É conhecido por sua aparência semelhante a um dinossauro, coberto com placas peculiares nas costas, capaz de disparar uma forma de fogo ou raio atômico pela boca e também por ser quase indestrutível. Godzilla foi concebido inicialmente como uma metáfora para armas nucleares.[10] Em sua primeira aparição em Gojira (1954), Godzilla é uma força destrutiva que ataca o Japão, mas no decorrer da série o grande monstro se desenvolveu como um personagem com características ora de um vilão, ora de um herói, frequentemente salvando Tóquio, e posteriormente outrascidades, de invasões de outros daikaijū e de alienígenas, embora no processo ele destrua grande parte dessas cidades.
Até o momento, a Toho produziu 32 filmes sobre Godzilla, sendo o mais recente Godzilla vs Kong: The New Empire de 2024, e os filmes animados, como o animeGodzilla: Planet of the Monsters. Em quase todos os filmes era interpretado por um ator fantasiado (suitmation), mas nos mais recentes passou a ser retratado por CGI. Quatro de seus filmes japoneses receberam versões americanas bastante modificadas em relação às originais, contendo cenas inéditas gravados pelos americanos além de outras alterações. Em 1998, a TriStar Pictures produziu uma versão americana situada na cidade de Nova Iorque, com o monstro redesenhado, porém esta versão não agradou a própria Toho que mais tarde a apelidou de Zilla. Em 2014, numa co-produção da Legendary Pictures e da Warner Bros. Pictures, ganhou uma nova versão americana, distribuída pela Warner Bros. Pictures em todo o mundo menos no Japão, onde foi distribuída pela própria Toho. Esta versão se provou um sucesso e garantiu a criação da franquia de universo compartilhadoMonsterVerse. No decorrer dos anos, Godzilla também inspirou muitos outros tokusatsus que fazem sucesso no Japão e no mundo.
Para muitas pessoas em todo o mundo, Godzilla é um aspecto característico da cultura popular japonesa. Ele ainda é um dos monstros mais reconhecidos no mundo, apesar da sua popularidade ter enfraquecido ao longo dos anos. Godzilla remanesce como uma importante faceta dos filmes japoneses, incorporando o "kaijū", ou monstro gigante, no gênero tokusatsu, ou filme de efeitos especiais — gênero que provavelmente inaugurou com seus primeiros longa-metragens.
Nos filmes japoneses, Godzilla é retratado como algum tipo de dinossauro gigante com escamas cinzas e ásperas, um poderoso rabo e várias placas ósseas dorsais. Sua origem varia de um filme para o outro, mas é quase sempre descrito como uma criatura pré-histórica e seus primeiros ataques ao Japão têm ligações com o início da Era Atômica. Em particular, a mutação causada por radiação atômica — a fúria liberada pelo homem dividindo os átomos — é apresentada como uma explicação para seu grande tamanho e poderes estranhos. A aparência de Godzilla foi inspirada em várias espécies de répteis e dinossauros. Especificamente, apesar de seu porte ereto, tem o corpo de um tiranossauro, os longos braços de um iguanodonte, as placas ósseas dorsais de um estegossauro e a cauda de um crocodiliano.
Godzilla chegou aos EUA pela primeira vez em 1956 no filme "Godzilla, o Rei dos Monstros", uma americanização do original "Gojira" no qual novo roteiro e novas cenas, estreladas pelo ator canadense Raymond Burr como o repórter americano Steve Martin, foram acrescentados, criando-se um antecedente que seria feito anos mais tarde com duas produções da Saban Entertainment: "Power Rangers" e "Masked Rider".
Visão geral
Nome
Gojira (ゴジラ,Gojira?) é um amálgama das palavras japonesas "gorila" (ゴリラ,gorira?), e "baleia" (鯨(クジラ),kujira?), que é adequado porque no estágio de planejamento, Godzilla foi descrito como "um cruzamento entre um gorila e uma baleia"[14] em alusão a seu tamanho, força e origem aquática.O nome de Godzilla foi escrito em ateji como Gojira (呉 爾羅), onde os kanji são usados para valor fonético e não para significado. [ citação necessário ], Na forma inglesa a palavra god significa "deus" e o restante são abreviação da palavra inglesa Gorilla "gorila" formando a palavra Godzilla.
Técnica de suitmation
Todos os filmes do Godzilla até 2004, com exceção da versão americana de 1998 feita em CGI, foram gravados usando a tradicional técnica suitmation (atores usando roupas de monstros). As roupas são feitos de látex retardante de incêndio, o que evita queimaduras em seus usuários. Os dentes são feitos de madeira e resina. O ator pode ver através de pequenos orifícios no pescoço da roupa; na ficção, esses orifícios foram explicados como guelras pelas quais Godzilla respira embaixo d'água. Cabos e baterias são instalados nas roupas para a movimentação do rosto e fios de náilon são usados por manipuladores assistentes para mover o rabo. Outras técnicas também já foram utilizadas para representar os monstros, como bonecos de stop-motion, marionetes, animatrônicos e por fim CGI com captura de movimento, a mais comum nos filmes recentes.
Rugido
Os rugidos de Godzilla, sua marca registrada, foram feitos por Akira Ifukube tocando um contrabaixo com um objeto de borracha.
Godzilla fez um estrondoso sucesso no mundo inteiro, sendo muito homenageado e parodiado em vários filmes, séries, livros, desenhos animados e videogames.
Quadrinhos
Godzilla teve diversas passagens pelas histórias em quadrinhos, sendo a primeira de destaque a série produzida Marvel Comics, de autoria de Doug Moench, publicada entre 1977 e 1979 e que faz parte do Universo Marvel, a continuidade principal da editora Marvel. Nesta série, Godzilla batalha contra ícones do universo Marvel como o Quarteto Fantástico e os Vingadores. Durante os anos de 1990, a licença foi comprada pela Dark Horse Comics que publicou novas histórias na época, e mais recentemente o monstro passou pela IDW Publishing, que também lançou novas histórias.
Homenagens e referências
Godzilla, Mothra, Rodan e King Ghidorah aparecem em fotos de pinturas rupestres na cena pós-créditos do filme "Kong: Ilha da Caveira", e nesse momento também ouvimos o rugido do Godzilla. Isso acontece porque "Kong: Ilha da Caveira" se passa no mesmo universo do filme de 2014 e suas sequências.
Godzilla: Minus One, de 2023, não ocorre no mesmo Universo que os filmes do MonsterVerse, sendo uma produção japonesa semelhante aos primórdios da criatura, surgida em 1954.
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