O povoamento de Colombo, que faz parte da Região Metropolitana de Curitiba, teve início no ano de 1878 quando um grupo de colonos italianos, oriundos do município de Morretes, para ali se mudou, recebendo terras e um pequeno subsídio que o governo da província lhes ofereceu para iniciarem suas lavouras. Sua atividade econômica baseia-se nas indústriasextrativas de cal e calcário e na agricultura com a produção de hortifrutigranjeiros, com destaque para a uva. Entre seus aspectos turísticos, encontra-se a festa da Uva e do Vinho e suas grutas, como a de Bacaetava. Criado através do Decreto Estadual nº 11 de 8 de janeiro de 1890, e instalado em 5 de fevereiro do mesmo ano, foi desmembrado de Curitiba.
A partir de setembro de 1878, surgiu no cenário histórico da província do Paraná a Colônia Alfredo Chaves, que recebeu esta denominação numa homenagem ao Ministro da Agricultura, na época do assentamento. O lugar distava apenas vinte e três quilômetros de Curitiba e foi o embrião da cidade de Colombo, que recebeu naquela ocasião 160 colonos de nacionalidade italiana, distribuídos em oitenta lotes rurais. Os terrenos dados pelo governo de Dom Pedro II perfaziam área de 4.847.970 m².
A Colônia Alfredo Chaves cresceu e transformou-se em próspero povoado, sendo que os novos ares da República lhe trouxeram a emancipação política, através do Decreto Estadual nº 11, do dia 8 de janeiro de 1890, sancionado pelo presidente do estado José Marques Guimarães. Nessa época foi alterada a denominação de Colônia Alfredo Chaves para Colombo, numa homenagem que se prestou ao descobridor das Américas.
A época de maior progresso para o município foi o período de 1920 a 1930, quando houve um surto industrial de grande importância, encontrando-se em atividade na sede municipal duas fábricas de louça, uma delas, em virtude de suas obras de arte, considerada das melhores do país. Funcionou, também, naquela época, uma grande fábrica de vidros. Ignoram-se os motivos, mas estas fábricas foram extintas, e o município sofreu enorme prejuízo na sua economia.
A partir de 14 de julho de 1932, através do Decreto Estadual nº 1.703, Colombo passa a se chamar Capivari, sendo que ao seu território é anexado o de Bocaiúva do Sul, que havia sido extinto por decisão governamental. A partir de 9 de agosto de 1933, por força do Decreto Estadual nº 1.831, volta a se chamar Colombo.
Em 20 de outubro de 1930, através do Decreto Estadual nº 7.573, extinguiu o município, anexando-o à capital. Somente em 30 de dezembro de 1943, pelo Decreto Estadual nº 199, é restaurado o poder político e administrativo de Colombo, desta feita, abrangendo os territórios dos distritos de Almirante Tamandaré e Santa Felicidade. Em 10 de outubro de 1947, perde o distrito de Almirante Tamandaré que passa a se constituir em município autônomo. O Decreto nº 200, de 26 de janeiro de 1944 criou a comarca de Colombo.
Vale dizer que Colombo foi o município com maior taxa de crescimento da Região Metropolitana de Curitiba, nas décadas de 1970 e 1980 . Hoje, 97,6% da população do município mora em áreas loteadas, contíguas a capital. A história recente do município de Colombo não tem apenas relação com sua antiga sede, mas também com a evolução dos eventos sócio-políticos e econômicos ocorridos na região.
Em 2021 o governador Ratinho Júnior sancionou a lei estadual 20.757, que torna o município de Colombo a capital do Talian no Paraná.[11][12][13]
Entre os principais acidentes geográficos do município, destaca-se em primeiro lugar a Gruta de Bacaetava, que é dividida em duas galerias, a inferior com 200 metros de comprimento, 5 metros de altura e 10 metros de altura, em cuja base corre o rio que lhe dá o nome. Os rios Palmital e Capivari, e o salto Ribeirão das Onças, com altura de 8 metros, também constituem acidentes geográficos importantes no município.
Como características da zona fisiográfica em que se encontra, as jazidas minerais representam a principal riqueza natural de Colombo. Há jazidas de pedras calcárias, granito e caulim. Do reino vegetal existem madeiras de lei e erva-mate.
