O Partido Colorado é um partido político uruguaio que abarca o espectro político de centro-esquerda, com tendência menos socialista, ainda assim, não de centro-direita. Entre seus integrantes podem encontrar-se posturas que vão desde a social-democracia até o liberalismo.[1]
É um dos partidos políticos mais longevos do hemisfério ocidental, fundado em 1836, e o que mais vezes governou o Uruguai. Esteve a frente do governo nos períodos de 1839-1852, ininterruptamente de 1865 a 1959, de 1967 a 1973, de 1976 a 1981, de 1985 a 1990 e de 1995 a 2005.
Da mesma forma que Partido Nacional também conhecido como Partido Blanco, remonta à criação do Estado nacional uruguaio. Tem suas origens nos enfrentamentos entre dois destacados líderes da luta pela independência (1825-1828), Fructuoso Rivera e Manuel Oribe.
Em 1836 enfrentaram-se os partidários do então presidente Manuel Oribe e o grupo que apoiava Fructuoso Rivera (que tinha sido presidente no período anterior 1830-1834). Na batalha de Carpinteria surgem as cores das divisas que posteriormente identificam cada grupo político: blancos, partidários de Manuel Oribe, e colorados (vermelho), os de Rivera.[2] Isto conformou um bipartidismo que durou até princípios do século XXI, com a ascensão ao poder da Frente Ampla com Tabaré Vásquez em 2005.
Vinculado mais ao setor urbano da economia, foi o berço do batllismo, que tendia ao welfare state cujo máximo referente foi o ex-presidente José Batlle y Ordóñez que governou duas vezes (1903-1907; 1911-1915) e deixou uma impronta que marcou a política uruguaia no século XX.[3]
Entre seus integrantes destacados que chegaram a presidência da República figuram: Fructuoso Rivera, Venancio Flores, Lorenzo Batlle, Lorenzo Latorre, Máximo Santos, Julio Herrera y Obes, José Batlle y Ordóñez, Feliciano Viera, Baltasar Brum, José Serrato, Juan Campisteguy, Gabriel Terra, Alfredo Baldomir, Juan José de Amézaga, Tomás Berreta, Luis Batlle Berres, Oscar Gestido, Jorge Pacheco Areco, Juan María Bordaberry, Aparicio Méndez, Julio María Sanguinetti, Jorge Batlle.
Referências
- ↑ DORATIOTO, Francisco Fernando Monteoliva. Espaços nacionais na América Latina: da utopia bolivariana à fragmentação. São Paulo: Brasiliense, 1994, p. 23.
- ↑ PIVEL DEVOTO, Juan E. (1956). Historia de los partidos y de las ideas políticas en el Uruguay. La definición de los bandos 1829-1838. 2.ed. Montevideo: Editorial Río de la Plata,. [S.l.: s.n.]
- ↑ NAHUM, Benjamín (1990). La Época Batllista. Montevideo: Editorial Banda Oriental,. [S.l.: s.n.]