Há poucos registros sobre a ocupação da região de Betim antes da chegada dos luso-brasileiros no século XVIII. No seu território, foram encontrados vestígios líticos lascados, localizados durante a implantação da alça viária que interliga as rodovias federais BR 381 e BR 262. O Museu da Cidade abriga também vestígios líticos polidos, de lâminas de machado, encontrados nos bairros Capelinha e Açude.
A região onde hoje se situa Betim foi ocupada por luso-brasileiros a partir do final do século XVII, quando sertanistas e aventureiros paulistas descobriram metais e pedras preciosas em Minas Gerais. Três cartas de sesmaria foram concedidas em seu atual território em 1711, sendo mais conhecida a que foi concedida ao bandeirante José Rodrigues Betim, genro de Fernão Dias[6] e ligado à bandeira deste. Seu primeiro núcleo de povoação a ganhar relevância foi o Arraial da Bandeirinha, responsável por erguer a Capela Nova do Monte do Carmo, que depois deu nome à região. Conhecida desde então como Capela Nova do Betim, a região se consolidou como ponto de parada de tropeiros e produção para o abastecimento das regiões mineradoras de Minas.
Betim era apenas uma freguesia e distrito de Sabará, do qual foi elevado entre 1797 e 1801[7], conhecido na época como Capela Nova do Betim. Em meados de 1864 o local contava apenas com quatrocentas e oitenta e oito casas e quarenta fazendas[8]. A lavoura era ocupada por café, algodão, milho, feijão e arroz. Apesar de sempre ter sido distrito de Sabará, Betim foi por durante 3 anos distrito da Vila de Santa Luzia, quando esta se emancipou de Sabará em 1847. Quando Santa Luzia foi novamente emancipada em 1856, tanto Capela Nova de Betim, quanto Santa Quitéria, continuaram a ser distritos de Sabará[9]. Posteriormente em 1891, com o advento do Republicanismo, Betim foi novamente transferida, desta vez para Santa Quitéria que se emancipou de Sabará[7].
Foi elevada a município em 1938, em reforma administrativa empreendida pelo governo do estado. A pavimentação da Rodovia Fernão Dias (BR 381) intensificou os loteamentos ao longo do novo eixo de expansão industrial da Região Metropolitana[10]. Outro grande impulso econômico aconteceu na década de 1960, com a instalação da Refinaria Gabriel Passos e da Fiat Automóveis, por iniciativa do governador Rondon Pacheco. A industrialização de Betim mudou seu caráter de cidade interiorana, multiplicando sua população e diversificando sua cultura.[11] Com a implantação da Fiat Automóveis e suas indústrias-satélites formou-se em Betim o segundo polo industrial automobilístico do país.[10]
Acervo de objetos da Antiga Matriz e do Padre Osório Braga
Capela São Sebastião do Bairro Amazonas
Usina Hidrelétrica Dr. Gravatá
Monumento à Inauguração da Rodovia Fernão Dias
Caixa D’Água do Complexo Praça Milton Campos
Bens culturais registrados
A política de proteção do patrimônio cultural é desenvolvida pela Fundação Artístico Cultural de Betim - FUNARBE, com acompanhamento do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural.
Reinado de Nossa Senhora do Rosário
Folia de Reis do Bairro Santo Afonso
Subdivisões
Betim é subdividida em 10 regionais, a saber: Alterosas, Centro, Citrolândia, Icaivera, Imbiruçu, Norte, Petrovale, PTB, Teresópolis e Vianópolis.[15] Estes, por sua vez, se subdividem em bairros, dentro os quais estão: Parque Jardim Teresópolis (Teresópolis),[16] Conjunto Olímpia Bueno Franco, Duque de Caxias e Parque Betim Industrial (Alterosas),[17] Jardim Paulista e Paquetá (Citrolândia)[18]
Economia
Em 2016, Betim possuía um Produto Interno Bruto (PIB) de mais de 25,1 bilhões de reais.[19] Em 2008, Betim era o 16ª município mais rico do Brasil.[20] Em 2018, Betim ganhou mais de 1 bilhão de dólares com exportações. O principal produto exportado são automóveis e o maior destino é a Argentina.[21]
Nos últimos anos, Betim tem recebido investimentos no setor de serviços, com a abertura de dois shoppings.[22]
Centro Artístico Cultural Frei Estanislau - Bairro Jardim Teresópolis
Centro Popular de Cultura Frei Francisco Van Der Poel (Frei Chico) - PTB
Capela de Nossa Senhora do Rosário
Igreja de São Sebastião (várzea das Flores)
Capela de São Sebastião (do bairro Amazonas)
Igreja de Nossa Senhora do Carmo
Salão do Encontro (SASFRA), importante centro de artesanato cujo trabalho tornou a arte betinense reconhecida mundialmente (atualmente somente a escola infantil permanece em funcionamento)
Colônia Santa Isabel
Museu Paulo Araújo Moreira Gontijo
Praça da Cacimba
Igreja de São Cristóvão (réplica da antiga Matriz demolida em 1969)