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Eleições gerais no Brasil em 1966

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Eleições Gerais de 1966
409 Deputados Federais
1076 Deputados Estaduais
23 Senadores
15 de novembro de 1966
ARENA - Daniel Krieger (RS)
Representantes obtidos: 277  
Senadores obtidos: 19  
  
67.2%
MDB - Oscar Passos (AC)
Representantes obtidos: 132  
Senadores obtidos: 4  
  
32.8%
Câmara dos Deputados
Eleições gerais no Brasil em 1966
  MDB (132)
  ARENA (277)
Senado Federal
Eleições gerais no Brasil em 1966
  MDB (4)
  ARENA (19)
Tribunal Superior Eleitoral
Parte da série sobre
Política do Brasil
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Em 15 de novembro de 1966 (terça-feira) foram eleitos os membros do Congresso Nacional do Brasil. No período, o parlamento encontrava-se fechado por ordem do presidente da república, o marechal Castelo Branco,[1] após revolta parlamentar, inclusive de arenistas, contra a cassação de seis deputados federais: Abrahão Fidélis de Moura, Antônio Adib Chammas, Armindo Marcílio Doutel de Andrade, Cesar Prieto, Humberto El-Jaick e Sebastião Paes de Almeida.[2]

Nas eleições, estavam em jogo um terço das vagas no Senado Federal e todos os assentos da Câmara dos Deputados. Foi a primeira eleição legislativa realizada pelo Regime Militar de 1964 e a única realizada no governo Castelo Branco. No ano anterior, houvera eleições diretas para governador em onze estados.[nota 1]

Antes da eleição, o marechal Castelo Branco afirmou que não toleraria candidaturas desafinadas com governo federal.[3]

Governadores

Ver artigo principal: Cargo biônico

Na relação abaixo foram destacados em negrito os governadores de estado eleitos em 1965 visto que a duração uniforme dos mandatos só ocorreu a partir de 1970.

Estado Governador Partido Vice-governador Detalhes
Acre Jorge Kalume ARENA Cargo inxistente AC 1966
Alagoas João Batista Tubino[nota 2]
Lamenha Filho
ARENA -
Manoel Luz
AL 1965
AL 1966
Amazonas Danilo Areosa ARENA Rui Araújo AM 1966
Bahia Luís Viana Filho ARENA Jutahy Magalhães BA 1966
Ceará Plácido Castelo ARENA Humberto Ellery CE 1966
Espírito Santo Cristiano Dias Lopes ARENA Isaac Lopes Rubim ES 1966
Goiás Otávio Lage UDN Osires Teixeira GO 1965
GO 1966
Guanabara Negrão de Lima PSD Rubens Berardo GB 1965
GB 1966
Maranhão José Sarney UDN Antônio Jorge Dino[nota 3] MA 1965
MA 1966
Mato Grosso Pedro Pedrossian PSD Lenine Póvoas MT 1965
MT 1966
Minas Gerais Israel Pinheiro PSD Pio Soares Canedo MG 1965
MG 1966
Pará Alacid Nunes UDN Renato Franco PA 1965
PA 1966
Paraíba João Agripino UDN Severino Cabral[nota 4] PB 1965
PB 1966
Paraná Paulo Pimentel PTN Plínio da Costa PR 1965
PR 1966
Pernambuco Nilo Coelho ARENA Salviano Machado PE 1966
Piauí Helvídio Nunes ARENA João Clímaco d'Almeida[nota 5] PI 1966
Rio de Janeiro Geremias Fontes ARENA Heli Ribeiro Gomes RJ 1966
Rio Grande do Norte Valfredo Gurgel PSD Clóvis Mota RN 1965
RN 1966
Rio Grande do Sul Peracchi Barcelos ARENA Cargo inexistente RS 1966
Santa Catarina Ivo Silveira PSD Francisco Dall'Igna[nota 6] SC 1965
SC 1966
São Paulo Abreu Sodré ARENA Hilário Torloni SP 1966
Sergipe Lourival Batista ARENA Manoel Cabral SE 1966

Senadores eleitos

Foram reeleitos seis senadores da 42.ª legislatura, Carvalho Filho (suplente do falecido Otávio Mangabeira), Correia da Costa (após passagem pelo governo de Mato Grosso) Guido Mondin, Menezes Pimentel (reeleito para um mandato de quatro anos), Milton Campos e Rui Carneiro. A representação do então Distrito Federal foi renomeada como estado da Guanabara.

