Eburno pode ter sido um monetalis por volta de 134 a.C.[1] É provável que ele tenha do o "Q. Fabius Maximus" que foi questor em 132 a.C., servindo na Sicília sob o comando de seu sogro, Públio Rupílio, que era o cônsul daquele ano. Eburno foi considerado o responsável pela perda da cidade de Tauromênio durante a revolta dos escravos e foi enviado de volta a Roma em desgraça, mesmo tendo o cerco subsequente tido sucesso em reconquistar a cidade[a]. Em seguida há uma grande lacuna nos registros de sua carreira.
É certo que ele foi pretor em algum momento antes de 119 a.C. e é possível que ele tenha sido o "Fabius Maximus" que presidiu, como pretor, a corte na qual o grande orador Lúcio Licínio Crasso processou Caio Papírio Carbão, o cônsul em 120 a.C.[b]. A acusação é incerta: extorsão, provavelmente sob a Lex Acilia de repetundis ou "lesa majestade" (em latim: "laesa maiestas"), uma ofensa contra a dignidade do estado, já foram ambos propostos. Carbão foi condenado e cometeu o suicídio[4][5][c].
Um dos principais motivos pelos quais Eburno é conhecido foi a sua severidade em relação aos padrões morais do final da República Romana. Como pater familias, ele próprio condenou à morte um de seus filhos por "imoralidade" ou "falta de castidade"[12][11].
Quando jovem, porém, Eburno ganhou seu cognome, "Eburno" ("marfim"), por causa de sua beleza (em latim: "candor") e tinha o apelido de "pintinho de Júpiter" (em latim: "Pullus Iovis"). Conta-se ainda que ele teria sido atingido por um raio nas nádegas, possivelmente uma referência a uma marca de nascença,[13] outro motivo pelo qual ele era zombado como sendo um catamita do deus dos relâmpagos.[14] Já se observou[15] que o contraste entre a reputação de Eburno como "pintinho de Júpiter" e sua excessiva severidade mais tarde contra a "impudicitia" de seu filho estão relacionadas.
Ele foi execrado pela morte de seu filho e foi acusado por Cneu Pompeu Estrabão (possivelmente o cônsul em 89 a.C.) por ter excedido os limites do "patria potestas" ("pátrio poder"). Ele acabou se auto-exilando em Nucéria.[16][17]
↑Valério Máximo faz referência a extorsão ao mencionar um grande número de registros apresentados como evidência. Mommsen prefere o crime de lesa majestade.[6]
↑Amy Richlin, The Garden of Priapus: Sexuality and Aggression in Roman Humor (Oxford University Press, 1983, 1992), p. 289.
↑Sexto Pompeu Festo, p. 285 na edição de 1997 de Teubner de Lindsay; Craig A. Williams, Roman Homosexuality (Oxford University Press, 1999), p. 17; Auguste Bouché-Leclercq, Histoire de la divination dans l'antiquité (Jérôme Millon, 2003 reprint, publicado originalmente em 1883), p. 47.
↑Gordon P. Kelly, A History of Exile in the Roman Republic (Cambridge University Press, 2006), pp. 172–173 online.
Bibliografia
Broughton, T. Robert S. (1951). The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I, número XV. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas
(em alemão) Gaulielmus Kierdorf: [I 25] F. Maximus Eburnus, Q.. In: Der Neue Pauly (DNP). Volume 4, Metzler, Stuttgart 1998, ISBN 3-476-01474-6, Pg. 371.