A identificação dos povos indígenas amazônicos que utilizam ayahuasca não é uma tarefa simples. Há variantes linguísticas e étnicas em uma mesma região ou mesma etnia, às vezes, dispersa entre várias regiões e países do entorno da Amazônia. Além isso, com o nome de 'ayahuasca' podem ser denominadas diferentes composições de bebida e modos de preparar, como a própria literatura já assinala.
Essa é uma relação ainda provisória construída a partir da proposição do Handbook of South American Indians editado por Julian H. Steward[1] traduzido seletivamente e publicado no Brasil por Ribeiro [2]. O capítulo sobre estimulantes e narcóticos escrito por John M. Cooper apresentado neste livro refere-se a listas elaboradas por Spruce, 1908; Reiburg 1921 [3]; Tessmann, 1930 [4] e Pardal, 1937.
Utilizou-se ainda as referências de Taussig, 1993 [5] e Bolsanello, 1995 [6] e o trabalho de Pedro Luz,[7] que realizou estudo comparativo dos complexos ritual e simbólico associados ao preparo e consumo do Banisteriopsis caapi e de suas plantas aditivas em tribos de língua Pano, Aruak, Tukano e Maku. Mais recentemente (2022) vem sendo incorporadas à esta relação as etnias identificadas por Daiara Tukano inclusive com pesquisa oral em conversas com parentes indígenas em cerimônias, encontros de xamãs e encontros do movimento indígena no Brasil. [8]
Uma sinonímia e classificação dos grupos por família linguística e área cultural deve ser realizada, nas ligações internas para as referidas etnias. Essa é uma pretensão desta proposição da Wikipédia inclusive incorporando a lista apresentada pelo site Ayahuasca.com [9]
↑ Steward Julian H. (Ed.) Handbook of South American Indians. Vol 5 The comparative ethnology of South American Indians. Bureau of American Ethnology. Bulletin 143, Washington, DC, 1949
↑ Ribeiro, Darcy (Editor) et alii Suma etnológica brasileira. Edição atualizada do Handbook of South American Indians. Petrópolis, RJ, Vozes – FINEP, 1986
↑Reinburg, P. "Contribution a l'étude des boissons toxiques des indiens du nordouest de l'Amazonie, l'ayahuasca -le yaje - le huanto." Journal de la Societé des Americanistes de Paris (n.s.) 13:25-54; 197-216. Paris. 1921
↑Tessmann, Giinter. Die Indianer Nordost-Perus. Hamburg: Friederichsen, de Gruyter and Co. 1930
↑Taussig, Michael. Xamanismo, colonialismo e o homem selvagem, um estudo sobre o terror e a cura. RJ, Paz e Terra, 1993
↑ Bolsanello, Débora Pereira. Busca do Graal brasileiro, a doutrina do Santo Daime. Bertrand do Brasil, 1995
↑ Tukano, Daiara A Medicine Heritage of 160 Indigenous Peoples: The Origins of Ayahuasca Before Globalization April Chacruna Institute 6, 2022 Acesso em 15/04/2022