O município, situado em região de topografia bastante ondulada, quase montanhosa, é de clima salubre e temperado — fresco no verão e bastante frio no inverno. A temperatura média anual gira em torno dos 17 °C, sendo a média das máximas de 22 °C e das mínimas 12 °C. Os verões são frescos com uma temperatura média inferior a 22 °C. Nos invernos ocorrem geadas severas e frequentes (temperatura média inferior a 18 °C), não apresentando estação seca. O índice pluviométrico anual é aproximadamente 1 600 mm.
A cidade de Colombo é atualmente a 8ª maior do Estado do Paraná em habitantes, sendo também a segunda maior da Grande Curitiba (excetuando a capital), e a mais populosa da Área Metropolitana Norte; embora em seu passado histórico tenha recebido milhares de imigrantes europeus - grosso modo assentados onde hoje é a sede do município e o entorno rural - é na fronteira com Curitiba que se encontra a maior parte da população, com forte influência de migrações do interior paranaense e de outros estados brasileiros.
O atual território de Colombo conta, segundo o Censo Demográfico de 2010, com 213.027 habitantes — 105.039 homens e 107988 mulheres, possuindo 63.283 domicílios ocupados.[17] A densidade demográfica do município é de 1.182,56 habitantes por quilômetro quadrado, sendo que 4,56% da população está localizada na zona rural.
Segundo o Censo 2000, os habitantes são dispostos segundo: cor — 135.094 brancos, 5.198 pretos, 310 amarelos, 41.073 pardos, 479 indígenas e 1.176 não declararam a cor; segundo o estado civil: (pessoas de 10 anos ou mais de idade) — 59.198 casados, 3.324 desquitados, 2.588 divorciados, 5.506 viúvos e 72.275 solteiros; segundo a religião — 120.713 católicos apostólicos romanos e 146.709 de outras religiões.
A administração municipal se dá pelos poderes executivo e legislativo. O atual prefeito é Helder Luiz Lazarotto (PSD) (2021-2024). A sede administrativa do executivo é a prefeitura municipal. O poder legislativo é constituído pela câmara municipal de Colombo, composta por dezessete vereadores.
É comarca judiciária de entrância final e compreende o distrito da sede, Roça Grande e Guaraituba. Possui 5 cartórios como órgãos auxiliares da Justiça. Como diretora do fórum figura a juíza de direito Letícia Zétola Portes. Outros juízes são os seguintes: Mila Aparecida Alves da Luz (Vara Criminal e Anexos), Luiz Fernando Tomasi Keppen (Diretor do Juizado Especial Cível e Criminal) e Fábio Ribeiro Brandão (Vara da Infância e Juventude e Anexos).
A economia do município de Colombo se baseia na indústria extrativa mineral e na agricultura. Pela extração de pedra calcária (grandes jazidas existentes) e consequente fabrico de cal, é considerado um dos maiores produtores do Paraná; a indústria de aproveitamento do granito segue-lhe em importância. O consumo desses produtos, todavia, se faz dentro do próprio estado, restando para a exportação estadual uma quantidade reduzida; mesmo assim, em 2006, Colombo produziu R$ 337.231 de calcário dolomítico.[18] Segundo a lista telefônica da Brasil Telecom, existem no município 25 indústrias de cal e 7 de calcário.[19]
Na agricultura merecem destaque (com produção estimada para 2006): o milho, 1.270.000,00 de reais; o tomate, 2.643.000,00 de reais; a batata-doce, 47.000,00 de reais; o caqui, 371.000,00 de reais; a mandioca, 113.000,00 de reais, e o feijão, 106.000,00 de reais. A par da agricultura, aparece a vitivinicultura como um coeficiente favorável na economia do município; em 2006, segundo previsão, Colombo produziu 1.853.000,00 de reais de uvas.
A indústria conta 537 estabelecimentos, dos quais, 335 possuem mais de mil empregos com carteira assinada. Predomina sobre as demais, a indústria metalúrgica, tanto em número de estabelecimentos (89) como de empregos (1.489). Explora ainda mais os ramos de vinicultura, indústria de produtos minerais não metálicos, indústria da madeira e do mobiliário e indústria química.
