Com vasta fama nacional desde a década de 1980, Quim Barreiros é conhecido pelas suas letras de duplo sentido, normalmente de teor considerado brejeiro. É também, desde há décadas, um dos músicos mais bem-sucedidos em termos de popularidade junto do público português, independentemente do género, e a face mais conhecida da música ligeira portuguesa, vulgarmente conhecida como "música pimba" desde a década de 1990, assim como o artista mais bem-sucedido e popular do ramo desta secção da música popular que se baseia numa sonoridade dita "folclórica", nomeadamente a da região de origem de Quim Barreiros, o Minho. A música do artista também é bastante influenciada pelo género brasileiro forró.
Algumas das suas músicas mais conhecidas são "A Garagem da Vizinha" (regravação da música da dupla brasileira Sandro & Gustavo), lançada em 2000, "A Cabritinha" (regravação da música do cantor brasileiro Amazan[2] e do poeta João Gonçalves[3]) lançada em 2004, e "Bacalhau à Portuguesa", lançada em 1986, que é uma regravação da canção homónima de 1981 do cantor brasileiro Zenilton.[4] Outras covers/adaptações de temas de artistas brasileiros por parte de Quim Barreiros incluem, por exemplo, o sucessos "O Sorveteiro (Chupa Teresa)" (uma cover do tema de 1990 "O Sorveiteiro", de Sandro Becker[5]), de 1991.[6] A sua discografia, sobretudo a inicial, conta também com diversos álbuns compostos essencialmente por faixas instrumentais de acordeão e desgarradas.
Em maio de 2007 lançou o álbum Use Álcool, no qual existe uma faixa ("O Meu Netinho") em que canta para seu neto,[8] abrindo ao público uma janela para um lado seu mais afetivo e sentimental, raramente visto no artista, dado que as suas músicas de estilo popular são as que fazem maior sucesso.
Em 11 de agosto de 2023, Quim Barreiros realizou seu último show do ano em Portugal. [9]
Aparições nos média
Em janeiro de 2020, a Netflix lançou uma promo, dirigida ao mercado português, para a série Sex Education que é protagonizada por Quim Barreiros.[10] A promo celebra todas as orientações sexuais, apesar de, em 2010 Quim Barreiros ter lançado um single intitulado "Casamento Gay", em que utiliza adjetivos pejorativos para os homossexuais masculinos, como "larilas", "paneleiro", "panasca" e "maricas".[11][12][13] De igual modo, em 2020 lançou um tema chamado "Será Porca ou Parafuso" - single homónimo do seu álbum lançado nesse mesmo ano -, com referências a pessoas trans (e ao "terceiro género", como é referido na letra da canção) e respetiva genitália, com versos como "Eh pá, tem cuidado, isto está muito confuso/ A gente nunca sabe se ela é porca ou parafuso", que podem ser considerados derrogatórios para pessoas trans.[14]
Vida pessoal
Quim é filho da portuguesa Margarida de Magalhães de Melo e de Joaquim Barreiros, filho de emigrantes portugueses, nascido em São Paulo onde viveu até aos oito anos idade. O pai de Quim mudou-se, com a mãe e irmãos, para Portugal após a morte do pai.[15] Estudou eletromecânica antes de se tornar cantor.[16]