Estado Senadores eleitos em 1966 Partido Suplentes
Acre Adalberto Sena MDB Clóvis de Azevedo Maia
Alagoas Teotônio Vilela ARENA Arnaldo Paiva
Amazonas Álvaro Maia[nota 7] ARENA Flávio Brito
Bahia Carvalho Filho[nota 8] ARENA Antônio Fernandes
Ceará Menezes Pimentel[nota 9]
Paulo Sarasate[nota 10]
ARENA
ARENA
Gentil Barreira
Valdemar Alcântara
Espírito Santo Carlos Lindenberg ARENA Henrique Del Caro
Goiás João Abraão[nota 11] MDB Péricles Pedro da Silva
Guanabara Mário Martins[nota 11] MDB Marcelo Alencar[nota 11]
Maranhão Clodomir Millet ARENA Aquiles Cruz
Mato Grosso Correia da Costa ARENA Paulino Lopes da Costa
Minas Gerais Milton Campos[nota 12] ARENA José Augusto Ferreira
Pará Jarbas Passarinho[nota 13] ARENA Milton Trindade
Paraíba Rui Carneiro MDB Pereira Diniz
Paraná Ney Braga[nota 14] ARENA Octávio Cesário Júnior
Pernambuco João Cleofas ARENA José do Rego Maciel
Piauí Petrônio Portela ARENA Benoni Leal
Rio de Janeiro Paulo Torres ARENA Cordolino Jose Ambrósio
Rio Grande do Norte Duarte Filho[nota 15] ARENA Luís de Barros
Rio Grande do Sul Guido Mondin ARENA Naziazeno D' Almeida
Santa Catarina Celso Ramos ARENA Alvaro Bocayuva Catão
São Paulo Carvalho Pinto ARENA Virgílio Lopes da Silva
Sergipe Leandro Maciel ARENA Gonçalo Rollemberg da Cruz Prado

Deputados federais eleitos

Estavam em jogo 409 cadeiras das quais a ARENA obteve 277 e o MDB 132.[4]

Deputados estaduais eleitos

As Assembleias Legislativas Estaduais elegeram 1076 deputados, sendo 731 da ARENA e 345 do MDB.

Notas

  1. Goiás, Guanabara, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. O resultado do pleito em Alagoas não foi validado por questões legais.
  2. Em Alagoas o resultado da eleição direta foi invalidado ante a ausência de vitória por maioria absoluta de votos segundo previa a Emenda Constitucional nº 13 de 08 de abril de 1965 e como a Assembléia Legislativa declinou em resolver a contenda o estado foi administrado pelo General João Tubino, interventor federal entre janeiro e agosto de 1966.
  3. Assumiu o governo após o titular ter renunciado para concorrer ao Senado Federal em 1970.
  4. Não pôde assumir em face de não ter se afastado de suas empresas em tempo hábil. Foi substituído por Antônio Juarez Farias.
  5. Eleito vice-governador de Petrônio Portella em 1962, foi reconduzido ao cargo por via indireta.
  6. Cassado em 19 de julho de 1966 e por isso em 9 de março de 1967, a Assembleia Legislativa elegeu Jorge Bornhausen vice-governador do estado.
  7. Faleceu em 4 de maio de 1969.
  8. Faleceu em Salvador em 1º de março de 1970.
  9. Eleito para um mandato de quatro anos na vaga de Antônio Jucá visto que a "vaga de oito anos" foi destinada ao seu companheiro de partido.
  10. Faleceu em 23 de junho de 1968.
  11. a b c Cassado pelo Ato Institucional Número Cinco, teve os direitos politicos suspensos por dez anos.
  12. Faleceu em Belo Horizonte em 16 de janeiro de 1972.
  13. Ministro do Trabalho no governo Costa e Silva (entre 15 de março de 1967 e 31 de agosto de 1969), foi mantido no cargo pela Junta Militar de 1969 até a posse do presidente Emílio Garrastazu Médici, em cujo governo foi Ministro da Educação (entre 30 de outubro de 1969 e 15 de março de 1974).
  14. Ministro da Educação durante o governo Ernesto Geisel (entre 15 de março de 1974 e 30 de maio de 1978).
  15. Faleceu em 21 de setembro de 1973.

Referências

  1. «acp-23-66». www.planalto.gov.br. Consultado em 11 de julho de 2019 
  2. Viana Filho, Luiz (1975). «O governo Castelo Branco». www2.senado.leg.br. Consultado em 11 de julho de 2019 
  3. «Presidente não tolera candidatura desafinada com governo federal». Folha de S. Paulo. Consultado em 7 de fevereiro de 2021 
  4. Veja, 25/11/1970.

Ligações externas

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