A cidade figura desde 2005 entre os municípios paranaenses que mais geraram empregos,[20] ocupando, inclusive, o quarto lugar entre as cidades com mais de 30.000 habitantes no estado.[21] De acordo com o Sistema Fecomércio, Colombo ocupa o 10º lugar entre os municípios com maior potencial para o comércio.[20] A exportação internacional somou em 2006 a importância de US$ FOB 14.008.337.
Turismo
Colombo possui um forte apelo para o chamado turismo rural. A região é rica geograficamente, possui belíssimas paisagens e também conta com a herança cultural dos imigrantes italianos.
O Circuito Italiano de Turismo Rural, criado em 1999, é um agradável passeio pelas tradicionais cantinas de vinho, herança dos imigrantes italianos, além da beleza natural da região.[22] O Circuito Italiano ainda conta com vários restaurantes típicos, café colonial e vinícolas que podem ser visitadas.
As festas municipais são um grande atrativo para a população local e também turistas. Inúmeras delas acontecem ao decorrer do ano: Festa da Uva, Festa do Vinho, Festa de Nossa Senhora do Rosário - padroeira da cidade - e Festa de Nossa Senhora de Caravaggio - padroeira do imigrante italiano.
A cidade possui vários pontos turísticos, dentre os quais se destacam:[23] Casa da Cultura; Cascata do Ribeirão das Onças; Morro da Cruz; Parque Municipal da Uva; Casa Colonial Rural-Brasileira; Gruta de Bacaetava;[24] Igreja Matriz (construída em 1898); Capela da Imaculada Conceição.
Festa da Uva
A primeira edição da Festa da Uva ocorreu em 1965. A festividade busca resgatar a tradição italiana em Colombo, valorizar a atividade vinícola e celebrar a emancipação política do município. O evento reúne música e gastronomia, entre outras atividades com o objetivo de promover a agricultura e o vinhos, valorizar os produtores rurais locais, a cultura e a história colombense.[25][26] A festa ocorre anualmente no Parque Municipal da Uva.[27]
A história da Festa da Uva em Colombo nasceu com a religiosidade trazida pelos italianos. A cada safra os devotos católicos organizavam a Missa de Ação de Graças, em virtude do sentimento de gratidão pelos frutos colhidos. Com o aumento do número de participantes, as lideranças da Igreja Nossa Senhora do Rosário decidiram realizar a grande missa nas proximidades do Lago Tumiri, e foi a partir daí que surgiu as primeiras festas da uva no município que passaram a ser organizadas pela prefeitura na véspera do aniversário de emancipação política de Colombo.[28] No setor gastronômico, além da exposição de uvas, reúne comida típica e produtos coloniais, com vinhos, sucos, salames, geleias e conservas. Bem como feira agrícola, artesanato, atrações musicais locais e nacionais.[29] O evento reúne um público de 80 mil pessoas, contribuindo com o turismo e com a economia local.[30]
Esporte
No passado a cidade de Colombo já possuiu alguns clubes que disputaram o Campeonato Paranaense de Futebol, sendo eles o Esporte Clube XV de Novembro de Colombo e o Colombo Futebol Clube.[carece de fontes?]
Transporte
O município de Colombo é servido pelas seguintes rodovias:
↑ ab«Estimativa populacional 2020 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 28 de agosto de 2020. Consultado em 28 de dezembro de 2020
↑«Ranking IDHM Municípios 2010». PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (salvo em archive.vn). 2010. Consultado em 2 de fevereiro de 2015
DECHAMPS & CINTRA. Movimento pendular para trabalho na Região Metropolitana de Curitiba: uma análise das característica de quem sai e de quem fica. IN: Firkowski & Moura (orgs). Dinâmicas intrametrpolitanas e produção do espaço na Região Metropolitana de Curitiba. Curitiba: Letra Capital, 2009, 233-251p.
MOURA, R. ARRANJOS URBANO-REGIONAIS NO BRASIL: UMA ANÁLISE COM FOCO EM CURITIBA. Tese de Doutorado, UFPR. 2009.
FERREIRA, João Carlos Vicente. O Paraná e seus municípios. Maringá, PR: Editora Memória Brasileira, 1996.
FERREIRA, Jurandyr Pires. Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. Rio de Janeiro: IBGE, 1959. v. 31, p. 118-120.