Evidências arqueológicas revelam que as cidades de Czernicóvia gozavam de uma grande prosperidade durante o reinado de Miguel, que favorecia o comércio. Foram interesses deste âmbito que o levaram a tomar o controlo de novas cidades como Aliche e Quieve, pois faziam parte das rotas que passavam também pelo vale do Reno e pelo Reino da Hungria. Estas rotas, graças a ele, começaram a passar também por Czernicóvia. Negociou também tratados comerciais e alianças políticas com a Polónia e a Hungria.[2]
Aliviou taxas económicas a Novogárdia Magna e garantiu aos seus boiardos uma grande liberdade política dele próprio. Ele foi último governante autónomo de Quieve, visto que ap´s a sua deposição o Principado foi invadido pelos Mongóis, que destruíram a cidade. À época desta invasão, Miguel era o príncipe mais poderoso em toda a Rus’. Foi porém acusado de liderança ineficaz devido ao seu falhanço na tentativa de união de todos os principados contra o invasor. Na realidade, esta tarefa seria impossível de levar a cabo.[2]
Miguel foi o primeiro príncipe de Czernicóvia a tornar-se um mártir, de acordo com o sentido da palavra: foi condenado à morte pela sua persistência na sua segundo a fé cristã.[2] Ele e o seu boiardo mais fiel, Teodoro, foram torturados e decapitados pelos Tártaros.[1] Os dois acabaram conhecidos como "Os Sofredores de Czernicóvia" e "Os Miraculosos de Czernicóvia".[2]
Primeiros anos
Miguel era o único filho conhecido de Usevolodo IV de Quieve, filho de Esviatoslau III de Quieve e Maria de Polócia, e da sua esposa Anastácia da Polónia, filha de Casimiro II da Polónia e Helena de Znojmo . Sofreu na infância uma paralisia que o avô, Esviatoslau III, procurou curar, sem sucesso. Recorreu então a Nicetas Estilites, um conhecido milagreiro, que morava no Mosteiro de São Nicetas. O enfermo dirigiu-se então, na companhia de boiardos, a Pereslávia, em Susdália. Dirigindo-se junto do pilar do monge, este deu a um boiardo um objeto seu, e este deu-o ao príncipe. Quando tocou no objeto, Miguel ficou milagrosamente curado, sendo chamado por Nicetas para lhe dar a sua bênção. Miguel ficou tão agradecido que beneficiou o mosteiro e mandou erigir uma cruz em pedra no local onde fora curado.
No verão de 1206, o seu pai cercou Quieve, enviou o seu posadnik a todas as cidades quievanas e forçou o príncipe Rurique II a refugiar-se em Vruchiy (atual Ovruch, na Ucrânia). Usevolodo também expulsou Jaroslau II (filho de Usevolodo III de Vladimir) de Premíslia, dando esta cidade a Miguel. Contudo Rurique estava determinado em obter novamente o controlo de Quieve e desta forma expulsou Usevolodo IV com certa facilidade. Rurique ordenou então a Miguel, que tinha na altura somente uma pequena comitiva em Premíslia, que se retirasse da cidade, pelo que este obedeceu e voltou para junto do pai em Czernicóvia. No verão de 1207, o pai uma vez mais ocupou Quieve e uma vez mais foi expulso por Rurique II, em outubro desse ano. Miguel desta vez acompanhara o pai desde Quieve.[2]
Em junho de 1212, os príncipes Mistislau de Esmolensco, Mistislau, o Temerário da Novogárdia Magna e Inguar de Luceória empreenderam uma ofensiva contra Usevolodo IV, que confrontou os atacantes em Vyshgorod Contudo a linhagem Rostislavichi da Dinastia ocupou Quieve, e Usevolodo teve de fugir com a família (possivelmente acompanhado de Miguel) uma vez mais e encontrou a segurança na sua cidade, Czernicóvia, onde faleceu em agosto de 1212. Miguel terá herdado as cidades de Bryn, Serensk e Mosalsk do seu pai.[2]
