Share to: share facebook share twitter share wa share telegram print page

Parque Nacional da Serra Geral

Parque Nacional da Serra Geral
Categoria II da IUCN (Parque Nacional)
Parque Nacional da Serra Geral
Cânion Fortaleza
Localização (RS e SC), Brasil
Dados
Área 17 301,96 ha[1]
Criação 20 de maio de 1992[1]
Gestão ICMBio
Coordenadas 29° 8' 2" S 49° 59' 40" O
Parque Nacional da Serra Geral está localizado em: Brasil
Parque Nacional da Serra Geral

O parque nacional da Serra Geral é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral da natureza situada na divisa entre os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, com território distribuído pelos municípios de Cambará do Sul, Jacinto Machado e Praia Grande.[1]

Serra Geral foi criado através do Decreto de Nº 531, emitido em 20 de maio de 1992, com uma área de 17 301,96 ha. O território do parque é limítrofe ao do parque nacional de Aparados da Serra, constituindo um ecossistema de rara beleza e importante área de biodiversidade destinada a fins científicos, culturais e recreativos. Sua administração cabe atualmente Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Geografia

Vista geral do parque.

O parque abrange uma área de 17 301,96 ha, com território distribuído pelos municípios de Jacinto Machado e Praia Grande, em Santa Catarina, e Cambará do Sul, no Rio Grande do Sul. O acesso dá-se através da RS-020, que liga São Francisco de Paula ao município de Cambará do Sul, ou pela SC-360, que liga Praia Grande a Cambará do Sul. A cidade mais próxima à unidade é Cambará do Sul, distante cerca de 190 km da capital gaúcha, Porto Alegre.

Relevo

O relevo sul catarinense é acentuado, com montanhas e vales profundos recortando a borda do planalto. O lado gaúcho é caracterizado por coxilhas suaves e vales rasos. Sem transição, as ondulações suaves dão lugar a paredões verticais e rochas basálticas. Com 950 m de altitude média, nos dias claros é possível avistar o oceano Atlântico, desde as bordas dos desfiladeiros, bem como diversas cidades próximas da costa, como Praia Grande ou Torres, no Rio Grande do Sul.

Formado a partir de intensas atividades vulcânicas ocorridas há milhões de anos sucessivos, derrames de lava vieram a originar o Planalto Sulbrasileiro, coberto por campos limpos, matas de araucárias e inúmeras nascentes de rios cristalinos. Ao leste, este imenso platô é subitamente interrompido por abismos verticais que levam à região litorânea, daí originando-se o nome de Aparados da Serra. Em alguns pontos, decorrentes de desmoronamentos, falhas naturais da rocha e processos de erosão, encontram-se grandiosos desfiladeiros, dentre os quais os mais conhecidos: o Churriado, o Malacara e o Fortaleza.

Clima

O clima é mesotérmico brando superúmido sem seca. As temperaturas médias anuais estão entre 18 a 20 °C, com máxima absoluta de 34 a 36 °C e mínima absoluta de −4 a −8 °C. A pluviosidade varia entre 1 500 e 2 000 mm anuais.

Flora

Bromélia no Cânion Realengo.

Coexistem na área a Floresta de Araucária, Campos e a Floresta Pluvial Atlântica, assim como as zonas de transição entre elas. Na Floresta de Araucária destaca-se: o pinheiro-do-paraná, a aroeira, o carvalho, a caúna e o pinheirinho-bravo. Nos Campos predominam as gramíneas. Na Floresta Pluvial Atlântica encontram-se várias espécies como: a maria-mole e a cangerana. O interior dos cânions, que sem qualquer transição adentram o planalto rasgando os campos de altitude, é revestido de mata pluvial tropical de folhas perenes, a qual originalmente ocupava toda a encosta da Serra Geral. Suas escarpadas e verticais encostas de basalto apresentam uma coloração de tons amarelados resultantes dos liquens e da vegetação de ervas e pequenos arbustos que alternam-se com a rocha nua. Já na borda dos cânions, encontra-se a mata nebular de altitude, crescendo sobre solo úmido e turfoso, recebendo esse nome por se encontrar em local onde é freqüente a formação de nevoeiros denominados de "viração", que se elevam da região da planície costeira, criando condições de alta umidade. Também encontra-se neste ambiente úmido e rochoso a Gunnera manicata, espécie vegetal com folhas enormes, de até 1,5 metro de diâmetro e que, além dos Aparados da Serra, é encontrada nas florestas andinas, especialmente ao sul do Chile. Também característica da região é a flor-símbolo do Rio Grande do Sul: a "brinco-de-princesa".

Fauna

Graxaim-do-campo as trilhas do parque

A fauna silvestre local é rica e constituída por espécies raras e que poucos sabem existirem no Brasil, como o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), a suçuarana ou leão-baio (Felis concolor), o graxaim-do-mato e o veado-campeiro (Ozotocerus bezoarticus), além de raposas, gambás, tatus e bugios. Dentre as aves encontramos a gralha-azul (Cyanocorax caeruleus), o papagaio-charão, periquitos, perdizes, codornas e marrecas, além do típico quero-quero (Vanellus chilensis), ave-símbolo do pampa gaúcho. O gavião-pato (Spizaetus tirannus) e a águia-cinzenta (Harpyhaliaetus coronatus) podem ser eventualmente avistados em áreas de difícil acesso e se encontram ameaçados de extinção. Encontram-se também ofídios peçonhentos.

Visitação

O mês de janeiro é o mais quente, com médias entre 20 a 22°C; junho e julho são os meses mais frios, com a temperatura atingindo a marca de 0°C. Em função desta variação de temperatura, o visitante pode escolher a melhor época para conhecer o parque. Em função do clima de montanha as condições do tempo podem mudar rapidamente em qualquer época do ano,sendo comum temperaturas inferiores a 10°C em pleno verão.

Vista panorâmica do parque

Ver também

Referências

  1. a b c Parque nacional da Serra Geral. Cadastro Nacional de Unidades de Conservação do Ministério do Meio Ambiente. Página visitada em 23 de novembro de 2012.

Ligações externas

Ícone de esboço Este artigo sobre uma Unidade de Conservação da Natureza é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
Kembali kehalaman sebelumnya