Macaco-prego-preto[3] (Sapajus nigritus), popularmente conhecido simplesmente por macaco-prego ou mico-preto, é uma espécie de macaco-prego, um macaco do Novo Mundo do gênero Sapajus, e família Cebidae. Já foi considerado como subespécie de Sapajus apella e do gênero Cebus, sendo considerado espécie propriamente dita e em um gênero a parte.[1][4]
A classificação de Groves (2001) considerou a existência de três subespécies (como gênero Cebus):[5]
Os machos têm entre 42 e 56 cm de comprimento, e as fêmeas entre 42 e 48 cm, com a cauda medindo até 56 cm.[7] O peso varia entre 2,6 e 4,8 kg. Possui tufos muito proeminentes, e a pelagem é de um marrom ou cinza escuro, com as partes ventrais tendendo a ser mais avermelhadas. As populações mais ao sul são pretos, e podem representar um grupo taxonômico distinto das populações mais ao norte.[7]
Se alimenta desde alimentos de origem animal, até frutos e folhas. A dieta muda de acordo com o ambiente que ocorre e a estação do ano. No forrageio, foi observado a quebra de cocos de Syagrus romanzoffiana com pedras para obtenção de larvas de besouro, o que demonstra capacidade de uso de ferramentas espontaneamente, em liberdade.[8] Vivem em grupos de 8 a 35 indivíduos, em áreas de 81 a 293 hectares, e os territórios de grupos diferentes podem se sobrepor.[7] Nesses grupos existem hierarquias, tanto entre os machos, quanto entre as fêmeas.[7] Geralmente, existem 1 ou 2 machos adultos. Se reproduzem durante o ano todo, mas os nascimentos se concentram nas épocas mais chuvos do ano em regiões que há sazonalidade. A gestação dura entre 149 e 158 dias, e dão à luz a um filhote por vez, em intervalos que podem variar de 19 a 35 meses por fêmea.[7] A maturidade sexual das fêmeas é alcançada com cerca e 4 anos de idade.
↑ abcLynch Alfaro, J.; Silva Jr, J. S.; Rylands, A. B. (2012). «How Different Are Robust and Gracile Capuchin Monkeys? An Argument for the Use of Sapajus and Cebus». American Journal of Primatology. 74 (4): 273-286. doi:10.1002/ajp.22007 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
↑Fragaszy, D.M.; Visalberghi, E. (2004). «Taxonomy, distribution and conservation: where and what are they and how did they get there?». The Complete Capuchin: The Biology of the Genus Cebus. Cambridge: Cambridge University Press. pp. 13–36. ISBN9780521667685 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
↑ abcdefghAnthony B. Rylands, Russell A. Mittermeier, Bruna M. Bezerra, Fernanda P. Paim & Helder L. Queiroz (2013). «Family Cebidae (Squirrel Monkeys and Capuchins)». In: Mittermeier, R.; Rylands, A.B.; Wilson, D. E. Handbook of the Mammals of the World - Volume 3. [S.l.]: Lynx. 952 páginas. ISBN978-84-96553-89-7 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)