A taxa de analfabetismo dos residentes do estado de São Paulo com idade igual ou superior a 15 anos era de 4,74% no ano de 2008,[5] taxa 3% superior à registrada no ano anterior, de 4,6%.[6][7][8] O estado possui a 5ª menor taxa de analfabetismo dentre as 27 unidades federativas do Brasil, atrás apenas do Amapá, Distrito Federal, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Em números absolutos, São Paulo reúne a segunda maior população de analfabetos do país, com 1,5 milhão de pessoas.[9] Em 2009, a taxa de analfabetismo funcional entre as pessoas com 15 anos ou mais era de 13,8%.[10]
A média de anos de estudo da população do estado que tem entre 15 e 64 anos é de 8,85. 41,72% da população com idade igual ou superior a 25 anos possui menos de oito anos de estudo e 68,37% da população que tem entre 18 e 24 anos possui o ensino médio completo.[5]
Tomando-se por base o relatório do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2007, o estado de São Paulo obteve o maior índice da 5ª à 8ª série do ensino fundamental entre os estados brasileiros (3,6). A cidade de São Paulo, por sua vez, ocupa a 9ª posição entre as 27 capitais (4,1).[12] Na classificação geral do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2007, três escolas do estado figuraram entre as 20 melhores do ranking: os colégios Vértice (3º colocado), Bandeirantes (14º colocado) e Móbile (20º colocado), todos pertencentes à rede privada.[13]
Em 2008, o estado de São Paulo tinha 6.030.171 estudantes matriculados no ensino fundamental, 14.397 instituições de ensino e 301.243 professores atuando nessa etapa da educação básica. A rede estadual é a mais ampla, respondendo, nesse mesmo ano, por 2.810.469 matrículas, 5.077 escolas e 135.952 docentes.[15]
Desde 1997, o Governo do Estado de São Paulo adota o regime de progressão continuada, chamado informalmente de "aprovação automática", para todos os ciclos do ensino fundamental.[16] Segundo documentos oficiais do governo paulista, a estratégia de adoção do regime contribui para a universalização da educação básica e estimula a permanência do aluno na escola, além de ser uma forma de otimizar recursos e regularizar o fluxo de alunos da rede segundo a variável "idade/série".[17] Entretanto, o sistema é motivo de polêmicas, opondo pais e professores, que acreditam que a aprovação automática não estimula o aluno a estudar e não o prepara para as etapas futuras da educação, e o governo estadual, que alega que as medidas são bem sucedidas. Especialistas apontam que metade dos alunos egressos desse tipo de sistema são reprovados ao ingressar no ensino médio[17][18]
Em 2009, a nota média dos alunos do ensino fundamental da rede estadual medida pelo IDESP (Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo, feito com metodologia elaborada pelo próprio governo paulista) ficou abaixo de quatro, numa escala que vai de zero a 10, o que representa uma situação de estagnação no desenvolvimento do ensino fundamental da rede, face aos resultados dos anos anteriores.[19]
Ensino superior
Contemplado por expressivo número de renomadas instituições de ensino e centros de excelência, São Paulo é o maior pólo de pesquisa e desenvolvimento do Brasil, responsável por 52% da produção científica brasileira e
0,7% da produção mundial no período compreendido entre os anos de 1998 e 2002.[20] No cenário atual, destacam-se importantes universidades públicas e privadas, muitas delas consideradas centros de referência em determinadas áreas.
As universidades públicas sediadas no estado de São Paulo são:
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp): destacado centro de graduação e pós-graduação, sobretudo na área de saúde, conta com seu maior campus localizado na cidade, o qual congrega os cursos de Medicina, Enfermagem, Ciências Biomédicas, Fonoaudiologia e Tecnologia Oftálmica. Foi uma das primeiras instituições a organizar os programas de residência médica no país (1957) e de pós-graduação (1970), reconhecidos entre os pioneiros da área de saúde no Brasil.[34]. Atualmente a universidade passou por um amplo processo de expansão a partir da criação dos novos campis Baixada Santista, Diadema, Guarulhos (EFLCH), São José dos Campos e Osasco. Em 2013 lançou o Projeto Político-Pedagógico do curso de Direito, a ser ministrado em uma nova unidade na capital paulista.
Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA): é uma instituição de educação e ensino superior ligada ao Comando da Aeronáutica. Está localizado no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), na cidade paulista de São José dos Campos. O ITA possui cursos de graduação e pós-graduação em áreas ligadas a engenharia, principalmente no setor Aeroespacial, sendo considerado o mais renomado centro de referência no ensino de engenharia do país.
Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (FATECs): são instituições públicas de ensino superior pertencentes ao Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETEPS). As FATECs são importantes instituições brasileiras de ensino superior, sendo pioneiras na graduação de tecnólogos. Elas estão localizadas em diversas cidades paulistas, com cinco campi na capital e várias outras unidades na Grande São Paulo, Interior e Litoral. Os cursos ministrados pela FATEC Bom Retiro (ou FATEC-SP) são os mais antigos, tendo sido ministrados ininterruptamente desde 1970. As FATECs são reconhecidas por formar profissionais de notória qualidade na área de tecnologia da informação, tecnologia em logística e transportes e tecnologia em mecânica de precisão (mecatrônica). O índice de empregabilidade dos ex-alunos das FATECs é alto para os padrões nacionais, com mais de 93% deles no mercado de trabalho.
Instituto Federal de São Paulo(IFSP): antigo Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo (CEFET/SP), é uma instituição que oferece educação superior, básica e profissional, de forma pluri curricular. É uma instituição multicampi, especializada na oferta de educação profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino. O IFSP é uma instituição federal, pública, vinculada diretamente ao Ministério da Educação. No ano de 2009 o ensino médio alcançou a 35º posição das melhores escolas do país no ENEM, e ficou como a melhor escola pública do Estado de São Paulo.
Entre as instituições privadas, destacam-se:
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP): mantida pela Mitra Arquidiocesana de São Paulo, foi fundada em 1946 pelo cardeal arcebispo de São Paulo, Carlos Carmelo de Vasconcellos Mota. Possui seis campi no estado, sendo quatro deles na capital paulista, um deles (em Perdizes) tombado pelo Patrimônio Histórico do município. Oferece uma grande gama de cursos de graduação e especialização em diversas áreas de conhecimento humano, e seus cursos de mestrado e doutorado enfocam principalmente as áreas de ciências humanas e educação. A PUC-SP também mantém o teatro Tuca, a editora EDUC e a Derdic, uma escola especial direcionada a crianças portadoras de deficiência auditiva. Foi a primeira universidade brasileira a eleger o reitor por voto direto dos alunos, professores e funcionários.
Instituto Biológico: instituído em 1927, com vistas a debelar uma praga que vicejava nos cafezais paulistas, dedica-se atualmente ao desenvolvimento de pesquisas em biossegurança e à prestação de atendimento fito e zoossanitário.[40] Executa testes laboratoriais e produz vacinas e antígenos diversos. Também é responsável por uma série de publicações e boletins científicos e mantém sob sua guarda um importante acervo de microorganismospatogênicos.[40]
Instituto Agronômico de Campinas (IAC): fundado em 1887 pelo Imperador D. Pedro II, recebeu a denominação de Imperial Estação Agronômica de Campinas e, em 1892, passou para o Governo do Estado de São Paulo. É um órgão de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, localizado no município de Campinas. Tem como objetivo gerar e transferir Ciência e Tecnologia para o Negócio Agrícola, visando à otimização dos sistemas de produção vegetal e ao desenvolvimento sócio-econômico com qualidade ambiental. Sua atuação garante ainda a oferta de alimentos à população e matéria-prima à indústria, cooperando para a segurança alimentar e para a competitividade dos produtos no mercado interno e externo.
↑«Análise da produção científica a partir de indicadores bibliométricos»(PDF). Tabela 8.2 - Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade, por cor ou raça, segundo as Grandes Regiões, Unidades da Federação e Regiões Metropolitanas - 2007. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 1 de outubro de 2008