As línguas indígenas da América (ou línguas ameríndias) são as línguas faladas pelos povos indígenas americanos. Apesar de semelhanças características de idiomas provenientes de regiões geograficamente próximas, que possibilitaram a influência entre falantes, estas línguas possuem estruturas variadas e compõem troncos distintos. Conforme estas semelhanças e relações genéticas, são agrupadas em famílias linguísticas que são revisadas constantemente por linguistas. Há línguas que não puderam ser agrupadas em grandes famílias linguísticas são consideradas línguas isoladas, quando não parecem estar associadas a outros idiomas conhecidos, ou permanecem sem classificação, quando não é possível identificar nem mesmo isto.
De acordo com a UNESCO, a maioria das línguas das Américas está sob perigo de extinção, e muitas, que até relativamente recentemente estavam não o haviam sido, já foram de fato extintas.[1] A língua indígena mais amplamente falada no continente americano é uma variação dialetal do quíchua, contando com entre 6 e 7 milhões de falantes.
No Brasil, uma estimativa citada da quantidade de línguas ameríndias faladas as limita a menos de 180.[2] No entanto, mesmo este número nao é consensual entre pesquisadores da área, devido, entre outras questões, às dificuldades intrínsecas a diferenciação entre línguas e dialetos. Além da subjetividade e da política envolvidas na configuração do status das linguas, há falta de informações e dados sobre estas línguas e seus falantes, o que dificulta e até impossibilita a tarefa de contabilização destas.
↑Gordon, Raymond G., Jr. (Ed.). 2005. Ethnologue: Languages of the World (15th ed.). Dallas, Texas: SIL International. ISBN1-55671-159-X. (Online version: http://www.ethnologue.com)
Loukotka, Čestmír. 1968. Classification of South American Indian languages. Los Angeles: UCLA Latin American Center. (453 páginas, extensa bibliografia, índice etnolingüístico, 1 mapa desdobrável em cores (escala 1 : 8.500.000) e 1 índice etnolinguístico do mapa) (em inglês)