Edifício classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1967,[3][2] encontra-se aberto ao público para visita, de Terça-feira a Domingo, das 09:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30, sendo necessário solicitar a chave.[1]
As obras da actual igreja iniciaram-se em 1560, por ordem do Cardeal D. Henrique, só tendo sido concluídas no século XVII. Francisco Xavier do Rego, em 1730, descreve a igreja como um priorado da Ordem de Avis.[2]
Possivelmente, terá sido projectada pelo arquitectoMiguel de Arruda, tendo muitas semelhanças com as igrejas de Santo Antão (1557), em Évora, de São Salvador de Veiros (1559), no concelho de Estremoz, e de Nossa Senhora da Lagoa (1563), de Monsaraz. Também existe a hipótese do seu arquitecto ter sido Afonso Álvares, arquitecto do Cardeal D. Henrique. Pero Gomes foi o Mestre de Obras.[7]
A planta da igreja "(...) consiste num rectângulo dourado, com o comprimento igual à diagonal do quadrado sobre a largura (...)".[8] É uma obra prima de geometria e simbologia geométrica; a largura de cada tramo é igual à terça parte da largura da igreja e o comprimento das sacristias é exactamente um quarto do comprimento dos tramos, obedecendo a uma rigorosa aplicação da relação dourada da maçonaria operativa ao desenho da estrutura.[1]
A fachada é sóbria, com a parede caiada de branco e três portas, sendo mais alta a central, com colunas de ordem jónica, arquitrave e frontão triangular. Dentro do recinto destacam as colunas de mármore, pelo seu tamanho e diâmetro. De referir a existência de diversas capelas; a Capela Baptismal, de estilo renascentista, o altar das Almas, de 1788, o altar de Santa Catarina de Alexandria, o altar do Santíssimo, a Capela-mor, com retábulo de 1620, os altares de São João Baptista, renascentista, o altar de São Bento, que veio da igreja anterior, o antigo altar do Corpo de Deus, agora altar dedicado a Nossa Senhora de Fátima, o altar de Nossa Senhora das Brotas e o altar dedicado às Onze Mil Virgens, com uma pintura de uma caravela portuguesa.[9][10]
Rego, Francisco Xavier do, Descrição Geográfica Cronológica, Histórica e Crítica da Vila e Real Ordem de Avis, in Cadernos de Divulgação Cultural, ano I, n.º 1, Avis, Câmara Municipal de Avis, Novembro 1985 [1.ª ed. de 1730]
↑ abcSite do SIPA - Sistema de Informação para o Património Arquitectónico (Forte de Sacavém). «Igreja de Santa Maria». Consultado em 6 de março de 2011