Globo Rural é um telejornal rural matutino brasileiro, produzido pela TV Globo e exibido nas manhãs de domingo. Retrata o universo do campo, apresentando notícias que interessam ao agricultor, como notícias do agronegócio, eventos sobre agropecuária, receitas e dicas de tratamento de espécies animais e vegetais. Estreou em 6 de janeiro de 1980 sob o comando de Carlos Nascimento. Atualmente é apresentado por um esquema de rodízio de duplas entre: Nélson Araújo, Helen Martins, Camila Marconato e Cristina Vieira.
O programa teve uma edição diária, que estreou no dia 9 de outubro de 2000, às 06h30, com apresentação de Rosana Jatobá.[1] Em abril de 2003, a jornalista Priscila Brandão assumiu a apresentação diária, durante um período de licença da mesma, Kelly Varraschim assumiu a função em julho de 2007. Já de 2009 a 2014 o Globo Rural diário foi apresentado por Ana Paula Campos e, durante a licença-maternidade e as férias desta, por Cristina Vieira.
História
A primeira década
A concepção do programa começou em 1979, quando o jornal era chamado pelo apelido jocoso de "Mandioca News" nos bastidores da Globo[2]. A estreia foi em 6 de janeiro de 1980 com a apresentação de Carlos Nascimento e Silvia Poppovic na seção de cartas em que os expectadores enviavam dúvidas sobre plantio e pecuária, trazendo profissionais da área para saná-las. Foi o primeiro telejornal sobre agronegócio e vida no campo no Brasil.
Durante sua fase inicial, nem sequer dispunha de estúdio próprio: as edições eram gravadas na madrugada de sexta-feira para sábado, quando vagava o espaço disponível na emissora de São Paulo.
Todo branco, sem o logotipo do programa, o primeiro cenário do Globo Rural era simples, composto de poucos elementos cenográficos: apenas uma pequena bancada e uma mesa, ambas feitas de plástico transparente imitando vidro. Pequenos detalhes da decoração – como dois cinzeiros em cima da mesa e paletós pendurados no encosto das cadeiras – evocavam o ambiente de uma redação de jornal.
Em 3 de agosto de 1980, a duração do programa foi estendida de 30 para 60 minutos. Atualmente tem duração de 45 minutos, desconsiderando os comerciais[3][4]. A primeira matéria internacional foi sobre um cultivo de maçãs na Argentina[5].
Em 1982, o Globo Rural passou a ser apresentado por Wellington de Oliveira, Sérgio Roberto Ribeiro e Olga Vasone na seção de cartas[6].
No início de 1982, o programa também ganhou novo cenário, com uma bancada única feita de madeira e com plantas como parte da decoração. Em novembro de 1983, a edição número 200 do Globo Rural inaugurou um novo cenário criado pelo cenógrafo Jean Philippe Therene. Fotografias relacionadas com a vida agrícola, com plantações e trabalhadores rurais, decoravam as paredes do fundo. A bancada dos apresentadores e outras peças da cenografia foram construídas com madeiras de cedro, ipê e pinheiro.
Com o sucesso do programa, foi criada em 1985 a revista Globo Rural.
Em 1988, William Bonner esteve na bancada do Globo Rural por alguns meses. Ele apresentava o 'SPTV' e gravava o Globo Rural às sextas-feiras à noite. Saiu em junho do mesmo ano para trabalhar no Jornal Hoje.
A segunda década
Em 1990, a equipe e a redação do Globo Rural ganhou o reforço do jornalista Nélson Araújo que acumulou as funções de produtor, repórter, editor e apresentador. Em 1995, a repórter Helen Martins se juntou ao time, inicialmente na apresentação e editoria da seção de cartas e o repórter Vico Iasi, que trabalhava no CBN Campo – um programa de rádio sobre agronegócios fruto de uma parceria do Globo Rural e a rádio CBN Campinas – passou a fazer reportagens para o telejornal.
No ano seguinte a atração passou por reformulações e Helen e Nelson passaram a apresentar o programa por completo, inclusive a seção de cartas. Em 6 de junho de 1999, o programa chegou a sua milésima edição.
