Gusev é uma gigantesca cratera de Marte, que tem cerca de 170 quilômetros de diâmetro e que se acredita tenha sido formada há cerca de 3 a 4 bilhões de anos. Esta cratera é de interesse, pois é nela em que um dos veículos exploradores geológico de Marte, o Spirit, pousou. O pouso foi em 3 de janeiro de 2004. A cratera está situada no hemisfério meridional de Marte nas coordenadas 14,6° latitude sul e 175,3° longitude leste[1][2].
Imagens obtidas de sondas espaciais, indicam que a Cratera de Gusev tenha sido no passado, o leito de um grande lago e que era alimentado por um rio, que interligava esta cratera a um suposto mar, que estava situado mais ao sul a cerca de a uns 700 km de distancia. Desta forma, nela se espera que sejam encontrados indícios de existência de água, no distante passado de Marte[4][5].
Porém depósitos vulcânicos sobre esta área cobriram qualquer evidência do antigo lago e os cientistas esperam que algum evento, como o impacto de um meteorito ou mesmo da movimentação do solo devido a alguma força geológica, tenho movido as rochas do fundo para que o Spirit possa analisa-las[5][4].
O profundo vale que interliga esta cratera aos supostos mares do sul se denomina Ma'adim Vallis. É um dos mais sinuosos e profundos vales de Marte.
Imagem da região obtida por satélites, indicam que a água corria para o norte, saindo dos mares do sul, dirigindo-se para a Cratera de Gusev[6][7][8].
Certas formações do terreno na boca de Ma'adim Vallis, situados na entrada da cratera Gusev, assemelham-se aos deltas de rios terrestres. Estas formações na Terra levam centenas de milhares de anos a serem formadas, sugerindo que a água corria em Marte por longos períodos de tempo[9].
O veículo Spirit especificamente achou duas rochas que demonstram terem sofrida a ação da água, Pote de Ouro e Clovis porém observando as inúmeras fotos tiradas pelo veículo, de uma maneira geral, visualmente esta região não demonstra claramente ter sofrido a ação da água[4][10].
Uma outra dificuldade encontrada pelo veículo Spirit é a camada de sedimentos que cobre a região, ocultando os afloramentos rochosos, que são as rochas que devam conter mais claramente, indícios da ação da água[10].
Referências
↑«Planetary Names». planetarynames.wr.usgs.gov. Consultado em 14 de dezembro de 2023