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Peixe (Tocantins)

Peixe
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Peixe
Bandeira
Brasão de armas de Peixe
Brasão de armas
Hino
Gentílico peixense
Localização
Localização de Peixe no Tocantins
Localização de Peixe no Tocantins
Localização de Peixe no Tocantins
Peixe está localizado em: Brasil
Peixe
Localização de Peixe no Brasil
Mapa
Mapa de Peixe
Coordenadas 12° 01′ 30″ S, 48° 32′ 20″ O
País Brasil
Unidade federativa Tocantins
Municípios limítrofes Brejinho de Nazaré, Aliança do Tocantins, Gurupi, Sucupira, Alvorada,Talismã, Jaú do Tocantins, São Salvador do Tocantins, Paranã e São Valério.
Distância até a capital 285 km
História
Fundação 1895 (129 anos)
Administração
Prefeito(a) Augusto Cezar Pereira dos Santos (MDB, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 5 291,182 km²
População total (IBGE/2021[2]) 11 996 hab.
 • Posição TO: 23º
Densidade 2,3 hab./km²
Clima Não disponível
Altitude 240 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,674 médio
PIB (IBGE/2019[4]) R$ 754 101,53 mil
PIB per capita (IBGE/2019[4]) R$ 64 184,32

Peixe é um município brasileiro do estado do Tocantins, criado em 1895 com terras desmembradas de São João da Palma (atual Paranã). Localiza-se a uma latitude 12º01'30" sul e a uma longitude 48º32'21" oeste, estando a uma altitude de 240 metros. Sua população estimada em 2004 era de 8 711 habitantes.

Possui uma área de 5111,29 km².

História

Originou-se com a vinda do ALferes Alfredo Ramos Jubé e Dmitri França, quando ali acampou, juntamente com 20 praças, para impedirem ataques dos índios Canoeiros aos emissários de Vila Boa de Goiás. Os mesmos deviam atravessar o Rio Tocantins no porto local, onde um lavrador já possuía uma roça e uma pequena embarcação. Presume-se que nesse aludido local havia um tesouro escondido, dos padres jesuítas - Na mais alta pedra do Rio Santa Tereza, no lugar denominado Itans, está sepultado o maior tesouro dos Jesuítas... contava essa tradição.

Ramos Jubé e comandados, construíram suas casas e uma igreja, da qual ainda hoje se conservam as ruínas, na Praça Getúlio Vargas. A estes, posteriormente, se uniram Joaquim Tavares e Francisco da Silva Montes que, com suas famílias, construíram o primeiro núcleo e expulsaram os índios Canoeiros que viviam às margens do Rio Tocantins.

Pela Lei Provincial nº 13, de 31 de junho de 1846, a Vila de Santo Antônio do Peixe é elevada à categoria de Distrito do Município de Palmas (Paranã, hoje). As pessoas de mais destaque na época na Vila de Santo Antônio do Peixe, foram: Narcísio Ponce Leones, Eliseu Augusto Pinheiro Cangussu, Antônio José de Almeida, Pedro Pinheiro de Queiroz, Senador Domingos Teodoro e o Deputado Cândido Teodoro, incansáveis lutadores pela emanciapação política do Peixe.

A Lei Estadual nº 64, de 20 de junho de 1895, deu autonomia política ao Distrito de Peixe, com o mesmo topônimo, desmembrando-o do Município de Palmas (hoje Paranã) e instalando-o neste mesmo ano. Posteriormente, em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1936, o Município de Peixe apareceu com o nome de Santa Terezinha. Finalmente, novamente pelo Decreto-Lei Estadual nº 557, de 30 de março de 1938, apareceu com o nome atual.

Significado do Nome Tempos depois, o Povoado de Santa Cruz dos Itans foi vítima de uma enchente muito grande do Rio Tocantins, que despejou suas águas nas vazantes e numa grande lagoa, pouco distante do Rio. . Com a baixa das águas, um peixe, de tamanho nunca visto nesse rio, ficou preso na referida lagoa onde veio a morrer, sendo encontrado por uma caravana de Vila Boa. Depois desse fato os viajantes diziam: Vamos passar o rio onde foi encontrado o peixe.... Ora, daí o nome atual de Peixe. A dita lagoa e córrego que serviu de vazante, tomaram a mesma denominação.

