund. Scandinavian Economic History Review, Volume 55, 2007, págs. 20-40, (em inglês) Acessado em 18/08/2017.
↑Rydstedt, Bjarne; Georg Andersson, Torsten Bladh, Per Olof Köhler, Karl-Gustaf Thorén, Mona Larsson (1987). «I sydsvensk jordbruksbygd». Land och liv 1 (em sueco). Estocolmo: Natur och kultur. p. 22-35. 216 páginas. ISBN91-27-62563-X !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
↑Curt Lundberg. «Facts and Figures 2013»(PDF) (em inglês). The Swedish Forest Industries. Consultado em 22 de novembro de 2015. Arquivado do original(PDF) em 22 de novembro de 2015