Nos governos de Édith Cresson e Pierre Bérégovoy, foi ministro da Indústria e do Comércio Exterior (1991-1993), período durante o qual participou na Rodada Uruguai de negociações comerciais. Entre 1993 e 1997, atuou no setor privado como advogado empresarial. Tornou-se ministro da Economia, das Finanças e da Indústria do governo de Lionel Jospin. Nessa função, trabalhou para o lançamento do euro e representou a França no Conselho de Governadores e de um certo número de instituições financeiras internacionais, incluindo o FMI.
Em 1999, envolvido em processos judiciários, pediu demissão. Voltou a ocupar sua cadeira de deputado em 2001, depois que o processo foi arquivado por falta de provas.
De 2001 a 2007, foi reeleito três vezes para a Assembleia Nacional. Em 2000 e 2001, lecionou economia no Institut d'Etudes Politiques de Paris (Sciences Po) e foi nomeado professor visitante na Universidade de Stanford. Foi também conselheiro pessoal do secretário-geral da OCDE.
Em 28 de setembro de 2007, foi escolhido para dirigir o Fundo Monetário Internacional (FMI). Assumiu suas funções em 1º de novembro. Renunciou ao cargo em 18 de maio de 2011, após um escândalo sexual.[4]
Biografia
Dominique nasceu no rico subúrbio parisiense de Neuilly-sur-Seine (Altos do Sena) filho de Gilbert Strauss-Kahn, um advogado especializado em direito fiscal, e maçom membro do Grande Oriente de França, e sua mãe a jornalista Jacqueline Fellus. O pai de Strauss-Kahn é filho de um judeu da Alsácia casado com uma católica da Lorena. A mãe de Strauss-Kahn é de uma família judaica sefardita oriunda da Tunísia.
Iniciou sua carreira como professor assistente e, em seguida, professor de Economia na Universidade de Paris. Foi então nomeado comissário-adjunto da Agência de Planeamento Económico (1981-1986).
À frente do FMI, defendia que o sistema monetário internacional passasse por reformas fundamentais, a fim de estabilizar a economia mundial e prevenir crises futuras. Pretendia ampliar o uso da "moeda" da instituição, o chamado Direito Especial de Saque (DES). Sustentava também a necessidade de incluir o yuan na cesta de moedas que servem de base para a definição do valor do Direito Especial de Saque.[5]
Foi colocado em detenção provisória na mesma data.[8]
No dia 18 de maio de 2011, renunciou ao cargo de Presidente do FMI.[9] Na oportunidade, afirmou: "É com infinita tristeza que hoje me sinto obrigado a apresentar ao Conselho Administrativo minha renúncia ao cargo de diretor-geral do FMI".[10][11] Também disse que deixa o FMI para preservar a imagem da instituição e não comprometer seu funcionamento, bem como que dedicar-se-ia exclusivamente à sua defesa no caso de abuso sexual.[10] Um dia depois, foi posto em prisão domiciliar, após pagar fiança de US$ 6 milhões;[12]
Pouco tempo após as denúncias feitas pela camareira, denúncia similar foi feita contra Strauss-Kahn pela jornalista Tristane Banon. A francesa alegou ter sido vítima de uma tentativa de abuso sexual em Fevereiro de 2003 por parte deste.[13]
Permaneceu em prisão domiciliar até 1º de julho de 2011, quando foi liberado.[14]
Antes do escândalo, DSK era considerado um possível candidato à Presidência da França, nas eleições que viriam a ser realizadas em 2012.[15]
Posteriormente, em agosto de 2011, foi absolvido pelo judiciário americano da acusação dos sete delitos que lhe foram imputados pelos promotores do Estado de Nova Iorque.[16][17][18][19]
Acusação de agenciamento de prostitutas
Strauss-Kahn foi acusado, juntamente de outras 12 pessoas, de proxenetismo, por fatos supostamente ocorridos em Lille, França.[20]
Jean-Christophe Lagarde, também político francês e corréu de DSK, argumentou que Strauss-Kahn já era investigado antes da eclosão do caso. As escutas telefônicas às que teria sido submetido o então diretor do FMI teriam sido realizadas entre junho de 2010 e fevereiro de 2011, meses antes de do início da investigação oficial.[21]
Em 12 de junho de 2015, foi absolvido das acusações por uma Corte Francesa.[20]