Em 1961 concluiu o curso de Ciências Jurídicas e Sociais da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Foi advogado do Banco do Brasil de 1963 a 1977. Até 1988 foi subassessor jurídico regional e chefe da assessoria jurídica regional no Estado de São Paulo. Em 1988, assumiu a consultoria jurídico geral do banco, onde permaneceu até 1993.[3]
Advocacia-Geral
Em 1993 foi convidado pelo presidente Itamar Franco para criar a Advocacia-Geral da União (AGU) e em 6 de julho assume o cargo de Advogado-Geral da União. Até aquele momento, o Governo vinha acumulando débitos judiciais decorrentes de sucessivas derrotas nos tribunais e, aplicando a experiência da iniciativa privada, mudou radicalmente o perfil e a própria estrutura da AGU[4].
Conforme os levantamentos feitos, de 1995 até 1998, a economia gerada pela AGU ao Governo foi em torno de R$ 7,9 bilhões só com ações que eram dadas como perdidas. Mesmo assim, Geraldo Quintão enfrentou críticas, algumas bastante severas. Permaneceu na AGU, mesmo com a eleição de Fernando Henrique Cardoso. Seu papel foi decisivo na batalha jurídica que se travou em torno das privatizações de estatais. Permaneceu no cargo até 24 de janeiro de 2000.[4]
“
Quando advogava para empresas, meus clientes viravam um leão antes de pagar alguma coisa. Por que seria diferente com o Governo? É preciso enterrar de vez o velho conceito segundo o qual a União é como a viúva perdulária, sobretudo quando se trata de dinheiro público. Isto acabou.
”
Ministério da Defesa
Em 24 de janeiro de 2000 sai da Advocacia-Geral da União para assumir o Ministério da Defesa, em substituição ao ministro Élcio Álvares.
Ele assumiu o ministério já com problemas. Integrava a lista de autoridades a serem processadas pelo Ministério Público federal pelo uso indevido de aviões da FAB. No seu período à frente da AGU, levantou vôo 219 vezes em aeronaves chapa-branca, em geral, para São Paulo, onde mora a esposa, Dineuza[5].
O ministério da Defesa, ainda estava em processo inicial (criado em 10 de julho de 1999, tinha pouco mais de 6 meses), com os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica preferindo um militar da reserva. Ele era desconhecido na caserna e tinha pouca intimidade com os ritos dos quartéis. Além disso, era autor do parecer favorável à venda de ações da Embraer a um consórcio francês, o que desagradava a Aeronáutica[5].
“
Quintão é uma indicação minha e vai fazer no ministério da Defesa apenas o que eu quiser."
”
Admitido à Ordem do Mérito Militar em 1994 no grau de Grande-Oficial especial por Itamar Franco, Quintão foi promovido em março de 2000 por FHC ao último grau da ordem, a Grã-Cruz.[6][1]
↑ abVeja Online; Alexandre Secco (26 de janeiro de 2000). «Militares para quê?». Consultado em 2 de junho de 2008A referência emprega parâmetros obsoletos |coautores= (ajuda)
↑ abcdAcademia Brasileira de Ciências; Ordem Nacional do Mérito Científico. «Geraldo Magela da Cruz Quintão». Consultado em 2 de junho de 2008A referência emprega parâmetros obsoletos |coautores= (ajuda)
↑ abcRevista Consultor Jurídico; Bartolomeu Rodrigues e Míriam Moura (8 de outubro de 1998). «A viúva não é mais a mesma». Consultado em 2 de junho de 2008A referência emprega parâmetros obsoletos |coautores= (ajuda)
↑ abÉpoca Online; Leandro Fortes. «Élcio falou demais». Consultado em 2 de junho de 2008A referência emprega parâmetros obsoletos |coautores= (ajuda)