Em 15 de novembro de 1966 (terça-feira) foram eleitos os membros do Congresso Nacional do Brasil. No período, o parlamento encontrava-se fechado por ordem do presidente da república, o marechal Castelo Branco,[1] após revolta parlamentar, inclusive de arenistas, contra a cassação de seis deputados federais: Abrahão Fidélis de Moura, Antônio Adib Chammas, Armindo Marcílio Doutel de Andrade, Cesar Prieto, Humberto El-Jaick e Sebastião Paes de Almeida.[2]
Nas eleições, estavam em jogo um terço das vagas no Senado Federal e todos os assentos da Câmara dos Deputados. Foi a primeira eleição legislativa realizada pelo Regime Militar de 1964 e a única realizada no governo Castelo Branco. No ano anterior, houvera eleições diretas para governador em onze estados.[nota 1]
Antes da eleição, o marechal Castelo Branco afirmou que não toleraria candidaturas desafinadas com governo federal.[3]
Governadores
Na relação abaixo foram destacados em negrito os governadores de estado eleitos em 1965 visto que a duração uniforme dos mandatos só ocorreu a partir de 1970.
Senadores eleitos
Foram reeleitos seis senadores da 42.ª legislatura, Carvalho Filho (suplente do falecido Otávio Mangabeira), Correia da Costa (após passagem pelo governo de Mato Grosso) Guido Mondin, Menezes Pimentel (reeleito para um mandato de quatro anos), Milton Campos e Rui Carneiro. A representação do então Distrito Federal foi renomeada como estado da Guanabara.
Deputados federais eleitos
Estavam em jogo 409 cadeiras das quais a ARENA obteve 277 e o MDB 132.[4]
Deputados estaduais eleitos
As Assembleias Legislativas Estaduais elegeram 1076 deputados, sendo 731 da ARENA e 345 do MDB.
Notas
- ↑ Goiás, Guanabara, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. O resultado do pleito em Alagoas não foi validado por questões legais.
- ↑ Em Alagoas o resultado da eleição direta foi invalidado ante a ausência de vitória por maioria absoluta de votos segundo previa a Emenda Constitucional nº 13 de 08 de abril de 1965 e como a Assembléia Legislativa declinou em resolver a contenda o estado foi administrado pelo General João Tubino, interventor federal entre janeiro e agosto de 1966.
- ↑ Assumiu o governo após o titular ter renunciado para concorrer ao Senado Federal em 1970.
- ↑ Não pôde assumir em face de não ter se afastado de suas empresas em tempo hábil. Foi substituído por Antônio Juarez Farias.
- ↑ Eleito vice-governador de Petrônio Portella em 1962, foi reconduzido ao cargo por via indireta.
- ↑ Cassado em 19 de julho de 1966 e por isso em 9 de março de 1967, a Assembleia Legislativa elegeu Jorge Bornhausen vice-governador do estado.
- ↑ Faleceu em 4 de maio de 1969.
- ↑ Faleceu em Salvador em 1º de março de 1970.
- ↑ Eleito para um mandato de quatro anos na vaga de Antônio Jucá visto que a "vaga de oito anos" foi destinada ao seu companheiro de partido.
- ↑ Faleceu em 23 de junho de 1968.
- ↑ a b c Cassado pelo Ato Institucional Número Cinco, teve os direitos politicos suspensos por dez anos.
- ↑ Faleceu em Belo Horizonte em 16 de janeiro de 1972.
- ↑ Ministro do Trabalho no governo Costa e Silva (entre 15 de março de 1967 e 31 de agosto de 1969), foi mantido no cargo pela Junta Militar de 1969 até a posse do presidente Emílio Garrastazu Médici, em cujo governo foi Ministro da Educação (entre 30 de outubro de 1969 e 15 de março de 1974).
- ↑ Ministro da Educação durante o governo Ernesto Geisel (entre 15 de março de 1974 e 30 de maio de 1978).
- ↑ Faleceu em 21 de setembro de 1973.
Referências
Ligações externas
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