Miconia albicans é uma pequena árvore de até 3 m de altura, distribuída do sudeste do Brasil ao sul do México, e é abundante em diferentes fisionomias do cerrado brasileiro e áreas recentemente perturbadas. [3][4] As flores são de cor creme esverdeada esbranquiçada e de leve cheiro, organizadas em inflorescências. Elas florescem no final da estação seca, com pico em setembro (M. G. G, Camargo e L. P. C. Morellato). Possuem anteras poricidas, exigindo polinização vibratória para liberar grãos de pólen.[5][6] Nesta espécie, grãos de pólen e visitantes florais raramente são observados; os frutos são produzidos por apomixia obrigatória.[7][8]
Os frutos são bagas pequenas, com 7,5 mm de largura e 5,9 mm de comprimento, com uma média de 34 sementes por fruto; as sementes têm 0,72 mm de largura e 1,02 mm de comprimento . A polpa dos frutos maduros é composta principalmente por água (76,6%), açúcares (13,4%) e proteínas (2,17%). [9] As frutas são organizadas em infrutescências. Com base no tamanho e na cor do fruto, três estágios podem ser distinguidos durante o desenvolvimento do fruto: (1) frutos imperceptíveis, cinza-esverdeados, inicialmente verdes; (2) frutos verdes avermelhados em um estágio intermediário; (3) e frutos maduros, verdes e totalmente expandidos. Os frutos verdes intermediários (“não maduros”) e os frutos maduros têm um cálice vermelho persistente. Os frutos maduras estão disponíveis principalmente no início da estação chuvosa, com pico em novembro.
Biologia e ecologia
Os frutos são uma importante fonte de alimento consumido por diferentes espécies de aves, principalmente generalistas, [4] marsupiais Gracilinanus spp., [10][11] e frutos caídos também são coletados por formigas.[12] Não há informação na literatura se frutas não maduras são consumidas por pássaros.
Os pássaros se alimentam dos frutos da Miconia albicans e dispersam suas sementes.[13]
Uso medicinal
Esta planta Miconia albicans sob o nome popular de canela de velho é muito conhecida e utilizada na medicina popular do Brasil para tratar artrite, artrose e dores nas articulações por sua ação antinflamtória.[14]
Estudos indicaram potencial atuação da Miconia albicans como antioxidante,[15] tendo ação antimicrobiana[16][17] e ação analgésica [18] e antiinflamatória. [19]
Sinonímias
Sinônimos taxonômicos para Miconia albicans inclui:
Melastoma albicans Sw.
Acinodendron albicans (Sw.) Kuntze
Chitonia albicans (Sw.) D. Don ex G. Don
Galeria de imagens
Miconia albican frutos
Miconia albican frutos maduros
Miconia albican frutos
Miconia albican folhas
Miconia albican frutos
Miconia albican tronco
Miconia albican flores
Miconia albican flores
Referências
↑Miyanishi, Kiyoko; Kellman, Martin (1986). «The Role of Fire in Recruitment of Two Neotropical Savanna Shrubs, Miconia albicans and Clidemia sericea». Biotropica. 18 (3): 224–230. JSTOR2388489. doi:10.2307/2388489
↑GOLDENBERG, RENATO; ALMEDA, FRANK; CADDAH, MAYARA K.; MARTINS, ANGELA B.; MEIRELLES, JULIA; MICHELANGELI, FABIAN A.; WEISS, MARKUS (2013). «Nomenclator botanicus for the neotropical genus Miconia (Melastomataceae: Miconieae)». Phytotaxa (em inglês). 106 (1): 1. ISSN1179-3163. doi:10.11646/phytotaxa.106.1.1