É considerada uma das fotógrafas pioneiras do jornalismo, tendo começado sua carreira em revistas de moda e se tornado fotógrafa voluntária na Segunda Guerra Mundial, após o que retornou às revistas e aos jornais.
No pós-guerra tornou-se a primeira fotógrafa da revista Sports Illustrated e focou sua obra em mulheres esportistas. Teve um filho e uma filha e morreu em decorrência da doença de Alzheimer.
Biografia
Nascida Antoinette Frissell Bacon em Manhattan, Nova Iorque, em 10 de março de 1908, era a filha de Lewis Fox Frissell e Antoinette Wood Montgomery, de uma rica família com grande importância no meio econômico dos Estados Unidos.[1]
Em 1925, graduou-se na Miss Porter's School, em Farmington, Connecticut. Pouco depois passou a usar o nome Toni Frissell, com o qual assinou mesmo após seu casamento. Em 1932 casou-se com o nobre Francis McNeill Bacon III, com quem teve um filho em 1933, chamado de Varick, e uma filha em 1935, Sidney.[1]
Em 1946, publicou algumas de suas fotos em livro, em The Happy Island, organizado por Sally Woodall Lee, sobre as ilhas de Bermudas. Em 1948, publicou seu primeiro livro próprio de fotografia, Toni Frissell’s Mother Goose.[2] Em 1953, tornou-se a primeira fotógrafa fixa da Sports Illustrated.[1]
Em 1973, concedeu sua coleção de fotografias e negativos à Biblioteca do Congresso, em Washington, D.C., que contém mais de 340,00 itens, incluindo sua própria seleção de suas 1,800 melhores fotografias. De acordo com ela, fez a doação por querer que as gerações seguintes pudessem observar um segmento da sociedade como ele realmente foi.[3]
Em 1975, publicou seu terceiro e último livro sobre fotografia, King Ranch, 1939-1944: A Photographic Essay.[4]
O irmão de Toni, Varick Frissell, um cineasta, ensinou-a ainda na juventude algumas técnicas de fotografia, que a levariam a dar prosseguimento a seus estudos, embora não de forma acadêmica.[3]
Apesar de não ter recebido uma educação formal em fotografia, tornou-se aprendiz do fotógrafo Javier Hernandez, que permitiu que ela estabelecesse contato com fotógrafos famosos como o inglês Cecil Beaton e o americanoEdward Steichen.[6]
Em 1931, exerceu pela primeira vez a profissão de fotojornalista, na revista norte-americana Vogue, ocasião conquistada devido à influência do conde Montrose Nast, seu amigo e editor de revistas.
Segunda Guerra Mundial
Em 1941, Frissell voluntariou-se no departamento de fotografia na Cruz Vermelha Americana, passando pouco depois a trabalhar na Oitava Força Aérea e a tornar-se a fotógrafa oficial do Corpo de Exército Feminino. No lugar tirou centenas de fotografias de enfermeiras, soldados da linha de frente, soldadas mulheres, aeronautas afro-americanos e crianças órfãs.[7]
Viajou à frente europeia duas vezes. Suas fotografias de mulheres militares e de pilotos afro-americanos no esquadrão Tuskegee Arimen foram usadas para incentivar o alistamento de mulheres e afro-americanos no Exército.[7]
De acordo com Frissell, a mudança de sua fotografia da moda para a guerra foi causada pela necessidade, sentida por outras fotógrafas da época, de trocar as páginas dos catálogos de moda para as fotos das páginas principais de notícias chocantes. Quando alistou-se em 1941, declarou: “Tornei-me tão frustrada com a moda que quis provar a mim mesma que podia fazer reportagens reais”.[7]
Pós-Guerra
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, Frissell retomou sua vida pessoal e carreira fotográfica, continuando seu trabalho em revistas de moda mais por necessidade que interesse e passando a focar sua fotografia em mulheres e esportes.[3]