Pompílio Cylon Fernandes Rosa (Montenegro, 27 de maio de 1897 — Porto Alegre, 20 de junho de 1987) foi um advogado e político brasileiro.[1] Governador do Rio Grande do Sul no período de transição do Estado Novo para a redemocratização.[1][2]
No ano de 1923, diplomou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de Porto Alegre, retornando após a sua terra natal, onde passou a exercer a advocacia. No ano seguinte foi eleito, em Montenegro, conselheiro municipal, o equivalente, hoje, ao cargo de vereador. Exerceu a presidência da Câmara de Vereadores até 1928. Após essa data, foi nomeado consultor jurídico da prefeitura.[1]
Durante a Revolução de 1930, serviu como tenente na coluna do Nordeste, comandada pelo General Valdomiro Lima, seguindo para o Rio de Janeiro, onde participou da tomada do poder.[2] Após a posse de Getúlio Vargas, regressou ao Conselho Municipal de Montenegro. Em 1934, foi eleito deputado estadual, sendo o mais votado, e integrando a Assembléia Constituinte, que, após, foi transformada em Assembléia Legislativa, na qual Cylon Rosa assumiu a Presidência da Comissão de Finanças e Orçamento.[1]
Em 1937, Getúlio Vargas instaura o Estado Novo, centralizando o poder na figura do presidente. A Assembléia gaúcha, como as demais do pais, foi dissolvida. Cylon Rosa foi então nomeado diretor e, em seguida, presidente da Caixa Econômica Federal do Rio Grande do Sul.[1]
Em 1945, Getúlio é deposto e o Estado Novo tem seu fim. Com a eleição à presidência da República do General Eurico Gaspar Dutra, Cylon Rosa é indicado pela presidência para governador do Rio Grande do Sul, tendo assumido o cargo em 7 de fevereiro de 1946.[1][2] Em sua gestão, dedicou-se atenção às necessidades do setor rural, com bem sucedido combate às epidemias que dizimavam os rebanhos rio-grandenses. Ainda no seu governo, executou plano de implantação de usinas elétricas.[1]
Promulgada a Constituição federal, foi marcado o dia 19 de janeiro de 1947 para as eleições da Constituinte estadual e do Governo do Estado. Cylon Rosa passou o cargo ao governador eleito, Walter Só Jobim, no dia 26 de março de 1947. Retorna, então, à presidência da Caixa Econômica Federal.[1]
Em 1950 tenta voltar ao governo do estado pelo voto direto, pelo PSD, mas é derrotado pelo também ex-interventor Ernesto Dornelles, candidato pelo PTB e que fez 50 mil votos a mais que Cylon Rosa. Getúlio Vargas, que é eleito presidente no mesmo pleito, em 1952 convida Cylon Rosa para assumir a diretoria da Carteira de Crédito Geral do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. Em 1961, retorna à direção da Caixa Econômica Federal, no Rio Grande do Sul.
Cylon Rosa desempenhou, também, atividades profissionais na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Depois, prestou concurso para o Arquivo Público, sendo nomeado para a Seção de História e Geografia do Departamento da Administração Pública Estadual. Mais tarde foi funcionário do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul.
Referências