A terceira década
A partir de 2000, o Globo Rural estreou cenário novo, aludindo aos quatro elementos da natureza: ar, terra, água e fogo. A parede do fundo foi decorada com painéis com fotos de plantações, fogueiras e rios. A antiga bancada de madeira deu lugar à outra, feita com aço e vidro. À esquerda dos apresentadores, um monitor de vídeo prateado é usado no quadro de meteorologia. O cenário é assinado pelo diretor da editoria de Arte da Central Globo de Jornalismo Alexandre Arrabal, o ilustrador-chefe Andrei Jiro e o arquiteto ilustrador Fábio Figueiredo.
A quarta década
Em 25 de abril de 2010, a atração ganhou novos cenários que visavam atrair, cada vez mais, o telespectador ao programa. Cada cor do novo cenário simboliza os quatro elementos da natureza: o marrom e o verde simbolizam a terra; o azul do céu simboliza o ar; o amarelo e o avermelhado do horizonte simbolizam o fogo; e a água é representada pelo azul presente na bancada do telejornal.
Em 2 de dezembro de 2013, o Globo Rural passou a ser exibido em alta definição, bem como todos os telejornais e programas jornalísticos da emissora.
Em 27 de abril de 2014, o Globo Rural ganhou um novo cenário com muitas novidades como um telão touch screen de 65 polegadas para a exibição de informações sobre eventos agropecuários, cotações de produtos agrícolas, fotos e vídeos enviados pelo público e previsão do tempo e que integra o novo espaço dos apresentadores Nelson Araújo e Helen Martins (edição de domingo) e de Ana Paula Campos (edição de segunda a sexta), trazendo uma releitura dos 34 anos de história do programa.
Em 8 de outubro de 2014 foi anunciado o fim da edição diária do jornalístico, com base na reformulação da grade matinal da Rede Globo, visando a criação do telejornal Hora Um da Notícia e a expansão da duração dos telejornais matutinos locais e do Bom Dia Brasil.[7][8][9] A última edição diária do programa foi ao ar no dia 28 de novembro de 2014.
Em 02 de dezembro de 2018, o programa ganha nova vinheta, trilha, pacotes gráficos e cenário.
Atualmente há flashes do programa nos intervalos comerciais da Globo nas parabólicas, para preencher o espaço destinado às afiliadas da emissora fazerem comerciais. No geral, os boletins são apresentados por Cristina Vieira e por Vico Iasi. [carece de fontes]
Globo Rural diário
Período: 9 de outubro de 2000 - 28 de novembro de 2014 (edição diária)
A partir do dia 9 de outubro de 2000, após as aulas do Telecurso 2000, o Globo Rural ganhou uma edição diária apresentada pela jornalista Rosana Jatobá, com a previsão do tempo de Lúcio Sturm. Com 15 minutos de duração, o programa foi ao ar de segunda a sexta-feira, às 6h30 da manhã (até 4 de Janeiro de 2002 a partir do dia 7 de janeiro de 2002 a partir das 6h15 da manhã), informando em tempo real sobre as cotações diárias do mercado, o andamento das safras e a agenda de feiras agropecuárias, seminários, congressos, exposições de gado e a cobertura meteorológica.
Além da equipe de São Paulo, o programa passou a contar com outros profissionais comandados por Ana Paula Couto, em Brasília, além das centrais de jornalismo das 127 emissoras ligadas à Globo, entre geradoras e afiliadas. Outra novidade da edição diária foi a participação, ao vivo, da equipe de reportagem até então inédito no programa.
Entre 2003 e 2009, a jornalista Priscila Brandão apresentou a edição diária do Globo Rural e durante um período de licença da mesma, Kelly Varraschim assumiu a função em julho de 2007. Em março de 2009, a jornalista deixou a bancada para atuar como repórter especial do telejornal, sendo substituída por Ana Paula Campos e, durante a licença-maternidade e as férias desta, por Cristina Vieira. No final de 2012, Cristina Vieira passou a apresentar o Globo Rural, durante a licença-maternidade de Ana Paula Campos. O Globo Rural diário ficou no ar até 28 de novembro de 2014. Até esta data a faixa horária do telejornal era ocupada pelas aulas do Telecurso, exibidas pela TV Globo havia 36 anos e pela edição diária do Globo Rural, que estreara em 09 de outubro de 2000. Com o anúncio do Hora Um da Notícia, foi informado que o Telecurso passaria para as plataformas de internet — mantendo a exibição matinal na TV Cultura, Futura, TV Brasil, TV Aparecida e Rede Vida— e o Globo Rural voltou à edição semanal, feita somente aos domingos. Com a estreia do jornalístico, os telejornais locais ganharam meia hora a mais de duração. Para sua implantação e realização, o Hora Um contou com a equipe de produção do antigo Globo Rural diário.