Na primavera de 1223, [2]Gengis Cã, líder mongol, enviou uma forte cavalaria sob comando de Jebe e Subutai, para fazerem reconhecimento das "terras a ocidente", entrando na terra dos Cumanos.[4] Incapazes de conter a invasão, os cumanos fugiram para Rus', ameaçando os príncipes que se recusassem ajudá-los teriam o mesmo destino deles próprios.[2] No concílio dos príncipes de Rus' foi decidido não esperar pela chegada dos Tártaros, atacando-os nas estepes cumanas.[4] Miguel esteve presente nessa reunião.[2] As forças unidas dos príncipes atravessaram o rio Dniepre, e o primeiro conflito ocorreu nas suas margens. Na vanguarda Mistislau Mstislavich o Temerário destacou-se por ter derrotado um destacamento das tropas mongóis.[4]
Atravessando o Dniepre, os exércitos de Rus' marcharam nas estepes cumanas por 8 dias, antes do encontro com a força principal mongol, que culminou na Batalha do Rio Kalka, que como o nome indica se travou nas margens do Rio Kalka.[4] Desta vez não havia unidade nas tropas dos príncipes,[4] pelo que o resultado foi desastroso para o lado russo: alguns príncipes (como Mistislau II de Czernicóvia) pereceram na batalha.[4]
O governo
Príncipe de Czernicóvia e Novogárdia
Miguel estava provavelmente entre os sobreviventes que retornaram a Czernicóvia. Apesar de nas crónicas não ser mencionada a deposição de Mistislau II de Czernicóvia, evidências comprovam que após a abdicação do tio, Miguel se sentara no trono do pai e do avô. A cerimónia terá tido lugar a 16 de junho. Devido ao facto de vários príncipes da sua geração terem falecido jovens e sem herdeiros, Miguel, na qualidade de príncipe sénior, assumiu o controlo sobre os domínios dos seus malogrados vassalos. Esta acumulação fez dele o proprietário de uma das maiores terras na região.[2]
Nesse tempo, os novogárdios reconheceram Jorge II de Vladimir, mas muitas vezes não concordavam com as suas nomeações de príncipes. Em 1224, o seu filho Usevolodo teve de fugir de Novogárdia. Miguel estava já em Vladimir quando Jorge soube da fuga do filho. Jorge ordenou o ataque, e os novogárdios confirmaram a sua lealdade mas fizeram um pacto de morte em defesa da Catedral de Santa Sofia. Jorge propôs então que aceitassem Miguel como príncipe. Novogárdia aceitou e em março de 1225 Miguel ocupou o Principado. Jorge exigiu porém 7 000 novuyu como multa aos cidadãos e confiscou-lhes os bens.[2]
Miguel governou em Novogárdia subordinado a Jorge, tendo porém a intenção de retornar a Czernicóvia. Uma das suas tarefas importante será recuperar de Jorge os bens confiscados em Torzhok. Antes de deixar Novogárdia, Miguel pediu aos cidadãos que enviassem mercadores para Czernicóvia e declarou que as suas terras e as deles seriam uma só.[2]
Passado um ano, Miguel estava envolvido num problema sucessório: Olegue de Cursco preparava-se para o combater. O motivo seria a possessão de Novogárdia Sevéria. No inverno de 1227, Jorge Vsevolodovich e os seus sobrinhos ajudaram Miguel contra Olegue. O Metropolitano Cirilo I de Quieve também ajudou na resolução de caso, que terminou com a cedência da Novogárdia Sevéria a Olegue.[2]
Em 1228, Vladimir IV de Quieve convocou Miguel e ambos atacaram Daniel da Galícia, cunhado daquele, que havia cercado as cidades de Luceória e Chertoryysk, em Camenécia. Porém falharam em tomar Camenécia. Em dezembro desse ano, Novogárdia rebelou-se contra o tysyatskiy Viacheslau ande nomeou Bóris Negocheviche no seu lugar, e convidou Jaroslau III a regressar segundo um novo acordo. Miguel e os cidadãos novogárdios introduziram medidas para ajudar na afirmação do poder de Jaroslau: apontou-se Vnezd Vodovik como o novoposadnik removeram-se os seus outros administradores.[2]
