STS-9 (também chamada de STS-41-A e Spacelab 1) foi uma missão do ônibus espacialColumbia, realizada entre novembro de dezembro de 1983, dedicada inteiramente ao Spacelab, o módulo-laboratório de pesquisas científicas, construído em conjunto pela NASA e pela Agência Espacial Europeia - ESA.[1]
Com seis tripulantes, sendo um deles alemão - o segundo no espaço e o primeiro da então Alemanha Ocidental - foi a missão com o maior número de astronautas a bordo de uma nave espacial até aquela data.
Na missão STS-9 o Columbia regressou ao espaço. O lançamento ocorreu às 11 a.m. EST de 28 de novembro de 1983, após um atraso de dois meses devido a um problema com o bocal de um dos SRBs. Foi a primeira vez que um ônibus espacial, após instalado na plataforma de lançamento, retornou ao Vehicle Assembly Building aonde o bocal foi substituído.
A missão estava voltada especialmente para o Spacelab l, um programa conjunto NASA/Agência Espacial Europeia (ESA) desenvolvido para demonstrar a capacidade de realizar pesquisas científicas avançadas no espaço, com astronautas e cientistas trabalhando no módulo Spacelab, e coordenando os seus esforços com os cientistas no Marshall Payload Operations Control Center (POCC) então localizado no Centro Espacial Johnson, em Houston. A construção e desenvolvimento do Spacelab l foi provida pela ESA. O laboratório ficava instalado no compartimento de carga e era conectado por um tubo a cabine do veículo.
O grupo foi dividido em duas equipes, cada uma trabalhando em turnos de 12 horas durante toda a missão. Young, Parker e Merbold formaram a equipe vermelha, enquanto Shaw, Garriott e Lichtenberg formaram a equipe azul. Normalmente, o comandante e o piloto permaneciam no compartimento de voo, enquanto os especialistas trabalhavam no Spacelab.
Setenta e duas experiências científicas foram realizados no campo atmosférico, nas áreas de física do plasma, astronomia, física solar, ciência dos materiais, tecnologia, ciências biológicas e observações terrestres. Os procedimentos correram tão bem que a missão foi aumentada em um dia adicional, para dez dias, fazendo desta o voo de maior duração de um ônibus espacial até aquela data.
A missão Spacelab l foi muito bem sucedida, tendo provado a utilidade da realização de experiências complexas no espaço com a colaboração de pessoas não pertencentes à NASA, treinadas como especialistas de carga em colaboração com um POCC. Além disto, o Tracking and Data Relay Satellite estava agora totalmente operacional, sendo capaz de retransmitir grandes quantidades de informação para o controle em terra.
Problemas com os computadores
Durante a orientação do veículo, quatro horas antes da reentrada na atmosfera, um dos computadores travou quando os propulsores foram disparados. Alguns minutos depois, um segundo computador a travou de uma maneira semelhante, porém foi reiniciado com sucesso. Young adiou a aterragem, deixando o veículo estável. Ele posteriormente disse: `Se tivéssemos ativado o Backup Flight Software, isso teria resultado na perda do veículo e da tripulação.'
A análise pós-voo revelou que os GPCs falharam quando o propulsor RCS de movimento atingiu uma peça de solda folgada e causou um curto-circuito na placa do computador.
O Columbia aterrou na Pista 17 da Base de Edwards em 8 de Dezembro de 1983, às 3:47 p.m. PST, completando 166 órbitas, perfazendo um total de 6.913.505 km percorridos. O Columbia foi carregado de volta para o KSC em 15 de Dezembro.