Aprendeu a ler e escrever em Cidade Rodrigo (Castela e Leão), onde vence o prêmio nacional de «superdotado» aos dez anos. Realizou seus estudos universitários em Madrid.
Ainda criança sofreu o misterioso desaparecimento de seu pai, condenado à morte e depois fugado. A causa deste trauma, como escreveu o prêmio Nobel Vicente Aleixandre, "El conocimiento que aporta Arrabal está teñido de una luz moral que está en la materia misma de su arte" (em português: "O conhecimento que carrega Arrabal está preso a uma luz moral que está na própria matéria de sua arte").
Arrabal foi julgado e preso pelo regime franquista em 1967 devido ao engajamento político de sua obra. Durante seu encarceramento recebeu o apoio de inúmeros escritores da época, de François Mauriac a Arthur Miller, e uma declaração de Samuel Beckett ao tribunal pedindo sua absolvição: Se existe culpa, que ela seja analisada à luz do grande mérito de ontem e da grande promessa de amanhã e, portanto, perdoada. Que Fernando Arrabal seja entregue à sua própria pena.
Após a morte de Francisco Franco, ele foi incluído - ao lado de Santiago Carrillo, la Pasionaria, Líster e El Campesino - no grupo dos cinco espanhóis mais perigosos e impedido de retornar ao país. Anos mais tarde terá reconhecimento na Espanha com uma centena de distinções, dentre elas dois prêmios nacionais de teatro. Algumas peças obtiveram grande sucesso como é o caso de Carta de Amor, com María Jesús Valdés.
Dirigiu sete longas-metragens. Publicou quatorze novelas, sete centenas de livros de poesía,vários textos para teatro, vários ensaios e a sua famosa Carta al General Franco em vida do ditador. Seu teatro completo editado nas principais línguas tem sido publicado, em dois volmes de mais de duas mil páginas, na Colección Clásicos Castellanos de Espasa.
Apesar de ser um dos escritores mais controvertidos de seu tempo, tem recebido o aplauso internacional por sua obra (Grande Prêmio de Teatro da Academia Francesa, o Nabokov de novela, o Espasa de ensaio, o World's Theater etc.).
O Colégio de Patafísica lhe tem distinguido com o título de «Trascendente Sátrapa» (equivalente do Nobel para este colégio). Distinção que neste último meio século receberam quarenta personalidades como Marcel Duchamp, Eugene Ionesco, Man Ray, Boris Vian, Dario Fo, Jean Baudrillard e Umberto Eco.
Foi último finalista do Cervantes 2001 com o apoio de Camilo José Cela. Le Mage assegura que foi finalista do Nobel 2005, prêmio que tem solicitado para o autor várias instituições e personalidades. Em 14 de julho de 2005 se lhe outorgou a légion d'honneur.
Fernando Arrabal escreve a crónica de xadrez do «L’Express», todos os domingos os seus "arrabalescos" no El Mundo, a menudo la "tercera" de ABC, de vez em quando uma "opinião" no El País.
Uma de suas obras dramáticas mais importantes é El arquitecto y el emperador de Asiria, uma obra pânica, escrita na segunda etapa de sua vida drámática.
Arrabal é provavelmente o dramaturgo mais representado atualmente. Lista de representações em www.arrabal.org.
Obra cinematográfica
Fernando Arrabal realizou sete longas-metragens como diretor:
AA.VV TROU, n° XVII, 2007. «F.A. j’irai comme un cheval fou».
Aranzueque-Arrieta, Frédéric, Panique, Arrabal, Jodorowsky, Topor (L'Harmattan, 2008). ISBN 978-2-296-00189-3
Aranzueque-Arrieta, Frédéric, Arrabal : la perversion et le sacré: L’architecte et l’empereur d’Assyrie (1967), La charge des centaures (1984) (Paris : L’Harmattan, 2006). ISBN 978-2296001893
Aranzueque-Arrieta, Frédéric, Arrabal, une oeuvre-vie panique (Les éditions Moires, 2019) ISBN 979-10-91998-40-6
Arata, Luis Oscar, The festive play of Fernando Arrabal (Lexington: University Press of Kentucky, 1982) ISBN 978-0813114514
Berenguer, Ángel . «Crono-biografía de Fernando Arrabal», Cátedra (1977). ISBN 978-84-376-0100-7.
Berenguer, Joan P., Bibliographie d’Arrabal : entretiens avec Arrabal : plaidoyer pour une différence, Presses universitaires de Grenoble, 1979.
Bishop, Tom, The Architect and the Emperoro of Asiría, 1974, Grove Press New York
Bishop Helen Gary Garden of Delights, New York, Grove Press, 1974.
Cantalapiedra Erostarbe y F. Torres Monreal : "El teatro de vanguardia de F.A." Kassel, D. Ed. Reicheberg 1977.
Celli, Renata, "I’Il romanzo di F.A." Milano, Ligue.
Chesneau A y Berenguer A. "Plaidoyer pour une différence", P.U. de Grenoble, 1978.
Daetwyler Jean Jacques "Arrabal" Lausanne, Ed; L’âge de l’Homme", 1975.
Donahue, Thomas John, The theater of Fernando Arrabal: A garden of earthly delights (New York: New York University Press, 1980) ISBN 978-0814717714
Emili Ennio, Teatro di Arrabal Tristre, Ed. Umana, 1973
Gille, Bernard, Arrabal, Paris, Ed. Seghers, 1970
Glbota, Ante "Arrabal Espace", Paris, PAC : 500 pàginas de gran formato y 2500 fotografías.
Golen Laura P. "The novels of F.A.", N.Y. Rutgers.
Kreis, Karl-Wilhelm, Zur Ästhetik des Obszönen: Arrabals Theater und die Repressive Sexualpolitik des Franco-Regimes (Hamburg: Krämer, 1989) ISBN 978-3926952202
Podol, Peter L., Fernando Arrabal (Boston: Twayne Publishers, 1978) ISBN 9780805763409
Premer-Kayser, Bertie, Das dramatische Werk des Spaniers Fernando Arrabal: Untersuchung der inhaltlichen und formalen Entwicklung, der psychischen und politischen Tendenzen (Frankfurt: Puppen & Masken, 1984) ISBN 978-3-922220-25-1
Rabassó, Carlos A., Teatrilogía del vanguardismo dramático : aproximaciones hermenéutico-fenomenológicas al teatro español contemporáneo (Barcelona: Editorial Vosgos, 1993) ISBN 978-84-346-0415-5
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Zigrino, Damiano Augusto, Il teatro di Fernando Arrabal (Città di Castello: Edimond, 2008) ISBN 88-500-0382-X
Centenares de académicos y universitarios (y entre ellos el catedràtico Francisco Torres Monreal) han analisado también los últimos y más productivos años de la creatividad arrabaliana.
"Second Ruy Lopez Chess Festival", ChessBase News, 13 April 2008, http://www.chessbase.com/newsdetail.asp?newsid=4566, retrieved on 14 April 2008 (photos and discussion of Arrabal's interest in chess. N.B. the biographical details in this article were copied from Wikipedia)