Maria Ana Cristina Vitória da Baviera foi uma princesa bávara por nascimento e Delfina da França por seu casamento com o Grande Delfim Luís da França, filho de Luís XIV, o Rei Sol. Era conhecida como a "Grande Delfina".[1]
Aos nove anos, Maria Ana Vitória teve seu casamento arranjado, acordado no tratado secreto da aliança bávara-francesa a 17 de fevereiro de 1670, com o filho e herdeiro do Luís XIV da França, o Grande Delfim Luís, que era um ano mais novo. Acima de tudo, sua mãe, neta de um rei francês, esperava que o projeto de casamento aumentasse o status dinástico de seus descendentes.[3] Em 16 de janeiro de 1680, em Munique, o Duque de Croque, embaixador extraordinário de Luís XIV, formalmente requisitou a mão da princesa em nome do delfim.[4] A reaproximação entre Baviera e França despertou grande preocupação no Sacro Imperador Leopoldo I, que temia que Baviera pudesse atacar a Áustria via Salzburgo.[5]
Em 1680, Maria Ana Vitória chegou à França, onde causou boa impressão com seu bom francês. Quando ela entrou em Estrasburgo, foi abordada em alemão, mas interrompeu a saudação dizendo: "Senhores, eu falo francês!". A impressão de sua aparência, no entanto, não era tão boa, e ela foi chamada de "terrivelmente feia.[6] Ela se casou com Luís a 7 de março de 1680 em Chalons-sur-Marne.[7] Ela foi a primeira delfina desde Maria da Escócia.[8] Após o casamento, Maria Ana Vitória foi chamada a "Grande Delfina", passando a ocupar a segunda posição mais importante na corte, sendo apenas precedida pela sogra, a rainha Maria Teresa.[1]
O casamento com o Grande Delfim foi infeliz, Maria Ana Vitória se sentia feia e o marido era infiel; ele tomou uma amante, Marie Émilie de Joly de Choin, com quem casou-se após a morte da Grande Delfina.[9]
Morte
Deprimida por ter que morar em uma corte onde a beleza era muito valorizada, não sendo bonita, Maria Ana Vitória morreu em 1690. Ela foi enterrada na Basílica Real de Saint Denis. Seu túmulo foi profanado durante a Revolução Francesa.[10]
↑ abHartmann: Zwei Wittelsbachische Prinzessinnen am Hof Ludwigs XIV. In: Zeitschrift für Bayerische Landesgeschichte. Bd. 44, 1981, S. 269–285, hier S. 272.
↑Linda Maria Koldau: Frauen – Musik – Kultur. Ein Handbuch zum deutschen Sprachgebiet der Frühen Neuzeit. Böhlau, Köln u. a. 2005, ISBN 3-412-24505-4, S. 229.
↑Roswitha von Bary: Henriette Adelaide. Kurfürstin von Bayern. Pustet, Regensburg 2004, ISBN 3-7917-1873-8, S. 284.
↑Andreas Buchner: Geschichte von Bayern. Band 9: Enthält die Geschichte Bayerns vom Ableben des Churfürsten Maximilian I. 1651 bis zum Ableben des Churfürsten Karl Theodor 1799. Selbstverlag, München 1853, S. 25.
↑Georg Abdon Pichler: Salzburg's Landes-Geschichte. Band 1: Allgemeine Geschichte. Oberer'schen Buchhandlung, 1865, S. 480.
↑"Dirk van der Cruysse: „Madame sein ist ein ellendes Handwerck“. Liselotte von der Pfalz – eine deutsche Prinzessin am Hof des Sonnenkönigs (= Serie Piper. 2141). Ungekürzte Taschenbuchausgabe, 12. Auflage. Piper, München u. a. 2010, ISBN 3-492-22141-6, S. 275.
↑”Hamburg den 2. Martij. 1680”. Swenska Ordinarie Post-Tijender: s. 2. 16 mars 1680.