Sistema Alto Tietê Represas: Ponte Nova, Jundiaí, Taiaçupeba, Biritiba e Paraitinga
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Represa Ponte Nova (Imagem:Hamilton Breternitz Furtado)
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Localização
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Localização
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São Paulo, Brasil
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Divisão
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Municípios de Salesópolis, Biritiba-Mirim, Mogi das Cruzes, Suzano
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Dados gerais
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Proprietário
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Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE)
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Tipo
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estrutura arquitetónica
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Vazão
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15 metros cúbicos por segundo
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Dados da albufeira
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Capacidade total
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517,3 milhões de metros cúbicos
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Observações
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Volume: Total do Sistema Alto Tietê Vazão: Média anual 2006[1]
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O Sistema Alto Tietê é um dos sistemas administrados pela SABESP destinados a captação, armazenamento e tratamento de água para a Grande São Paulo[2].
Histórico
O Sistema Alto Tietê começou a ser planejado no final dos anos 1960, com a finalidade primária de controle de inundações. As primeiras barragens concluídas foram Ponte Nova em 1971 e Taiaçupeba em 1976, e no ano de 1989 é concluída a barragem Jundiaí. Posteriormente foram concluídas as barragens Biritiba em 2001 e Paraitinga em 2003. Todas as barragens do Alto Tietê foram construídas e são operadas pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE)[2].
Somente em 1992 teve início a operação para abastecimento público, inicialmente composto pelas represas Taiaçupeba e Jundiaí, mas com a demanda crescente da população da Região Metropolitana o sistema foi ampliado com a incorporação das represas Ponte Nova, Biritiba e Paraitinga[1]. Juntas elas possuem uma capacidade de armazenamento de cerca de 575 bilhões de litros, formando o segundo maior sistema da Região Metropolitana de São Paulo[2].
Características
Estrutura
O Sistema Alto Tietê é composto por cinco represas, localizadas próximas às cabeceiras do Rio Tietê, na região dos municípios de Salesópolis, Biritiba-Mirim, Mogi das Cruzes e Suzano:
Também fazem parte do sistema a Estação Elevatória Biritiba e a Estação de Tratamento de Água Taiaçupeba.
Funcionamento
Os reservatórios do sistema são alimentados pelos rios Tietê, Claro, Paraitinga, Biritiba, Jundiaí, Grande, Taiaçupeba-Mirim e outros. A interligação entre os reservatórios é realizada através de túneis, canais e estações elevatórias. Além do abastecimento público, o Sistema Alto Tietê atende também ao controle de cheias da região, pois armazena grande quantidade das águas provenientes das chuvas ocorridas em suas cabeceiras.
- A partir da Represa Paraitinga, as águas do sistema seguem pelo rio Paraitinga até o rio Tietê, por onde vem as águas da Represa Ponte Nova;
- Logo após a junção as águas do rio Tietê são captadas e enviadas para a Estação Elevatória Biritiba;
- A Estação Elevatória Biritiba bombeia as águas através de um túnel até a Represa Biritiba, que opera numa cota mais alta;
- Da Represa Biritiba as águas descem por gravidade através de túneis e canais interligados para a Represa Jundiaí;
- Da Represa Jundiaí as águas também descem por gravidade através de túneis e canais interligados para a Represa Taiaçupeba;
- Na Represa Taiaçupeba as águas são captadas e finalmente enviadas para a Estação de Tratamento de Água Taiaçupeba[3].
A capacidade de produção da ETA Taiaçupeba é de 15 mil litros de água por segundo, para atender 4,2 milhões de habitantes da Zona Leste de São Paulo e dos municípios de Arujá, Itaquaquecetuba, Poá, Ferraz de Vasconcelos e Suzano, além de parte de Mogi das Cruzes e de Guarulhos[4].
Crise hídrica de 2014 - 2015
Em 14 de dezembro de 2014, devido a um longo período de estiagem na região do Alto Tietê, seus reservatórios atingiram 4,1%, o menor nível da história.[5]
Em 23 de outubro de 2014, a Sabesp informou que não havia previsão para captação da reserva técnica do sistema Alto Tietê.[6]
Em 14 de dezembro de 2014, a Sabesp obteve autorização do DAEE para captar mais 39,46 bilhões de litros de água da represa Ponte Nova, pertencente ao sistema Alto Tietê. Esse volume adicional é captado sem o auxílio de bombeamento, e representa um acréscimo de 6,6 pontos percentuais ao volume útil do sistema.[7]
A partir do segundo semestre do ano de 2015, mais precisamente durante a estiagem que se iniciou no mês de julho, o Sistema Alto Tietê registrou sucessivas perdas de volume, chegando ao mês de agosto com 15% de sua capacidade,[8] fazendo com que o então Governador Geraldo Alckmin decretasse oficialmente situação de crise hídrica emergencial do sistema. [9] [10]
Ver também
Referências
Bibliografia
- SOLIA, Mariângela; FARIA, Odair Marcos; ARAÚJO, Ricardo. Mananciais da região metropolitana de São Paulo. São Paulo: Sabesp, 2007
Ligações Externas