No livro best-seller de 2003 O Diabo na Cidade Branca Frank Geyer é descrito como um "homem grande com um rosto agradável e sincero". [2] Sua esposa e filha foram mortas em um incêndio pouco tempo antes que ele começasse a investigar o caso de Holmes. [3]
Filho de Reuben K. Geyer e Camilla Buck, Frank Geyer morreu aos 65 anos de idade devido a complicações decorrentes de doença do coração e centenas de policiais e detetives compareceram ao seu funeral .[4]
O Caso Holmes-Pitezel
Os crimes de H. H. Holmes começaram em Chicago em 1893, quando ele abriu um hotel chamado The World’s Fair Hotel para a Feira Mundial de Chicago. O prédio, construído por Holmes, mais tarde viria a ser conhecido como o “Castelo do Assassinato” por causa da estrutura desenhada por ele para os dois andares superiores, usada para torturar e matar muitas de suas vítimas. Em um artigo de 1937 o jornal Chicago Tribune descreveu o local: "Havia salas que não tinham portas. Havia portas que não davam em lugar algum. A misteriosa mansão era um reflexo da própria mente distorcida de seu idealizador. Naquele lugar ocorreram atos obscuros e misteriosos" [5][6]
Agentes da agência Pinkerton prenderam Holmes pela primeira vez em 1894, em Boston, por fraudes cometidas por ele na Filadélfia. Frank Geyer foi encarregado de investigar o caso e as pistas o levaram ao Meio-Oeste americano e a Toronto, no Canadá, onde ele encontrou os restos mortais de duas das crianças Pitezel. [7] Eram as duas filhas de Benjamin Pitezel, sócio de Holmes em suas atividades criminosas, que ele havia assassinado a fim de fraudar seu seguro de vida. Pitezel, no entanto, estava envolvido apenas em fraude e não tinha conhecimento dos assassinatos.
A investigação inicial estava centrada nas acusações de fraude, mas logo ficou evidente que Holmes havia assassinado Pitezel. Em junho de 1895 Frank Geyer deixou a Filadélfia para refazer os passos de Holmes. Suas descobertas em Toronto levaram a novas investigações no imóvel de Holmes em Chicago, o que selou seu destino. Geyer utilizou informações das cartas dos filhos de Pitezel que nunca foram enviadas e, por uma razão desconhecida, foram guardadas por Holmes. Frank Geyer continuou a sua investigação e encontrou os restos queimados de Howard Pitezel, o terceiro filho, em uma casa que Holmes havia alugado em Irvington, Indianápolis. [8]
Holmes foi considerado culpado de quatro acusações de assassinato em primeiro grau e seis acusações de tentativa de assassinato e executado em maio de 1896 aos 34 anos. O número total de vítimas é estimado em cerca de 200. [9]
Naquele mesmo ano, Frank Geyer publicou o livro que detalha o caso. Ele descreveu a história como "uma dos mais maravilhosas [sic] dos tempos modernos". [3]
↑ abKatherine Ramsland. «H. H. Holmes: Master of Illusion» (em inglês). Crime Library - Criminal Minds & Methods. Consultado em 24 de novembro de 2014. Arquivado do original em 29 de novembro de 2014