A VOTEC (Vôos Técnicos e Executivos) foi uma companhia aérea brasileira, especializada em transporte executivo, particular e regional, fundada em 1976. A empresa já existia como taxi aéreo desde 1967. [2] A empresa era de capital aberto, com ações na Bolsa de Valores de São Paulo.[3]
História
A VOTEC Taxi Aéreo foi fundada em 1967, contando com uma frota de oito aeronaves (cinco bomotores e três monomotores) e dois helicópteros.[4][5] Em 1969 durante a aquisição de helicópteros Hughes 500, os diretores da VOTEC Jorge Pontual e Antonio Carlos Nascimento realizaram um voo de traslado de 54 horas entre a Califórnia e o Rio de Janeiro.[6]
Fundada em 12 de fevereiro de 1976 pela Votec Táxi Aéreo, começou oficialmente suas operações em 12 de outubro de 1976, operando com as aeronaves Embraer EMB-110, Fokker 27-200 e Douglas DC 3, servindo nas regiões norte e centro-oeste. Também operou vários outros aviões, como os Britten Norman BN2A e Mitsubishi MU2 Marquise.[7][8]
Acidentes
No começo dos anos 1980, a companhia sofreu diversos acidentes envolvendo suas aeronaves, e entrou em declínio. Sua frota de aviões foi vendida para a TAM nos anos 1980 de forma que a empresa se concentrou apenas no fretamento de helicópteros, cujos modelos que operaram nela foram o Hughes H500 e alguns Sikorsky S-58, S-61 e S-76.[8]
21 de março de 1980 - Bacia de Campos: o Sikorsky S-76 prefixo PT-HKB caiu no mar e explodiu a 1500 metros da plataforma Santa Fé Mariner, a serviço da Petrobrás. Na queda morreram os quatorze ocupantes da aeronave.[9]
13 de maio de 1980 - Entre Rio de Janeiro e São Paulo: Desaparecimento do Britten-Norman BN-2 Islander PT-KHK. Fretado pelo Projeto Radambrasil, a aeronave transportava cinco geógrafas e desapareceu após mau tempo nas proximidades de Angra dos Reis. Apesar de dezenove dias de buscas, a aeronave não foi encontrada.[10]
24 de fevereiro de 1981 - Baía do Guajará, Pará. O Embraer EMB-110 PT-GLB caiu no mar matando 12 dos seus 14 ocupantes. A aeronave encontrava-se aproximação para pouso sob mau tempo no Aeroporto Internacional de Belém quando chocou uma de suas asas no toldo da popa do navio Western Strait, que se encontrava- em reparados em uma doca do porto de Belém. Desgovernado, o Embraer chocou-se contra duas balsas e partiu-se ao meio, mergulhando no mar.[11]
Na década de 1990, operava exclusivamente para a Petrobras, com aluguel dos seus sete helicópteros.[3]
Aquisição
Em 1986 a empresa foi adquirida por Rolim Adolfo Amaro proprietário da TAM e passou a operar como Brasil Central Linhas Aéreas como companhia regional de aviação.[8][12]
Referências
↑Luiz Vieira Souto. «Informe aeronáutico». Tribuna da Imprensa, ano XVIII, edição 5298, página 8/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 22 de setembro de 2021
↑Hedyl Rodrigues Valle (19 de junho de 1967). «Coluna:IV o que se oferece ao público». Tribuna da Imprensa, ano XVIII, edição 5295, página 7/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 22 de setembro de 2021
↑VOTEC (11 de maio de 1967). «Propaganda». Jornal do Brasil, ano LXXVII, edição 56, página 20/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 22 de setembro de 2021
↑«Helicóptero bate recorde». Correio da Manhã, ano LXIX, edição 23518, página 3/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 15 de dezembro de 1969. Consultado em 22 de setembro de 2021
↑«VOTEC» (em inglês). Aviação Brasil. 26 de junho de 2008. Consultado em 14 de setembro de 2020
↑«Helicóptero a serviço da Petrobrás». Jornal do Brasil, ano LXXXIX, edição 344, página 14/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 21 de março de 1980. Consultado em 25 de setembro de 2021
↑Eduardo Souza (14 de agosto de 1986). «Aviação-Nova empresa regional: BR. Central». Tribuna da Imprensa, ano XXXVI, edição 11367, Tribuna Bis, página 2/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 22 de setembro de 2021