Na legislação de Miguel deu também aos oficiais algum do poder de Jaroslau, permitindo aos boiardos a nomeação dos seus próprios juízes, entre outras medidas. Após deixar Novogárdia, nomeou o seu filho como seu substituto na cidade. Em maio de 1230, retornou a Novogárdia onde instalou o seu filho no trono de facto. Antes de partir, prometeu aos novogárdios que voltava com tropas por volta de 14 de setembro. A 8 de dezembro, os cidadãos expulsaram Rostislau com o pretexto de o seu pai haver prometido tropas a 14 de setembro mas ser já dezembro e estas ainda não terem chegado. Convidaram novamente Jaroslau que chegou a 30 de dezembro. Para assegurar a hegemonia sobre Novogárdia, no entanto, Jaroslau precisava de impedir Miguel de lhes dar apoio.[2]
Príncipe de Czernicóvia e Grão-Príncipe de Quieve
Em 1231, Miguel travou uma guerra contra Vladimir IV de Quieve, que pediu ajuda a Daniel da Galícia, cunhado de Miguel. Daniel conseguiu pacificar os dois príncipes. No outono desse ano, Jaroslau III atacou o noroeste de Vyatichi, pegando fogo a Serensk (que seria o centro adminitrativo do património de Miguel), mas quando cercou Mosalsco, falhou em tomá-la. Jaroslau por sua vez recusou a paz, argumentando que só a aceitaria se Miguel expulsasse os fugitivos novogárdios das suas terras.[2]
Em 1232, as tropas enviadas por Vladimir IV de Quieve capturaram os príncipes dos Bolocovenos que haviam invadido as terras de Daniel, e que tiveram de lhas devolver. Miguel e o príncipe Iziaslau Vladimirovich de Putyvl ameaçaram então atacar Daniel se este não libertasse os cativos. Em janeiro de 1235, Vladimir III e Daniel atacaram Czernicóvia, saquearam as imediações e pegaram fogo ao exterior da cidade, esperando que Miguel desta forma se submetesse. Porém, Miguel acabou por prometer várias recompensas a Daniel se estese livrasse de Vladimir. Daniel anuiu e tentou persuadir Vladimir a abandonar o cerco; porém foram ambos surpreendidos pelo ataque surpresa que Miguel empreendeu nessa mesma noite, matando vário soldados e obrigando Daniel a fugir e a retirar-se para Quieve.[2]
Miguel aliou-se a Iziaslau Vladimirovich e aos Cumanos contra o cunhado e o príncipe de Quieve. Os dois lados enfrentaram-se em Torchesk, onde Daniel e Vladimir foram derrotados, e vários boiardos foram também feitos cativos. Entretanto, os aliados de Miguel tomaram Quieve e fizeram com que os mercadores alemães, vindos desde Novogárdia, pagassem pelos seus bens, e então nomeou o seu "príncipe-marioneta" de Quieve, Iziaslau Vladimirovich, que se tornou Iziaslau IV.[2] Não era um método nada novo, visto que o antecessor de Iziaslau, Vladimir, era também marioneta de Daniel.
Na Hungria, o rei Bela IV renovou o pacto do seu pai com Miguel, aceitando dar-lhe ajuda militar. No verão de 1236, Daniel e o irmão Vasilko uniram tropas e marcharam contra Miguel. Contudo, encontrou-se contra as suas próprias tropas galicianas, a milícia local e um exército húngaro. Tentaram aplacar a sua frustração ocupando Zuenigoroda, mas os cidadãos repeliram o ataque. Após a saída das tropas húngaras, Daniel tentou uma vez mais; Miguel tentou apaziguar o seu cunhado dando-lhe Premíslia, cujos habitantes sempre o haviam apoiado.[2]
Daniel, no entanto, ordenou a Vladimir (que entretanto depusera Iziaslau e retomara o controlo de Quieve) que abandonasse novamente o posto. Havia feito um pacto com Jorge II de Vladimir e pretendia colocar em Quieve o irmão deste, Jaroslau III, o que acabou por conseguir. Este chegou a Quieve em março de 1236, mas falhou em consolidar o seu governo e voltou para Susdália. Assim, aproveitando anova vacância, Miguel rapidamente nomeou o filho Rostislau e entrou em Quieve como príncipe, sem qualquer contestação. Após tomar Quieve, Miguel e o filho atacaram e retiraram Premíslia do controlo de Daniel. No entanto, a Galícia nomeou Daniel como príncipe em 1237; Miguel escapou para a Hungria e os boiardos tiveram de submeter-se a Daniel.[2]
