Em 1528, o capitão Heitor da Silveira, conquistou e incendiou a cidade. Após isto, o governante de Tana submeteu-se voluntariamente como tributário a Portugal. Em 1532 teve lugar um novo assalto português a Baçaim e, após uma forte resistência, conseguiram penetrar na sua fortificação, arrasando-a. Em consequência, foi imposto tributo às cidades de Thana, Bandorá, Maim e Bombaim.
No ano seguinte (1535) uma feitoria portuguesa foi instalada em Baçaim, dando-se início à construção da Igreja de Nossa Senhora da Vida. Ainda nesse ano de 1535, as forças do Sultão de Guzerate assaltaram a cidade. Por essa razão, em maio de 1536, por determinação de D. Nuno da Cunha, uma fortificação foi iniciada, em torno da qual a cidade portuguesa floresceu. Com planta atribuída ao milanêsGiovanni Battista Cairati, arquiteto-mor de Portugal no Oriente sob o reinado de Filipe I de Portugal(r. 1580–1598), foi consagrada a São Sebastião, apresentando influências do Renascimento europeu.
Os muros da cidade foram erguidos entre 1552 e 1582, pois nesta última data já se encontrava envolvida por imponente muralha de pedra e cal, reforçada por dez modernos baluartes em forma de orelhão, conforme representado em carta de Pedro Barreto de Resende (1635).
Atualmente, as ruínas da cidade e a própria fortaleza, encontram-se ameaçadas pela exploração das jazidas de gás ao longo da costa, e pela proximidade da metrópole de Bombaim, hoje com uma população de mais de onze milhões de habitantes.
Características
Após o portão de armas abre-se um pequeno pátio de onde as ruinas do antigo forte podem ser contempladas.
No seu interior destacam-se três capelas, onde se reconhece a arquitetura portuguesa do século XVII. A capela mais ao sul encontra-se mais bem conservada, ainda com o seu teto abobadado. Decorado com pedras esculpidas, alguns dos seus arcos ainda revelam a sua antiga riqueza.
↑Boletim da Sociedade de geographia de Lisboa, Volumes 77-78, pág. 347. Sociedade de Geografia de Lisboa (1959)
↑Grande enciclopédia portuguesa e brasileira: ilustrada com cêrca de 15.000 gravuras e 400 estampas a côres, Volume 37, pág. 26. Editorial Enciclopédia (195?)
Bibliografia
Couto, Dejanirah. A fortaleza de Baçaim. In: Oceanos. Fortalezas da Expansão Portuguesa. nº 28, Lisboa, out./nov. 1996, pp. 105–118.
Fernandes, Brás A.. Armas e Inscrições do Forte de Baçaim. Lisboa: Academia Portuguesa de História, 1998. ISBN 972-624-115-4
[♦]^Na legenda lê-se: "Baçaim. esta na terra firme, do Guzarate / em, Altura de 19. e 1/2. do Norte. a fortaleza / foy fundada por. od. gor. Nuno da Cunha. 1539".