Com a estreia do Globo Rural diário, em 2000, o programa ganhou um novo quadro de meteorologia, apresentado por Lúcio Sturm, que utilizava imagens dos satélites Góes e Noaa, que permitiam apresentar um mapa com o volume e a distribuição das chuvas em todo o território brasileiro. O mapa das chuvas era apresentado no segundo bloco do programa. Para os blocos seguintes, ficavam reservados os quadros Previsão para Hoje e Previsão para Amanhã, com projeções dos meteorologistas para o dia seguinte e para os próximos cinco e dez dias. Os comentários sobre o tempo foram acompanhados de dicas e sugestões para o produtor rural, como “no Mato Grosso, Goiás e Tocantins, o sol forte e a chuva no fim da tarde deixam o solo perfeito para a germinação da soja” ou “os produtores de arroz do Rio Grande do Sul devem paralisar as atividades do campo nos próximos dias em consequência do sol apenas no leste do Paraná. Chove nas outras áreas”. Lúcio Sturm declarou, na época, que o índice de acerto da meteorologia nas regiões Norte e Nordeste chegava a 90%. Nas demais regiões, beirava os 85%.
Profissionais que passaram pelo programa
Entre os profissionais que passaram pelo programa, estão Celso Ming, Joelmir Beting e Lilian Witte Fibe – comentaristas de economia – e Adriano Cação, Roberto Caiado, Fernando Guzzardi e Rodolpho Sky, que eram editores de imagem. Diversos repórteres da TV Globo, como José Roberto Burnier, também tiveram passagens no Globo Rural.
Atualmente, Camila Marconato, Cristina Vieira e Eliana Rabelo são editoras, ficando encarregadas, respectivamente, de reportagens especiais, das cartas dos telespectadores e da seção de atualidades. Os jornalistas Maurino Marques, Pedro Málaga e Thomaz Kravezuk são os responsáveis pela produção. O assistente de produção é Samuel Reis.
O Programa
O programa é exibido aos domingos, às 08h30, com 60 minutos de duração. O programa recebe cartas de seus telespectadores, que pedem informações sobre o campo, formas de plantação, formas de alimentação etc. O principal repórter do programa é José Hamilton Ribeiro.
Programas especiais
Em seus programas centenários, o Globo Rural é dedicado a um único tema, usualmente sobre importantes plantas para a cultura brasileira.
# Programa
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Descrição
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Data de exibição
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Vídeo
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1.800
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Batata
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8 de fevereiro de 2015
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link
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1.900
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Ipê
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22 de janeiro de 2017
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link
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2.000
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Babaçu
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13 de janeiro de 2019
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link
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Apresentadores
Eventual
- Ana Paula Campos (2014-2017 e desde 2020)
Ex-apresentador
Audiência e repercussão
O programa é líder de audiência no Painel Nacional da Televisão (PNT) do Ibope, com 9 pontos de média e 43% de participação em abril de 2010; o programa é mais assistido por pessoas de faixa etária entre 25 e 49 anos (44%), por mulheres acima de 18 anos (46%), e a maioria de seu público nacional pertence à classe C (50%) contra 20% das classes D e E, e 30% das classes A e B.[10]
Em sua edição diária o programa brigava décimo a décimo com o Jornal do SBT Manhã e o Notícias da Manhã. Geralmente era líder de audiência no PNT, com 5 pontos de média e 44% de participação em abril de 2010; o programa é mais assistido por pessoas de faixa etária entre 25 e 49 anos (45%), por mulheres acima de 18 anos (44%), e a maioria de seu público nacional pertence à classe C (50%) contra 24% das classes D e E, e 26% das classes A e B.[11]
Prêmios
- Prêmio ExxonMobil de Jornalismo (Esso)
- Esso de Informação Científica, Tecnológica e Ecológica
- 1999, concedido a Cláudio Cerri, pela obra "RASTROS INDOMÁVEIS"[12]
Ver também
Referências
Ligações externas
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