Tijucas do Sul é um município brasileiro do estado do Paraná. Sua população estimada em 2010 era de 14.526 habitantes, conforme dados do IBGE.
Etimologia
De origem geográfica, provém dos depósitos de argila de coloração cinza-escura, pegajosa e popularmente chamada de "tijuco", é encontrada em grande escala no território do município.[7] O termo do "do Sul" foi acrescentado para diferenciá-la do município homônimo existente no Estado de Santa Catarina.[7]
História
Em 1541, o solo do que hoje é o território do município de Tijucas do Sul, foi pisado por Dom Alvãr Nuñez Cabeza de Vaca, que havia desembarcado na Ilha de Santa Catarina e se destinava ao Paraguai, seguindo caminho por terra. Este homem foi o primeiro adelantado (governador) do Paraguai, sendo que neste período, as terras hoje paranaenses, pertenciam à Espanha, por força do Tratado de Tordesilhas, assinado no ano de 1494, por Portugal e Espanha.[8]
Cabeza de Vaca estava acompanhado por 250 homens, 36 cavalos (da região de Andaluzia, e que deu origem ao cavalo pantaneiro), e de um grupo de silvícolas amistosos, que acompanhou a comitiva até determinada altura, para lhes ensinar a cortar o imenso sertão através de um ramo do Caminho do Peabiru.[8]
Seguindo a milenar trilha utilizada pelo desbravador espanhol, muitas outras expedições rasgaram o chão tijucano.[8]
A preia do gentio e a cata do ouro se constituiu em bom motivo, que se prolongou por muitos anos. A abertura da Estrada do Mota, mais tarde Estrada da Mata, também contribuiu para que o sudeste paranaense tivesse melhor sorte.[8]
Numerosos fatores fazem de Tijucas do Sul uma cidade marcada por acontecimentos históricos, sendo que um deles é especialmente triste à lembrança do povo do lugar, a Revolução Federalista de 1893.[8]
De um lado estavam os insurretos federalistas, baseados nos pampas, sendo que depois sua luta foi disseminada Brasil afora, e do outro lado as forças legalistas, que apoiavam o governo do Marechal Floriano Peixoto.[8]
No Paraná a maioria era florianista, e quando espalhou-se a notícia de uma possível invasão das tropas federadas na região fronteiriça com Santa Catarina, armou-se um aparato militar, visando defender o território.[8]
O ataque dos gaúchos se fez de maneira organizada e cadenciada, foram simultaneamente atacadas as guarnições de Paranaguá, Lapa e Tijucas do Sul. Em Tijucas a primeira batalha se deu no dia 11 de janeiro de 1894, de forma ininterrupta até o dia 19 do mesmo mês. O resultado final foi a rendição dos defensores do solo tijucano, ante a supremacia bélica e numérica do oponente e principalmente pela notícia de que Paranaguá e Curitiba já estavam tomadas e a Lapa sitiada.[8]
Nada restava fazer, senão contar os mortos, que foram em número de dezessete, e dezenas de feridos. Um triste episódio se deu no hospital de campanha da Cruz Vermelha. Ali estavam a cuidar dos feridos os médicos dr. Brazílio Luz, que era militar, o dr. Jorge Meyer e mais dois enfermeiros. De chofre, o local foi alvo de descarga de artilharia pesada, atingindo aos dois enfermeiros, sendo que um deles mortalmente.[8]
Não obstante toda esta movimentação, e apesar de se constituir região povoada, a Vila de Tijucas só foi elevada à categoria de município emancipado no dia 14 de novembro de 1951, através da Lei Estadual n° 790, sancionada pelo governador Bento Munhoz da Rocha Netto. O território foi desmembrado do município de São José dos Pinhais e a instalação oficial deu-se no dia 14 de dezembro de 1952.[8]
Em 1956 o prefeito municipal de Tijucas do Sul era o sr. Nir M. de Oliveira, e a Câmara Municipal) tinha a seguinte composição:[7] João Claudino Machado, João Boniecki, Osório Nestor da Rocha, Francisco C. de Lima, Loracy Bonato, Alfredo Caetano dos Santos, Manoel da Cruz, Alcides de L. Maoski e Francisco Ribeiro.
Turismo
A cidade é famosa pelos haras e pelas pousadas que atraem turistas durante todo o ano.
Transporte
O município de Tijucas do Sul é servido pelas seguintes rodovias:
Referências