A invasão mongol
No inverno de 1237, Batu Cã veio até às fronteiras do Principado de Resânia; era possível que Jorge Ingvarevich, o governante tivesse enviado o seu irmão, Ingvar Ingvarevich, a Czernicóvia para pedir auxílio a Miguel, mas este não enviou quaisquer tropas de auxílio. A 21 de dezembro, os mongóis tomaram Resânia, e saquearam toda a população e roubaram também os tesouros do principado.[2]
Em março de 1238, os invasores derrotaram as tropas de Jorge II de Vladimir e mataram-no, continuando a sua marcha, e chegaram a Kozelsk, que demoraram a sete semanas a destruir. As evidências arqueológicas provam também que cidades pertencentes a Miguel, como Mosalsk e Serensk, sofreram o mesmo destino.[2]
Inicia-se, no ano seguinte a segunda fase da invasão: a 3 de março de 1239, as tropas mongóis pegaram fogo a Pereaslávia. Após isto, Miguel organizou uma evacuação do seu séquito em Quieve a partir de Kamenets. Porém, Jaroslau III cercou Kamenets e raptou a mulher de Miguel, mas este conseguiu escapar e retornou a Quieve. Helena foi salva pelo irmão, Daniel da Galícia, que pediu a Jaroslau que lhe enviasse a irmã.[2]
No outono de 1239, os Mongóis, que haviam ocupado Czernicóvia a 18 de outubro, enviaram mensageiros a Quieve a propor paz, mas Miguel recusou submeter-se. Em 1240, Batu Cã enviou Mangu para fazer um reconhecimento da situação em Quieve; porém recusou a submissão matando os enviados do cã. Com poucos apoios, Miguel fugiu à Hungria. No caos que se sucedeu, vários boiardos tentaram tomar o poder, incluindo Rostislau III da Novogárdia, o próprio filho de Miguel, que chegou a cercar Quieve em 1239.Foi porém rapidamente expulso por Daniel da Galícia.[2]
Entretanto, Miguel chegou à Hungria onde tentou arranjar esposa para o filho, Rostislau, e escolheu Ana, filha do rei. No plano de Miguel, Béla IV não viu vantagens em formar uma aliança desse género e expulsou Miguel e Rostislau da Hungria. Na Mazóvia, Miguel foi recebido calorosamente pelo tio, mas decidiu que era importante procurar reconciliar-se com o cunhado e enviou mensageiros para cumprir esse objetivo. Miguel jurou nunca mais se virar contra ele e que nunca mais tentaria nada contra ele. Daniel perdoou-o, convidou-o à Volínia, devolveu-lhe a esposa e abdicou do trono de Quieve. Porém, face à invasão mongol da cidade em 1240, Miguel não regressou, mas permitiu aos homens fiéis ao cunhado que lá permanecessem.[2]
Pelo fim de 1240, Quieve estava completamente cercada pelos mongóis, caindo a 6 de dezembro. Ao inteirar-se do destino da cidade, Miguel teve de se impor novamente nas boas graças do tio materno, o Duque da Mazóvia. Porém, quando os invasores ameaçaram também o ducado, Miguel teve de fugir ainda mais para Ocidente, indo para Breslávia, na Silésia. Perseguido pelos Mongóis, Miguel veio até Środa, onde pilharam os seus bens e mataram várias pessoas do seu séquito, incluindo uma sua neta. Na altura em que os Mongóis invadiram a Silésia e outras terras polacas , Miguel regressou à Mazóvia.[2]
Últimos anos
Na primavera de 1241, Miguel achou seguro regressar a casa. Passando em Vladimir e em Pinsco, passando junto ao rio Pripiate, Miguel retornou a Quieve.[2] Devido ao facto de a cidade estar presumivelmente ocupada por Batu Cã, Miguel instalou-se numa ilha perto de Podil. Batu Cã e os seus homens nada fizeram perante a sua chegada pois estavam a esperar o regresso dos príncipes às suas cidades e deixavam-nos chegar aos poucos, sem quaisquer impedimentos.
