O Pórtico de Filipo (em latim: Porticus Philippi) foi um quadripórtico da Roma Antiga localizado no Campo de Marte, em Roma. Estava a nordeste do Circo Flamínio, entre o Pórtico de Otávia e o Rio Petrônia, e cercou o Templo de Hércules e as Musas.[2] Foi construído, segundo Ovídio e Suetônio, por Lúcio Márcio Filipo, o meio-irmão do imperador Augusto (r. 27 a.C.–14 d.C.), após seu triunfo em 34 ou 33 a.C. na Hispânia como governador;[2] para Samuel Ball Platner, contudo, com base em Marcial, o construtor teria sido o pai deste, também chamado Lúcio Márcio Filipo.[6]
Segundo Plínio, o Velho, pórtico abrigava pinturas famosas.[6] Ele aparece nos Catálogos Regionais e no Plano de Mármore. Sua fachada sul era uma continuação direta do muro sul do Pórtico de Otávia. O perímetro externo do Pórtico de Filipo é representado com duas fileiras de pontos, variadamente interpretados: para Ferdinando Castagnoli somente uma das fileiras seria de colunas, enquanto a segunda de árvores; para Lawrence Richardson Jr., contudo, é indicativo de que o pórtico possuía duas colunatas. Fragmentos dos muros de tufo capelácio do pórtico foram identificados no século XX e estudos topográficos indicam que estaria ca. 3 metros mais alto do que a área circundante, provavelmente para evitar danos causados por inundações.[2]
Aparentemente foi totalmente circundado pela colunata e careceu duma entrada monumental. Seu interior possuía um pódio com 12 nichos, provavelmente para fixação dos fastos, e estava virado para sul. Havia uma êxedra sobre sua face norte, que provavelmente serviu como auditório onde o Colégio dos Poetas (em latim: Collegium Poetarum) se reuniu. Instalações públicas, provavelmente latrinas, pertencentes ao Teatro de Balbo podem ter sido colocadas ao norte do pórtico.[2] Segundo Ovídio havia algumas barbearias no local.[6]
Localização
Referências
Bibliografia
- Ovídio (século I a.C.). Fastos. [S.l.: s.n.]
- Platner, Samuel Ball (1929). A Topographical Dictionary of Ancient Rome. Londres: Oxford University Press