A história da Igreja Católica em São Paulo confunde-se, naturalmente, com a história da própria cidade. Em 1553, por iniciativa de Tomé de Sousa, governador-geral do Brasil, e com a ajuda do padre Leonardo Nunes, foi fundada uma vila à qual se deu o nome de Santo André da Borda do Campo, povoada desde 1550 por uma população exígua e constantemente ameaçada por ataques da população indígena da região. Em 1554, alguns sacerdotes jesuítas, liderados pelo portuguêsManuel da Nóbrega, subiram a Serra do Mar até o planalto onde construíram um colégio entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí, marcando a fundação de São Paulo.
Em breve tempo, começou a se formar uma povoação ao redor do Colégio dos Jesuítas e, em 1560, o novo governador-geral do Brasil, Mem de Sá, ordena o fim da vila de Santo André da Borda do Campo e que todos os seus habitantes se instalassem nos campos de Piratininga.
Com este ato, São Paulo de Piratininga ganhou status de vila e um pelourinho. Em 1591 passou a sediar uma paróquia.
Durante quase duzentos anos, São Paulo esteve sob o domínio de diversas circunscrições eclesiásticas. Até 1551 todo o Brasil era hierarquicamente dependente da Diocese do Funchal (Ilha da Madeira), quando em 25 de fevereiro daquele ano foi erigida a Diocese de São Salvador da Bahia. Com a fundação da Prelazia do Rio de Janeiro em 1575, a então vila passa a estar subordinada a esse novo ente, que se torna a Diocese de São Sebastião do Rio de Janeiro em 1676, permanecendo assim até o dia 6 de dezembro de 1745, quando finalmente é criada a Diocese de São Paulo pela bula do Papa Bento XIV intitulada Candor lucis æternæ.[1] Por essa bula também foi fundada a Diocese de Mariana (atualmente Arquidiocese de Mariana), na Capitania de Minas Gerais.[2]
A partir de então, a Igreja Católica começa a se ramificar mais rapidamente, acompanhando o crescimento da cidade e do bispado como um todo. Até 1892, a Diocese de São Paulo era responsável por um território semelhante ao da atual Ucrânia, abrangendo os territórios dos estados do Paraná e de Santa Catarina, além de parte do sul de Minas Gerais. Naquele ano, é criada a Diocese de Curitiba, abrangendo Paraná e Santa Catarina.[1]
Atualmente, a Arquidiocese de São Paulo congrega mais de seis milhões de católicos apesar de seu diminuto território, que se limita às áreas mais centrais da cidade de São Paulo e está dividido em seis regiões episcopais (Sé, Belém, Ipiranga, Santana, Lapa e Brasilândia).[carece de fontes?]
Em 2020 havia na arquidiocese 304 paróquias e 1030 padres, entre seculares e religiosos.[4]
Em março de 2020, atendendo ao pedido do Papa Francisco, a Arquidiocese anunciou que vai abrir uma comissão para investigar casos de abuso sexual na Igreja.[5]