Em 1242, ao saber que Béla IV da Hungria havia dado a filha em casamento ao seu filho Rostislau III (que fugira para a Hungria), pensou que os seus esforços para conseguir a aliança com a Casa de Arpades haviam sido finalmente concretizados. Foi então à Hungria para tratar dos acordos que geralmente acompanhavam este tipo de aliança. Porém, ficou consternado quando deu por si expulso pelo rei e pelo próprio filho. Regressou a Czernicóvia zangado com o filho e de mãos vazias.[2]
Entretanto, Batu Cã começou a convocar os príncipes de Rus' a Sarai, para lhe renderem homenagem.[2] O primeiro a responder ao pedido foi Jaroslau III, que em 1243 se dirigiu à cidade, e como recompensa Batu Cã deu-lhe o Principado de Quieve, que se apressou a assumir, enviando um oficial para governar a cidade no seu lugar. Miguel regressou então a Czernicóvia, mas até aí a sua autoridade era insegura: precisava de render homenagem ao mongol para reobter autoridade incontestada.
Martírio e culto
No final de 1245, Miguel era o único dos três príncipes sénior de Rus' que ainda não havia prestado homenagem ao conquistador. No final, Miguel foi a tempo de prevenir um ataque punitivo aos seus domínios por parte dos Mongóis. O seu neto, Bóris Vasilkovich de Rostóvia, acompanhou-o nessa empresa.[2]
Quando chegaram a Sarai, Batu Cã enviou mensageiros ao campo de Miguel para o informar de que teria que se converter ao Tengriismo, a religião que definia as leis dos Mongóis, tendo de se curvar perante os fogos e os ídolos. Miguel acabou por aceitar curvar-se perante o Cã, mas insultou-o quando recusou converter-se. Zangado, Batu Cã ordenou a morte de Miguel. A 20 de setembro de 1246, Miguel foi abatido por Domano de Putívia, e Teodoro, o boiardo que o acompanhara, foi morto depois dele. Crónicas antigas, como a Primeira Crónica da Novogárdia, narra que os seus corpos foram atirados aos cães, mas como sinal divino os corpos não foram tocados. Quando foram atirados para as grandes chamas, o fogo pairou sobre eles, não os queimando.[2]
A crónica mostra que a população de Rus' reconheceu Miguel e Teodoro como mártires logo após a sua morte. Os corpos foram trazidos para Czernicóvia e sepultados numa capela que lhes foi dedicada (Os Milagreiros de Czernicóvia) na Catedral da Santa Salvação.[1]
Helena, a sua esposa, sobreviveu-lhe e promoveu o seu culto. A sua filha Maria e os netos Boris e Gleb Vasilkovich inauguraram a Festa dos Milagreiros de Czernicóvia a 20 de setembro, e construíram uma igreja em sua honra. A irmã de Maria, Teodora (ou Feódula), que se tornara freira como Eufrosina também espalhou o culto do pai, comprovado por uma fonte do século XVII que reportava a existência de uma igreja de madeira dedicada a eles.[2]
O culto foi aprovado em 1547. Quando Czernicóvia foi ocupada pela Polónia em 1578, Ivã, o Terrível trouxe as relíquias dos dois santos para Moscovo, onde foram colocadas na Catedral de S. Miguel o Arcanjo. Em tempos de opressão, estes mártires eram considerados pelos Russos como os seus principais representantes perante Deus.[1]
Referências
↑ abcdThurston, Herbert (Editor). Butler’s Lives of the Saints - September. [S.l.: s.n.]
Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Michael of Chernigov», especificamente desta versão.
Dimnik, Martin: The Dynasty of Chernigov - 1146-1246; Cambridge University Press, 2003, Cambridge; ISBN 978-0-521-03981-9.
DiPlano Carpini, Giovanni (Author) - Hildinger, Erik (Translator): The Story of the Mongols whom We Call the Tartars; Branden Publishing Company, Inc, 1996, Boston, MA; ISBN 0-8283-2017-9.
Thurston, Herbert, S.J. (Editor): Butler’s Lives of the Saints - September; Burns & Oates / Search Press Limited, 1999; ISBN 0-86012-258-1.
Vernadsky, George: Kievan Russia; Yale University Press, 1948, New Haven and London; ISBN 0-300-01647-6.
Baumgarten, Nicolas. Généalogies et mariages occidentaux des Rurikides russes du Xe au XIIIe siècle. Orientalia christiana 9, no. 35 (1927).