O Academy Juvenile Award, também conhecido como o Oscar Juvenil, foi um Oscar honorário concedido, a critério do Conselho de Governadores da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, de reconhecer especificamente artistas jovens com idade inferior a dezoito anos por sua "excepcional contribuições para o entretenimento na tela". [1]
O troféu em si foi uma estatueta do Oscar em miniatura, que tinha cerca de sete centímetros de altura.[2][3] A honra foi concedida pela primeira vez pela Academia em 1935, a Shirley Temple, que tinha apenas seis anos de idade pelo seu trabalho no ano de 1934.[2] O prêmio continuou a ser apresentado de forma intermitente ao longo dos próximos 25 anos, até 1961, quando Hayley Mills de 12 anos, tornou-se a última destinatária a receber a estatueta por seu papel em Pollyanna. [4]
História
Os prêmios da Academia, primeiramente apresentados em 16 de maio de 1929, originalmente não apresentava um prêmio especial para os atores juvenis.[5] O primeiro ator infantil a ser nomeado para um Oscar foi Jackie Cooper, aos nove anos de idade, que foi indicado á Melhor Ator em 1931 pelo seu trabalho no filme Skippy, mas perdeu naquele ano para Lionel Barrymore.[2] Reconhecendo que as crianças poderiam ser colocadas em uma desvantagem injusta com os eleitores da Academia, quando nomeadas ao lado de adultos nas categorias de Melhor Ator/Atriz,[5] e como nenhuma categoria de Melhor Ator Coadjuvante/Atriz ainda tendo sido estabelecido,[5] a Academia viu a necessidade de criar um honorário "Prêmio Especial", especificamente para reconhecer jovens com idade inferior a dezoito anos por seu trabalho no cinema.[2]
Em 27 de fevereiro de 1935, a sétima cerimônia do Oscar para honrar os filmes do ano de 1934, tornou-se a primeira cerimônia do Oscar de atribuição do Prêmio Especial juvenil.[2] Apelidada de "Oscarette" por Bob Hope, em 1945, [6] a própria estatueta foi um Oscar em miniatura, retratando uma imagem Art déco de um cavaleiro segurando uma espada cruzadas e de pé sobre o rolo de um filme.[7] De aproximadamente ½ do tamanho de sua contraparte em tamanho real, este raro troféu permaneceu um protótipo para a estatueta em toda a história do prêmio, com apenas relativamente pequenas modificações em sua base ao longo do tempo.[3][8][9]
Após a primeira a ser apresentada em 1935, o Prêmio Especial juvenil continuou a ser apresentado de forma intermitente para um total de 12 jovens atores ao longo dos próximos 25 anos.[3] No entanto, vários atores juvenis foram nomeadoS na categoria de Melhor Ator Coadjuvante/Atriz durante este tempo; Bonita Granville, com apenas 14 anos, foi nomeada á Melhor Atriz Coadjuvante em 1936 por These Three.[10] Outros três indicados foram: Brandon Dewilde, com 11 anos de idade, para Melhor Ator Coadjuvante em 1955 por Shane,[11]Sal Mineo aos 17 anos, como melhor Ator Coadjuvante em 1955 por Rebel Without a Cause,[12] e Patty McCormack aos 11 anos, como melhor Atriz Coadjuvante em 1956 por The Bad Seed,[13] Todos perderam para os adultos em suas respectivas categorias.
Apresentado em 17 de abril de 1961, os 33º Prêmios da Academia que honrou os filmes do ano de 1960, seria a última cerimônia do Oscar para apresentar o Prêmio Honorário Juvenil.[4] No ano seguinte, Patty Duke de 16 anos, estrelou The Miracle Worker e, em 1963, foi nomeada e ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por seu trabalho no filme, tornando-se a atriz mais jovem na época a ganhar um Oscar de mérito e, pela primeira vez, provando que um jovem poderia vencer um adulto numa categoria competitiva.[14] Deste ponto em diante, atores mirins foram reconhecidos nas mesmas categorias que os adultos.[3]
11 !Por sua significativa contribuição em trazer para a tela o espírito e a personificação da juventude, e estabelecendo entre os atores juvenis um alto padrão de capacidade e realização.