Em 1698, Zanzibar deu entrada nas participações no exterior de Omã, estando assim sob o controle do Sultão de Omã.[2] Em 1832 (algumas fontes tendem a afirmam que foi em 1840), Saíde ibne Sultão moveu-se da capital de Omã, Mascate, para a Cidade de Pedra de Zanzibar.[3] Assim, ele estabeleceu uma elite árabe governamental e incentivou o desenvolvimento de plantações de cravo, utilizando como mão de obra os escravos daquela ilha.[4] O comércio de Zanzibar foi cada vez mais caindo nas mãos de comerciantes do subcontinente indiano, a quem Said os encorajava para permanecerem na ilha. Depois da sua morte, em 1856, dois de seus filhos, Majide ibne Saíde e Tuaini ibne Saíde, entraram em discussão pela ordem de sucessão, fazendo com que Omã e Zanzibar se dividissem em dois principados: Tuaini se tornou Sultão de Omã, enquanto Majide foi o primeiro Sultão de Zanzibar.[5] Durante seu reinado de 14 anos como Sultão, Majide consolidou seu poder em torno do comércio de escravos no Leste Africano. Seu sucessor, Bargaxe ibne Saíde, aboliu a escravidão em Zanzibar e impulsionou em grande parte o desenvolvimento da infraestrutura do país.[6] O terceiro Sultão, Califa ibne Saíde, se consagrou ao abolir completamente a escravidão.[7]
Em dezembro de 1963, foi concedida a independência de Zanzibar ao Reino Unido e deu-se início a uma monarquia constitucional no país em superioridade ao Sultão.[8] Quem ocupava o cargo naquele momento era Janxide ibne Abedalá, e que acabou sendo derrubado um mês depois durante a Revolução de Zanzibar.[9] Janxide então foi exilado, e o Sultanato foi substituído por uma República, sendo que em 1964, se uniu com a Tanganica para formar a República de Tanganica e Zanzibar, a qual posteriormente se chamaria Tanzânia.[3]
Principal responsável pelo desenvolvimento da infraestrutura em Zanzibar (especialmente na Cidade da Pedra), com a construção de canos de água potável, cabos telegráficos, edifícios, estradas, etc. Também ajudou a abolir a escravidão em uma parte de Zanzibar após assinar um acordo com a Grã-Bretanha em 1870, fechando o mercado de escravos em Mkunazini.[6]
Em 10 de dezembro de 1963, Zanzibar recebeu sua independência da Grã-Bretanha e o reinado de Janxide se tornou uma monarquia constitucional.[8]
Notas
A Majide ibne Saíde, o filho mais novo de Saíde ibne Sultão, se tornou sultão de Omã após a morte de seu pai em 19 de outubro de 1856. No entanto, seu irmão mais velho Tuaini ibne Saíde, contestou sua ascensão ao poder. Após várias discussões entre ambos, foi decidido que Zanzibar e Omã se dividiriam em dois principados diferentes, e que Majide seria o Sultão de Zanzibar enquanto Tuaini governaria Omã.[17]
B Desde 1886, o Reino Unido e a Alemanha conspiravam para poder obter partes do Sultanato de Zanzibar para seus próprios impérios.[11] Em outubro de 1886, uma comissão de fronteira germano-britânica estabilizaram por 19 quilômetros de territórios no Leste Africano e a partir de então a maioria dos territórios desta área foi perdido para os dois impérios.[11]
CHamude ibne Maomé, o genro de Majide ibne Saíde, era supostamente escolhido para se tornar o Sultão de Zanzibar após a morte de Hamade ibne Tuaini. No entanto, Calide ibne Bargaxe, filho de Bargaxe ibne Saíde, invadiu o palácio do Sultanato e se auto-declarou como o governante de Zanzibar. O Reino Unido, que apoiava Hamude, respondeu em 26 de agosto com uma carta para Calide sair do recinto em no máximo uma hora. Após a resposta ser uma negação, a Marinha Real Britânica começou a atirar no palácio e em outras localidades de Cidade de Pedra. Calide montou um exército de 2800 homens e os distribuiu por toda a cidade. Trinta e oito minutos após, Calide recuou para a Alemanha, em um conflito que ficou conhecida como Guerra Anglo-Zanzibari, a mais curta na história do mundo. Calide mais tarde foi enviado para um asilo em Dar es Salã até ser capturado pelo Reino Unido em 1916.[18][19]
D Após participar da coração do rei Jorge V, Ali decidiu abdicar o trono para poder viver na Europa.[6][14]
E Abedalá ibne Califa morreu no cargo devido à complicação de diabetes.[6]
F Janxide ibne Abedalá foi derrubado em 12 de janeiro de 1964 durante a Revolução de Zanzibar.[20] Janxide então fugiu para a Grã-Bretanha juntou com seus familiares e ministros.[21]
Referências
↑«Zanzibar (Sultanato)». Henry Soszynski. 5 de março de 2012. Consultado em 30 de setembro de 2012
Ayany, Samuel G. (1970), A História de Zanzibar: Um Estudo em Desenvolvimento Constitucional, 1934–1964, Nairobi: East African Literature Bureau, OCLC201465.