Clima

Segundo dados da estação do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) de Peixe, em operação desde maio de 1975, a menor temperatura registrada oficialmente foi de 10,4 °C em 2 de agosto de 1988 e a maior alcançou 43,2 °C em 13 de setembro de 2019. O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 137,7 mm em 20 de abril de 1996, seguido por 135,8 mm em 7 de janeiro de 2002, 134,6 mm em 7 de novembro de 1999, 131,8 mm em 26 de outubro de 1984, 115,8 mm em 21 de janeiro de 1997, 104,8 mm em 17 de novembro de 2010 e 100 mm em 26 de dezembro de 2002. O recorde de mês mais chuvoso da série histórica pertence a dezembro de 1989, com 683,4 mm.[5][6]

Dados climatológicos para Peixe
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 38,3 37,8 37,7 38,1 37,8 37,5 37,4 40,2 43,2 41,8 39,8 40,2 43,2
Temperatura máxima média (°C) 32,1 32,2 32,2 32,9 33,4 33,3 33,9 35,8 36,9 35,6 33,1 32,3 33,6
Temperatura média compensada (°C) 26,1 26 26,2 26,5 26,1 24,8 24,5 26,2 28,2 28,1 26,8 26,3 26,3
Temperatura mínima média (°C) 22,4 22,4 22,5 22,5 21,2 18,9 17,7 18,8 21,3 22,7 22,7 22,5 21,3
Temperatura mínima recorde (°C) 18,9 18,9 19,4 17,4 11,9 10,9 11,9 10,4 12,9 16,4 19,4 18,9 10,4
Precipitação (mm) 270,2 211 215,8 125,2 22,9 4,7 0 0,1 32,3 92,9 190,1 252,3 1 417,5
Dias com precipitação (≥ 1 mm) 16 14 15 9 2 0 0 0 3 7 12 15 93
Umidade relativa compensada (%) 81 81,7 81,8 78,6 71 63,5 56,3 47,7 49,1 62,7 75,4 79,4 69
Insolação (h) 172,5 154,8 171,7 210,2 261,6 285,6 307,1 301,9 238,6 211,8 163,6 163,5 2 642,9
Fonte: INMET (normal climatológica de 1991-2020;[7] recordes de temperatura: 01/05/1975-presente)[5][8][6]

Turismo

Ecopraia da Tartaruga

É uma imensa ilha com uma praia de aproximadamente 2 km², banhada pelo Rio Tocantins. Além da beleza de suas areias, a praia é um ponto de concetração de tartarugas, daí a origem do seu nome. A presença de tartarugas no local é um fenômeno único, com grande potencialidade para o ecoturismo e estudos biológicos. O acesso se dá pela estrada de rodagem até Porto do Peixe, descendo-se rio abaixo. A duração do percurso fluvial demora cerca de 15 minutos.[9]

Arquipélago do Tropeço

É um conjunto de 366 ilhas e ilhotas, formando um arquipélago fluvial no rio Tocantins. São formas e tamanhos variados, em posições tais que fazem o rio correr em saltos sobre as pedras as corredeiras e os remansos. O tropeção, como é conhecido o lugar, é apenas um referencial. Na verdade, existem outras cachoeiras e saltos ao longo do rio, navegáveis em épocas distintas e orientadas pelos níveis das águas. O local impressiona pela beleza, porém, oferece muito perigo a quem não souber se guiar entre os canais convencionados a navegação. Um dos canais mais utilizados no verão é o “Canal das Cuias”. O Passeio é feito de canoa ou em pequenas lanchas a motor. Por entre os canais se pratica a pesca da caranha, abundante no local, e nas áreas de águas calmas, represadas naturalmente pelas rochas, pode-se pescar também tucunarés e jacundás. Com caiaques é possível explorar toda a região. A presença de um guia nos passeios é fundamental. São necessários cuidados especiais e orientação aos visitantes.[10]

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. «Censo Populacional 2021». Censo Populacional 2021. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 26 de agosto de 2022 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 26 de agosto de 2022 
  4. a b «Produto Interno Bruto do Município de Peixe 2019». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 26 de agosto de 2022 [ligação inativa]
  5. a b INMET. «Estação: PEIXE (83228)». Consultado em 2 de fevereiro de 2023 
  6. a b INMET. «Banco de dados meteorológicos». Consultado em 2 de fevereiro de 2023 
  7. INMET. «Normais climatológicas do Brasil». Consultado em 2 de fevereiro de 2023 
  8. INMET. «Estação: PEIXE (A018)». Consultado em 2 de fevereiro de 2023 
  9. [1]
  10. [2]

Ligações externas

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